15 de maio de 2012

Estilo Crumb






Desisti de ser um grande desenhista, porque, quando ainda
estava na escola, percebi que o formato havia ficado travado,
cheio de fórmulas, preso a padrões muito rígidos e comerciais.
Eu acreditava que eu era completamente inadequado a padrões.

–– Robert Crumb.    



Descobri a arte do norte-americano Robert Crumb quando eu era menino, em Barbacena, no interior de Minas Gerais. Meu tio assinava duas revistas na época de difícil acesso, “Mad” e “Grilo”, e tive o privilégio de ser o segundo leitor assim que cada exemplar chegava pelo correio. Tempos depois, também encontrei aqueles traços característicos do Crumb, estranhos e bem-humorados, nas capas dos discos de Janis Joplin e de mestres do blues. Mas demorou até que eu encontrasse suas HQs em livro. Demorou, mas aconteceu: algumas das melhores obras de Crumb agora estão publicadas no Brasil.

Entre suas obras-primas mais recentes está uma adaptação da Bíblia Sagrada: o mais genial e iconoclasta dos cartunistas em atividade, hoje aos 69 anos de idade, ousou levar para o mundo dos quadrinhos o Gênesis, primeiro livro da Bíblia, que narra a criação do mundo e a história de Adão e Eva. Mas a surpresa sobre sua nova investida vai se dissipando quando o leitor percebe que o Gênesis traz desde a Antiguidade alguns dos ingredientes que fizeram a fama de Crumb nas últimas décadas.





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A arte de Robert Crumb: no alto,
ilustração da capa de Blues. Acima,
ilustração para Adão e Eva, a capa e a
contracapa da edição em inglês de Gênesis.

Abaixo, uma amostra do traço de Crumb
para uma cena bíblica em Gênesis;
a capa da edição em espanhol; e a
sisuda e recatada capa da edição
nacional de Gênesis, lançada pela Conrad







"Se minha interpretação visual e literal do livro do Gênesis ofender ou ultrajar alguns leitores", escreveu Crumb na apresentação, "o que parece inevitável dada a reverência de tantas pessoas por ele, tudo o que posso dizer em minha defesa é que abordei isto como um trabalho de pura ilustração, sem intenção de ridicularizar ou fazer piadas visuais". A ressalva do autor é, no mínimo, sincera, porque o Deus todo-poderoso do judaísmo e do cristianismo, como não poderia deixar de ser, é o protagonista destacado no Gênesis segundo Crumb.

Mas no traço do cartunista, que nasceu em uma família católica, trata-se de um Deus vingativo, carregado de raiva e com longos cabelos e barbas. Crumb também confessa que uma noite, há muitos anos, sonhou com a figura exatamente como ela aparece retratada, antes mesmo de pensar em fazer sua versão em quadrinhos para o texto da Bíblia Sagrada. Sem pestanejar, esse Deus comete dois genocídios no intervalo de poucas páginas – um durante o Dilúvio que tem Noé como protagonista, no episódio da arca da salvação; outro na chuva de fogo implacável que vem dizimar as cidades de Sodoma e Gomorra.

Crumb também recria toda aquela sucessão de incestos, sacrifícios, inveja e misoginia que os judeus veneram na Torá e os cristão fundamentalistas idolatram no Antigo Testamento. Ele diz que dedicou cinco anos de trabalho diário para concluir a adaptação e, na breve introdução ao livro, destaca que tentou ser muito respeitoso com as crenças religiosas milenares.



Gênesis e Blues



Se minha interpretação literal e visual do Gênesis ofende alguns leitores”, alerta, “em minha defesa só posso dizer que me aproximei dele como um trabalho meramente ilustrativo, sem intenção de ridicularizar nada nem fazer brincadeiras visuais”. O lançamento de “Gênesis” aconteceu simultaneamente em 20 países, incluindo o Brasil, precedido pela publicação de trechos na revista mais influente dos EUA, a “The New Yorker”, que tem Crumb em seu elenco de colaboradores. 

 







A estratégia de lançamento levou “Gênesis” para as listas dos mais vendidos, um feito raríssimo para uma publicação em quadrinhos. Além do “Gênesis”, Crumb agora está disponível nas livrarias brasileiras com alguns de seus álbuns especialíssimos, publicados pela editora Conrad, incluindo, entre outros, “Minha Vida”, “Blues”, “América”, “Meus Problemas com as Mulheres”, “Fritz, the Cat” e “Mr. Natural”.

Há ainda “Kafka de Crumb”, que além dos desenhos do cartunista traz texto de David Zane Mairowitz. Os álbuns de Crumb editados pela Conrad não chegam a ser uma HQ e nem um livro propriamente dito, mas flutuam entre ambos. Assim como os outros clássicos de Crumb, “Kafka” traz resumos, análises e seus desenhos característicos – no caso, imagens que traduzem “A Metamorfose”, “Na Colônia Penal”, “O Processo” e “O Castelo”, entre outros escritos de Kafka, considerado por muitos o nome mais fundamental da literatura do século 20. 

 







Além dos álbuns de HQ, a arte do cartunista também é celebrada em um documentário antológico – “Crumb”, produzido por David Lynch e dirigido por Terry Zwigoff em 1994. O filme reúne imagens de arquivo, charges e depoimentos – do próprio Crumb e de seus amigos e parentes. Há cenas impagáveis, como o irmão descrevendo rituais inacreditáveis ou Crumb imitando Janis, que lhe disse: “Oh, Robert, precisa deixar o cabelo crescer, botar uma bata, calça boca-de-sino. Tá muito caretão”. Crumb conta e se diverte – como virginiano, ele prefere os uniformes: as mesmas roupas no mesmo estilo.



Bizarro e politizado



O humor mais bizarro e politizado de Crumb aparece por inteiro em “Minha Vida”, autobiografia em quadrinhos que mantém a contestação gaiata que fizeram dele uma lenda entre os clássicos imbatíveis da era do rock. Imagens e piadas visuais, ideias ousadas e uso diversional de sexo e alucinógenos, que ele vem burilando desde o final dos anos 1950, contra o pior conservadorismo, revelam em “Minha Vida” as experiências confessionais do autor e constroem seu melhor melhor personagem: ele mesmo.









Com doses generosas de muita sinceridade, muito humor negro e nenhuma concessão à moral vigente na indústria cultural, “Minha Vida” encadeia histórias publicadas do começo dos anos 1970 a 1994, incluindo cartuns, autorretratos, narrativas mais extensas e outras de poucas páginas ou até de apenas um quadro, tanto em preto-e-branco como no mais lisérgico colorido. Seu traço febril, distorcido, genial e demolidor, explode em sarcasmo subversivo contra tudo e contra todos.

Em “Minha Vida”, Crumb fala de si com nenhuma piedade, enumerando seus melhores ataques contra a hipocrisia, mais os escândalos e muitos problemas com a justiça nos Estados Unidos, que o levariam por fim ao exílio na Europa na última década. Em 2010, quando esteve no Brasil como convidado especial da Flip – a Feira Literária de Paraty – Crumb surpreendeu a todos na entrevista coletiva: disse que viajou meio a contragosto e que só aceitou o convite depois de muita insistência da esposa, a também cartunista Aline Kominsky. 










Robert Crumb mora com a esposa e a filha desde 1991 na França e, neste autoexílio, passa a maior parte do tempo ouvindo discos antigos, lendo e desenhando. Além da dedicação à sua versão do Gênesis, nos últimos anos ele também vem produzindo projetos por encomenda e histórias curtas para jornais e revistas, incluindo a “The New Yorker” e a “W”, especializada em moda e comportamento.

Para a “W”, uma das criações recentes de Crumb foi a retrospectiva em capítulos sobre a trajetória feminina através dos séculos, seguindo das agruras das mulheres no tempo das cavernas até maquinações mais atuais e espúrias de personagens estranhos como Lyndee England, aquela militar norte-americana que, em 2003, foi fotografada torturando prisioneiros no Iraque. Crumb e seu humor são implacáveis.






 

Literatura, jazz e rock'n'roll



Jazz, blues, rock'n'roll e altas literaturas permeiam cada quadro na narrativa de “Minha Vida”, entre passagens de estilo gráfico surpreendente, breves, inconformistas. O mundo característico de Crumb e sua bizarria fornecem o fio condutor a cada traço em fragmento confessional, intercalados por poucas páginas de textos, algum trecho de entrevista e uma ou outra anotação circunstancial.

A síntese da contracultura passa pelo imaginário que Crumb retrata nos quadrinhos. Em “Minha Vida”, esta síntese inclui a infância católica em subúrbios protestantes na Philadelphia (onde ele nasceu, em 30 de agosto de 1943), a escola sempre repressora, a família substituída na adolescência pelas experiências quando foi morar com o irmão mais velho (que o levariam em definitivo ao mundo da música, da libido à flor da pele e da psicodelia), os primeiros desenhos publicados, os hippies de San Francisco, os esoterismos e as manias de estrelas do pop-rock.















Enquanto “Minha Vida” carrega saborosas confidências autobiográficas, as mais antológicas lendas do blues, do jazz, do rock'n'roll e das origens da música popular na América do Norte estão reunidas em “Blues”, outra obra-prima do cartunista que ganhou da Editora Conrad uma edição das mais caprichadas. Detalhe: de acordo com o próprio Crumb, a versão brasileira é melhor e mais completa que a edição original em inglês.

Com bela encadernação em capa dura e colorida, “Blues” inclui – além dos casos mais surpreendentes sobre as origens da música na América, seus personagens principais, as bebedeiras, a vida na zona rural, os cantores cegos, a discriminação racial e os pactos nas encruzilhadas – todas as histórias em HQs, cartuns e tirinhas “musicais” criadas por Crumb, mais as belas capas de disco que ele produziu, as filipetas de culto dos colecionadores, os anúncios publicitários e os cartazes de shows que marcaram época.







No alto, retratos de Crumb, um autorretrato
e uma página inteira extraída do álbum

"Uma breve história da América",
no qual a arte de Crumb traduz a passagem
do tempo, como se fosse uma câmera fixada
no horizonte, registrando as mudanças e
destruições provocadas pelo estúpido modo
de vida do capitalismo selvagem.

Acima e abaixo, i
magens extraídas de "Blues",
álbum que, na edição brasileira, reúne as
lendas
mais antigas do blues, do jazz
e do
rock'n'roll recriadas por Crumb,
incluindo os casos mais surpreendentes
sobre as origens da música popular
na América do Norte, seus personagens
principais e os shows que marcaram época








Crumb é impressionante. Seu traço característico, sujo, algo disforme, com formas grotescas que denunciam a proximidade com o universo das drogas alucinógenas, definem também o que de melhor a cultura underground produziu nas últimas décadas. Como apresenta muito bem o ensaio “Faróis da Eternidade”, de Rosane Pavam, que abre a edição nacional de “Blues”:

Crumb viu o sonho da liberdade nascer e escapar. Assistiu à decretação da morte de tudo – da religião, do cinema, da música, da dança – mas não a desejou. Libertar é diferente de matar, e o trator de Crumb passou sobre as senzalas suave-mente, bem raciocinado”.

Foi na década de 1960 que Crumb surgiu como referência da contracultura, com os baluartes de seus cartuns cáusticos que questionam valores. Sua arte se mantém assim desde aquela época, quando revolução era a palavra de ordem: seus traços de humor negro abalaram tabus, desmascararam falsidades puritanas, revelaram obsessões sexuais e, em “Blues”, reverenciam e criticam a “evolução” da música popular no decorrer do último século.










Janis Joplin e seu amigo Robert Crumb 
o cartunista presenteou Janis com várias
homenagens em quadrinhos, incluindo as
capas e encartes de dois discos antológicos:
I Got Dem ol'Kozmic Blues Again Mama,
de 1969, e Cheap Thrills, de 1968. Abaixo,
um encontro de Janis com Crumb em 1969;
os dois cartuns da homenagem de Crumb
para Janis em Blues; o cartum para
Robert Johnson, também em Blues;
e dois cartuns eróticos da série
The Mind Boggles incluídos em
Mr. Natural (1977) e publicados
no Brasil no final dos anos 1970
pela revista Grilo














De Robert Johnson a Monty Python



Robert Johnson, uma das figuras mais lendárias e enigmáticas da música das primeiras décadas do século 20 está presente em “Blues”, em destaque, assim como Furry Lewis e a galeria dos bluesmen que assombraram os conservadores e criaram os fundamentos do rock e da cultura negra dos EUA que depois se espalharam pelo mundo. Howlin'Wolf e seus pares também são retratados, com Jimi Hendrix que alucina e leva junto a sacerdotisa do rock, miss Janis Joplin. Ela ganharia do amigo Crumb várias homenagem em cartuns e quadrinhos e duas capas antológicas: “I Got Dem ol'Kozmic Blues Again Mama” (1969) e “Cheap Thrills” (1968).

Aclamado como gênio e revolucionário, Crumb nasceu em uma família de cinco irmãos na Philadelphia e começou a desenhar ainda na primeira infância. No documentário dirigido por Terry Zwigoff, ele confessa que o motivo da estreia nas HQs aconteceu por insistência do irmão mais velho, Charles, que também o iniciou em certos hábitos bizarros envolvendo sexo, mulheres, política, drogas, literatura e muita música.






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O hobby dos cartuns virou ganha-pão em 1962, quando Crumb se tornou ilustrador da “American Greetings” e da “Help”. Depois viriam os contratos que alcançaram maior público com a revista “Mad”, outros projetos os mais diversos em áreas idem e, claro, as charges e as HQs mais marcantes da contracultura em todo o planeta. Até o final dos anos 1960, a arte de Crumb estaria restrita ao universo da contracultura, do blues e do rock. Mas isso começou a mudar quando ele lançou “Fritz, the Cat”.

Nesta série, as histórias se passam numa grande cidade habitada por animais antropomórficos, sendo que o gato Fritz é o personagem principal. Muito calmo, entregue à preguiça e ao lado mais hedonista da vida, com algumas tendências artísticas, Fritz sempre se vê envolvido pelo acaso com personagens alucinantes em aventuras selvagens, nas quais vai encontrando as mais diversas experiências sexuais.








Fritz apareceu em histórias desenhadas por Crumb quando criança e viria a se tornar o mais famoso dos seus personagens. As tiras e cartuns com o gato primeiro foram publicadas nas revistas “Help!”, “Cavalier” e “Mad”, mas como elas foram se tornando cada vez mais explícitas, Crumb teve que migrar com seu personagem para revistas mais undergrounds. Depois chegaram com sucesso às eróticas “Playboy” e “Hustler”, nas décadas de 1960 e 1970.

Em 1972, o ponto alto da popularidade: “Fritz, the Cat” foi transformado em filme de animação pelo diretor e roteirista Ralph Bakshi. Com a venda dos direitos sobre seu personagem, Crumb conquistou fama e fortuna e também mais perseguição pela censura. “Fritz” foi o primeiro desenho animado a ser classificado com o código X (impróprio para menores), mas também é considerado um dos filmes independentes de maior sucesso comercial de todos os tempos.

O sucesso e o escândalo de “Fritz, the Cat” ainda ganhariam um capítulo inesperado no final de 1972, quando Crumb publicou uma história que pôs fim à trajetória de seu personagem mais famoso: depois de uma última orgia, Fritz é assassinado por uma ex-namorada. Com Crumb é sempre assim: o banal, o comum, o imprevisível e o humor insano de pequenas bobagens cotidianas fornecem um arsenal de piadas visuais com ares libertários.








Reconhecido como influência ou guru de grandes nomes da cultura pop, Crumb tem legiões de pupilos notáveis. Entre eles, astros e estrelas do rock, do blues e do jazz, jornalistas, escritores e midas da tecnologia como Steve Jobs e Bill Gates, além de Harvey Kurtzman, criador e editor da revista “Mad”, e Terry Gilliam, um dos mentores do grupo de comediantes ingleses do lendário Monty Python. Não é pouco.

Líder mundial do movimento underground, entretanto, é um título que Crumb sempre rejeitou. Prefere ser líder de coisa nenhuma, em suas investidas contra o moralismo e as hipocrisias que encontramos aqui e ali. Alguém já disse, não me lembro quem: ao ler Crumb, é o sol que finalmente brilha em nossa porta dos fundos.


por José Antônio Orlando.


Como citar:


ORLANDO, José Antônio. Estilo Crumb. In: Blog Semióticas, 15 de maio de 2012. Disponível no link http://semioticas1.blogspot.com/2012/05/estilo-crumb.html (acessado em .../.../...).



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27 comentários:

  1. VANDINHO MAGRINI LIZA15 de maio de 2012 às 20:48

    legal meu amigo !!!!!!!!!!!! sempre que posso eu dou uma olhada no blog !! mas essa é a primeira vez que faço o comentário ! seu blog é sensação pela net

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  2. Arlindo Moreira César15 de maio de 2012 às 20:56

    Meu querido José. Não sei como isso é possível, mas seu blog Semióticas fica melhor a cada nova postagem. Quando a gente pensa que você chegou ao auge, lá vem uma nova página para surpreender ainda mais!
    Esta página sobre o Crumb é um presente para aqueles que, como eu, têm o mestre das HQs como guru dos mais elevados. O que você escreveu sobre a arte do Crumb também me fez pensar sobre este seu trabalho fantástico no blog.
    Veja bem: talento é quando um atirador atinge o alvo que os outros não conseguem atingir. Gênio é quando alguém como você atinge o alvo que os outros nem sabiam que existia.
    Parabéns, meu querido. Você vai longe...

    Arlindo Moreira César

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  3. Crumb é sempre um deleite para os olhos e para o pensamento e ficou melhor ainda registrado aqui no seu blog, José Antônio Orlando.
    Sou fã de carteirinha do Crumb e agora também preciso solicitar minha carteirinha para ser sócio permanente com visitas diárias a este seu blog. Tenho que concordar com todos os elogios que estão registrados pelos outros visitantes: este Semióticas é um show!

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  4. Amo tudo que seja do Crumb com muita força e agora também amo com mais força ainda este seu blog, Semióticas. Beijos e mil vezes grata por este prazer e por tanta inteligência!!

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  5. Carlos Lúcio Amorim25 de maio de 2012 às 19:26

    Acho que dediquei minha vida a desenhar só por causa do Crumb, por isso fiquei emocionado quando encontrei este perfil delicioso no seu blog, José. Acho que é o melhor texto que já li sobre o Crumb, sem contar esta seleção preciosa de belas imagens. Vi esse documentário há uns 15 anos atrás, no Savassi Cineclube, pelo menos umas cinco vezes em dias seguidos. Mas nunca encontrei uma cópia completa para ter em casa. No Youtube só encontrei trechos. Você sabe onde eu encontro uma cópia em BH? Tem algumas cenas que guardo na memória e que me impressionaram muito, tipo aquela em que um dos irmãos Crumb (eu sempre pensei que era Charles, mas não tenho certeza) estava mostrando desenhos e falando sobre eles. Pareciam com os desenhos do Robert Crumb, mas tinham alguma coisa de diferente em seus traços psicodélicos, tipo umas sombras de animais coloridos e pessoas em um desfile muito louco. O melhor do documentário são estas cenas, em que Crumb e os irmãos falam sobre o processo de criação muito apaixonadamente. Se souber onde localizo o filme, ficarei eternamente grato. Aliás, já estou eternamente grato por esta página linda e por seu blog tão inteligente e sofisticado. Parabéns!

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  6. Olá, Carlos Lúcio. A primeira vez que assisti ao documentário também foi no Savassi Cineclube. Grande filme, você tem razão. Ele está sim disponível em DVD para venda e você também pode encontrá-lo nas locadoras, como na BH Vídeo da galeria do Othon, no Centro, e na Videomania em Lourdes. Grato pelos elogios e seja sempre bem-vindo. Um grande abraço!

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  7. Carlos Lúcio Amorim26 de maio de 2012 às 15:33

    Eu é que agradeço por sua gentileza de responder e pela generosidade de compartilhar aqui no blog tanta sabedoria. Outro grande abraço para você e boa sorte, sempre. E de novo parabéns por este show que é o Semióticas!!!

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  8. Mais um texto sensacional, José Antônio!!!
    Me lembrou meus tempos de quando trabalhava na livraria da Vila (SP) e passava meus intervalos devorando os livros...e adorava a parte de quadrinhos, principalmente, quando podia conferir o livro do Crumb!

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  9. Artigo sensacional sobre este grande artista de nossa época, com certeza um dos grandes gênios da arte do cartum e das histórias em quadrinhos. Fiquei impressionado com seu texto e com o cuidado com cada detalhe, das imagens às referências biográficas. Concordo com tudo. E também acho o filme “Crumb” algo impressionante. E “Fritz the Cat”, o filme, também tem seu lugar de importância, apesar de não ser genial à altura dos trabalhos originais de Robert Crumb.
    Parabéns por essa beleza e página e mais ainda pelo blog, que é um dos melhores de todos os que conheço.

    Gerson Valadares

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  10. Conhecia o cara somente da capa do disco da Janis, mas seu texto me apresentou um grande artista e me levou a uma viagem das melhores que encontrei nos últimos tempos. Agora virei fã do Crumb e deste seu blog Semióticas, que é uma maravilha. Parabéns, José!!
    Paulo Cézar Lopes

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  11. Zé!!
    Gostei demais dessa matéria!Sempre gostei muito da capa do Cheap Thrills da Janis Joplin e fiquei extremamente feliz de conhecer a trajetória desse artista incrível!
    Parabéns pelo texto, parabéns pelo Blog!!
    Luíza Pacheco

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  12. Carlos Eduardo de Mesquita13 de julho de 2012 às 21:32

    Preciso dizer que fiquei muito impressionado com este seu belo ensaio sobre a arte polêmica de Robert Crumb. Aliás, seu blog inteiro é de impressionar, com cada matéria melhor que a outra.
    Há exatamente dois anos acompanhei a presença de Crumb em Paraty, na FLIP, e não encontrei nenhuma matéria publicada na época que conseguisse dar conta da complexidade que ele representa. Mas você conseguiu. Acho que este seu estudo, este resumo da ópera Crumb, é melhor do que qualquer outra reportagem que já li sobre ele.
    Eu e toda a plateia na tenda em Paraty ficamos de boca aberta com as coisas que ele falou e com as loucas atitudes de Crumb. Ele soltou todos os cachorros: disse que nunca mais voltaria a viver nos EUA, que tinha vergonha de ser norte-americano, que tinha vergonha de viver no planeta Terra e que a maioria dos seres humanos são nojentos. Sempre fui fã de carteirinha dele e saí de lá acreditando que Crumb é o melhor personagem de Crumb.
    Minha opinião: este seu “Estilo Crumb” e vários outros ensaios deste blog merecem ser publicados em livro. Parabéns.

    Carlos Eduardo de Mesquita

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  13. Não lembro se já postei algum comentário em seu blog anteriormente, mas, quero parabenizá-lo, pois esse é um dos melhores que conheço por aqui! Muito feliz essa sua publicação sobre o Crumb, comentava a pouco com uma amiga, que senti até uma dorzinha de nostalgia, quando revi esses traços que acompanharam minha infância e adolescência! Como você, tive o privilégio de conviver com seus personagens e suas história, "muito loucas"!

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  14. Parabéns pelo blog, que é um espetáculo, e muito obrigado por este ensaio fabuloso sobre meu grande ídolo, o genial e incomparável Robert Crumb. Virei fã deste Semióticas, meu querido José, e também fã do seu trabalho. Vou ter que voltar muitas outras vezes para ler e aprender com tantos textos bacanas. Valeu!

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  15. Caro José, seu blog é um spray refrescante para a nossa cabeça. Cada dia mais, minha surpresa é maior, com sua clareza e serenidade com as palavras. Um grande abraço e parabéns!

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  16. Paulo Elísio dos Santos20 de abril de 2013 às 19:36

    Poucas vezes escrevo comentários nos sites que visito. Mas aqui neste Semióticas preciso abrir uma honrosa exceção: tudo do mais alto nível, das imagens inteligentes e belas aos seus textos que são aulas verdadeiras e deliciosas. Admiro muito a qualidade do seu trabalho. Parabéns, José. Vida longa!!!

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  17. Luiz Antonio R. Costa24 de julho de 2013 às 15:37

    Olá José. Estava divagando sobre o novo visual da mulher brasileira que frequenta a mídia:"mulher bombada". Isso me fez lembrar de algumas tiras e cartuns com as "femmes" do Crumb que apareciam em revistas da década de 8o:Chiclete, piratas,etc, com formas voluptuosas e, propositalmente exageradas, além dos sapatos, com solas enormes como os de agora. Como o pensamento persistia, abri o Google e deparei-me com esta excelente matéria, que ainda não degustei totalmente visto que o princípio da mesma faz uma referência a Barbacena, cidade onde nasci e moro a + de meio século. Ai veio a curiosidade de saber se conheço vc. ou seu tio. Vou voltar para a matéria e depois vejo se descubro.Um abraço fraterno e parabéns pelo Blog.

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  18. Parabéns pelo blog. É o melhor que já encontrei. Virei fã. / Paulo Martins

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  19. Vou repetir o Paulo Martins: parabéns pelo blog. Também virei fã. Essa matéria sensacional e todas as outras que encontrei aqui me emocionaram. Parabéns de novo.

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  20. Sensacional. Lindas palavras e lindas imagens. Estilo Semióticas. Este site sempre me deixa com inspiração à flor da pele. Amo.

    Carla Medeiros

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  21. Belíssimo e bastante completo ensaio sobre um dos maiores quadrinistas de todos os tempos! Top! Seu blog é fantástico,parabéns!

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  22. De novo deixo uma mensagem porque estou encantado com o que encontrei. Parabéns pelo artigo maravilhoso, pelo blog Semióticas que é um espetáculo e pelas belas imagens selecionadas sobre o genial e anárquico Robert Crumb. Aprendi muito sobre o assunto e fiquei até emocionado com o que você me fez lembrar. Também me diverti muito e só posso agradecer porque tudo aqui é excelente.

    Marcos Aguiar

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  23. Mais uma vez, agradeço: muito obrigado por este material tão bonito e escrito de forma completa e impecável. É mesmo uma aula sobre Crumb apresentada por quem sabe muito bem. Seleção de imagens de tirar o fôlego e texto que parece literatura de mestre. Já escrevi antes, mas vou repetir: virei um fã deste blog Semióticas na primeira visita. Parabéns pelo alto nível.

    Eduardo Mendes

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  24. Alessandro Tridapalli19 de julho de 2020 às 21:13

    Mais um daqueles seus textos perfeitos em postagem muito linda e completa. Parabéns de novo por mais esta homenagem de tão alto nível, homenagem à arte incomparável de Crumb e também homenagem a nós que somos fãs do maior cartunista da contracultura e que agora sabemos um pouco mais sobre ele, sua importância, sua trajetória de gênio. Amei a presença de Janis e tudo mais. De novo, só agradeço.

    Alessandro Tridapalli

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  25. Tenho feito visitas diárias a este blog Semióticas e todo dia encontro reportagens que são um encanto pela perfeição dos textos e pelas imagens maravilhosas. Hoje descobri esta postagens sobre o genial Crumb e estou sem palavras. Belo, belo, belo.

    Silvio Mello

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  26. Bacana demais! Beleza de matéria, de texto, de imagens, de contexto para todas as informações e todas as imagens. Linda homenagem ao maravilhoso Crumb. Parabéns por tudo neste blog Semióticas.

    Susana Pagliato

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  27. Eu amei reencontrar a arte do Crumb.
    Muito obrigada por compartilhar beleza e sabedoria neste blog Semióticas maravilhoso ❤️

    Anna Marina Ferraz

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