Vejo
a cultura como uma tentativa
permanente
de aniquilar com a arte.
Cultura
é a regra. Arte é a exceção...
–– Jean-Luc
Godard
|
O
parisiense Jean-Luc Godard revolucionou o cinema. Ousado e criativo,
polêmico e sempre destacado entre os grandes criadores da história
do cinema, Godard continua a pleno vapor. Já
na estreia todas estas qualidades apareciam irrecusáveis: ele
primeiro foi crítico da lendária revista "Cahiers du Cinéma" e
depois passou a criar curta-metragens experimentais, alguns
premiados, como o irônico "Charlotte et Véronique, ou Tous les
garços s'appellent Patrick" ("Todos os rapazes se chamam Patrick", 1957), antes de surgir como o
cineasta genial de "Acossado" ("À Bout de Souffle",
1960), no qual adotou diversas inovações e quebrou um tabu que vigorava há
muitas décadas ao filmar em apenas quatro semanas, um tempo recorde, com a câmera na mão e sem roteiro concluído.
"Acossado", que segue ao pé da letra o significado do título original (a expressão "à bout de souffle", em francês, pode ser traduzida por "sem fôlego"), seria aclamado como uma obra-prima, um filme-manifesto que deu origem ao extenso movimento de renovação da
linguagem do cinema que ficaria conhecida como Nouvelle Vague e iria
influenciar cineastas do mundo todo, inclusive do Brasil, onde sempre
teve fiéis discípulos desde Glauber Rocha (1939-1981) e a primeira
geração do Cinema Novo, na década de 1960. A proposta de Godard e
da equipe de críticos, roteiristas e cineastas ligados à "Cahiers du
Cinéma": quebrar antigos dogmas, valorizar a direção e reabilitar o espírito criativo do filme de autor.
Segundo
Godard, "politique des auteurs": o diretor reconhecido,
enfim, como o único e principal autor na produção do filme. Na estreia
espetacular de "Acossado" e em outros grandes filmes que
faria a seguir, Godard redescobre a política e os paradoxos de uma
crítica implacável contra as guerras patrocinadas por grandes corporações armamentistas e imperialistas e por uma arte que é provocação e desafio contra o senso comum – um cinema constituído por narrativas sistematicamente iconoclastas e pela recusa à sintaxe cinematográfica
tradicional.
A
suma importância do cinema revolucionário de Godard e as
possibilidades que ele e seus companheiros de geração da "Cahiers du Cinéma" e das produções da Nouvelle Vague inauguraram ou redescobriram fornecem os
argumentos analíticos ao livro do crítico de cinema e ensaísta
Mário Alves Coutinho. "Escrever com a Câmera: A literatura
cinematográfica de Jean-Luc Godard", lançamento da Editora
Crisálida, traz uma versão da tese de doutorado que o autor
defendeu na Faculdade de Letras da UFMG.
Coutinho
examina a filmografia de Godard e se detém em alguns dos clássicos
do cineasta que marcaram época e se tornaram referência para cinéfilos e pesquisadores de áreas diversas. Com atenção a detalhes que revelam ideias e
conceitos, o pesquisador enumera uma série de evidências nos filmes
para defender que Godard, ao fazer cinema, fez literatura – através
de todo um processo que Coutinho define como "experimentação
dos possíveis da linguagem".
Efeitos de linguagem
A
palavra, em certos filmes de Godard, é o fio condutor da análise de
Coutinho. "O uso da palavra, em cada um dos muitos filmes que
ele fez e vem fazendo, muitas vezes em contraponto ao uso da imagem e
do som, sempre foi um recurso a mais para Godard exprimir sua arte e
fazer cinema. É curioso você perceber a importância da palavra nos
filmes de um cineasta radical como ele sempre foi. Ainda mais que o
cinema é uma arte cujo elemento de linguagem mais importante teria
sido sempre a imagem", destaca o autor, apontando passos do
itinerário de um saber inquieto que Godard soube transformar em
grandes cenas, dispersas em ideias e sequências de uma filmografia
das mais incomuns.
"A palavra, a escritura, o jogar e o brincar com as palavras, o questionamento da linguagem, são recursos essenciais do cinema de Godard, em praticamente toda sua obra", defende Coutinho, que coloca em destaque no livro a quantidade de efeitos de linguagem nos filmes do cineasta de “Acossado”, "A Chinesa" e "Alphaville", entre outros clássicos: jogos de palavras, frases escritas em jornais e nas paredes, uso de cartazes e pôsteres impressos, questionamentos explícitos da linguagem, a literatura citada várias vezes, paronomásias.
Os
efeitos da palavra nos filmes de Godard, alerta Coutinho,
potencializam ao extremo as interfaces recorrentes do cinema com a
literatura, patentes desde os primeiros filmes, no final do século
19. "Será que poderíamos dizer que em cada um de seus filmes
Godard mostra claramente uma ambição não só de fazer cinema, mas,
também, e ao mesmo tempo, de fazer literatura?", questiona com
propriedade o autor de "Escrever com a Câmera: A literatura
cinematográfica de Jean-Luc Godard".
Coutinho
conclui a entrevista fazendo questão de ressaltar que Godard é dos
artistas que estão sempre reinventando os caminhos e os meios pelos
quais sua arte ganha expressão. Entre cenas e diálogos marcantes da
trajetória do cineasta que o entrevistado vai enumerando, recordo o
aforismo de outro mestre inventor, Ezra Pound (1885-1972), para quem
“os artistas são as antenas da raça”. Coutinho aplaude a
lembrança e destaca, de imediato, duas ou três revoluções do
cinema que tiveram Godard e suas antenas sempre alertas como
protagonista.
Acima, Marguerite
Duras e Godard em
1979; Isabelle
Huppert em cena
de
“Salve-se
quem puder”,
filme de 1980; Alain Delon e Domiziana Giordano em "Nouvelle Vague" (1990), filme de ficção em que Godard construiu todos os diálogos e a narração a partir de citações literárias; e "Film Socialism" (2010), com metáforas sobre a crise nos países da Europa, filmado a bordo do navio de cruzeiros Costa Concordia.
“Fahrenheit 451” (1967) e François Truffaut durante as filmagens. Na trama, a história de uma sociedade futurista em que os livros são proibidos, adaptada do romance de Ray Bradbury, cujo título faz menção à temperatura em que o papel pega fogo, e que teve trilha sonora de Bernard Herrmann,
compositor favorito de Alfred Hitchcock |
A
equipe original de redatores, editores e colaboradores da revista "Cahiers du Cinéma", criada em 1951 por André Bazin, Jacques
Doniol-Valcroze e Joseph-Marie Lo Duca, além de Godard incluía
críticos que ganhariam destaque como cineastas nos anos seguintes,
entre eles Bresson, Cocteau, Alexandre Astruc, Éric Rohmer, Maurice
Scherer, Jacques Rivette, Claude Chabrol e aquele que talvez ainda
hoje seja o nome mais identificado com a revista pelos cinéfilos do
mundo todo: François Truffaut (1932-1984).
Como
se não bastasse o esmero de Truffaut como crítico e cineasta, há
quem diga que coube a ele, através de seu trabalho na "Cahiers du
Cinéma", mudar o juízo de valor que público e crítica tinham sobre
vários nomes em destaque no cinema de sua época, entre eles um
certo Alfred Hitchcock. Nas críticas que publicou sobre os filmes do
mestre do suspense, e na série de entrevistas que fez entre 1962 e
1967, depois editadas em livro, Truffaut criou um divisor de águas
sobre a arte maior de Hitchcock.
Realizador
de obras-primas desde seu filme de estreia em longa-metragem, em 1959, o autobiográfico "Os
Incompreendidos" ("Les 400 Coups") – e após três curtas premiados e com elogios unânimes da crítica ("Une Visite", de 1955; "Les Mistons", de 1957; e "Une Histoire D'Eau", de 1958, este em co-direção com Godard), François Truffaut demonstrou com seu livro-entrevista o
que poucos haviam percebido até então: que ele era um jornalista surpreendente, capaz de transformar uma série de entrevistas em uma aula de cinema e uma aula de jornalismo, e, principalmente, que Hitchcock era um
criador tão extraordinário quanto aqueles pioneiros que criaram as
estratégias narrativas mais inventivas da linguagem cinematográfica, como Méliès, Griffith,
Chaplin ou Orson Welles.
Hoje
pode parecer lugar comum dizer que Hitchcock dominava plenamente seu
ofício, que ele era extremamente minucioso e perfeccionista ou que poucos cineastas como ele estavam mais interessados em extrair sempre mais e mais da sua arte. Mas Truffaut foi o primeiro entre todos os
críticos e cinéfilos de sua época a perceber e demonstrar cada um destes detalhes. Palavras
de Truffaut, na apresentação ao livro-entrevista sobre o trabalho do mestre: Hitchcock era
alguém que inventava o cinema a cada filme.
Filho
de um humilde vendedor de legumes e verduras, o inglês Alfred
Hitchcock (1899-1980) abraçou o cinema desde a juventude e durante
décadas construiu sua reputação como mestre dos filmes de
suspense. Na segunda metade do século 20, passou a ser reconhecido
pelas plateias e pela crítica como um dos mais populares nomes do
cinema de todos os tempos. O “mestre do suspense” trouxe muitas
inovações técnicas que vão muito além da direção
personalíssima e dos roteiros sofisticados.
São
atribuídos a Hitchcock grandes revoluções em posições e
movimentos de câmera, algumas das mais elaboradas edições já
realizadas, utilização surpreendente de trilhas sonoras que realçam
personalidades, além de uma série de situações e efeitos
narrativos que se estendem a outros filmes de outros diretores, que
passaram a ser definidos com o adjetivo “hitchcockiano”.
Hitchcock tem sido homenageado com frequência, desde sua morte, em
29 de abril de 1980, pelos principais festivais internacionais de
cinema. Mas nem sempre foi assim.
Grandes
tributos para marcar os 30 anos sem o mestre aconteceram e se repetem
em Veneza, Berlim, Londres, Nova York e até em Havana, Cuba, assim
como aconteceu no 63º Festival de Cannes, que teve Hitchcock como
principal homenageado e abertura com a exibição de gala de uma
cópia restaurada, com cenas inéditas, de “Psicose” (1960), um
dos muitos sucessos de público e crítica entre as obras-primas do
mestre do suspense.
Do cinema mudo à invenção do 3D
Como
sempre destacou Truffaut, Hitchcock representa, sob vários aspectos,
um resumo na história do cinema: nasceu em Londres pouco mais de um
ano depois da invenção dos Lumière e começou na profissão de
fazedor de filmes no auge do cinema mudo. E fez o que muitos gênios
de sua época não conseguiram: superou todas as adaptações do mudo
para o falado.
Truffaut
e Hitchcock fotografados em 1962
por Philippe
Halsman durante as célebres
entrevistas
que mudariam o juízo de valor
de
críticos do mundo inteiro sobre Hitchcock
|
O
sucesso de Hitchcock em Londres chamou a atenção dos executivos de
Hollywood. Em 1939, ele embarca para a América e lança seu primeiro
filme na Meca do cinema em 1940: "Rebecca", que conquistou
o Oscar de Melhor Filme. Daí seguiria uma sequência impressionante
de grandes filmes, escrevendo, dirigindo e produzindo grandes
campeões de bilheteria, além de se tornar um dos primeiros do
primeiro escalão de Hollywood a produzir e dirigir uma série de
filmes para a recém-inventada TV.
Também
fez com maestria a passagem do preto-e-branco ao colorido, marcou a
técnica e a evolução da linguagem e realizou 54 filmes
espetaculares em 54 anos de carreira, lançando experiências
pioneiras de efeitos especiais que vão das primeiras imagens em
tecnicolor às primeiras experiências com projeções em terceira
dimensão, hoje relançadas como novidade e chamadas de 3D.
O sucesso na arte e nas bilheterias, por ironia do destino, nunca resultou em grandes homenagens nem prêmios importantes: nunca conquistou um Oscar nem foi condecorado em vida pelos principais festivais – motivo pelo qual o tributo em Cannes e em outros templos do cinema chega a ser absurdamente tardio para o gênio de Hitchcock e para a legião de fãs incondicionais que ele mantém entre um público que inclui muitos e muitos cineastas e críticos de cinema.
O sucesso na arte e nas bilheterias, por ironia do destino, nunca resultou em grandes homenagens nem prêmios importantes: nunca conquistou um Oscar nem foi condecorado em vida pelos principais festivais – motivo pelo qual o tributo em Cannes e em outros templos do cinema chega a ser absurdamente tardio para o gênio de Hitchcock e para a legião de fãs incondicionais que ele mantém entre um público que inclui muitos e muitos cineastas e críticos de cinema.
Sempre
citado e copiado, o criador de "Um Corpo que Cai" (1958),
"Janela Indiscreta (1954), "Os Pássaros" (1963) e
"Festim Diabólico" (1948), entre tantas obras geniais,
recebeu raras homenagens em vida. Sem grandes prêmios, as principais
honrarias que teve talvez tenham sido a condecoração como "Sir"
pela rainha da Inglaterra e, em 1967, a publicação do livro
"Hitchcock/Truffaut: Entrevistas" – que provocou uma
reviravolta ao apontar o diretor de “Psicose” como um dos maiores
artífices da história do cinema.
Enquanto
o autor-diretor Hitchcock era visto como um cineasta mediano e
comercial nos EUA, para Truffaut e os jovens diretores e críticos da "Cahiers du Cinéma", ele era aclamado por sua genialidade. O livro
emblemático ganhou uma versão definitiva do próprio Truffaut em
1983, quando foram acrescentados os últimos trabalhos do mestre.
Publicado pela primeira vez no Brasil em 1986, pela extinta editora
Brasiliense, esgotou rapidamente nas livrarias e passou a ser
disputado em sebos e bibliotecas, aclamado como uma das mais
importantes publicações sobre cinema de todos os tempos.
Aula sobre o cinema
Considerado pela crítica especializada e pelos cinéfilos uma aula
fundamental sobre a história e os segredos da sétima arte, o livro
foi relançado recentemente pela Companhia das Letras, com nova
tradução e projeto gráfico, centenas de imagens e prefácio
inédito do crítico e professor Ismail Xavier. Nas saborosas
entrevistas a Truffaut, Hitchcock analisa um a um todos os seus 54
longas-metragens e outros tantos curtas e filmes feitos para a TV.
Também explica em minúcias os efeitos a que recorreu para criar
cenas antológicas, resgata scripts abandonados e revela anedotas
impagáveis sobre si mesmo e sobre alguns de seus grandes astros e
estrelas.
Poético
e rigorosamente jornalístico, o livro de entrevistas
"Hitchcock/Truffaut" abre o primeiro capítulo com um
diálogo dos mais emblemáticos, que vai adquirir outros nuances ao
longo de 16 capítulos em mais de 200 páginas de perguntas e
respostas e imagens de tirar o fôlego. François Truffaut pergunta:
Senhor Hitchcock, o senhor nasceu em Londres em 13 de agosto de 1899.
De sua infância, conheco apenas uma história, a da delegacia. É
uma história verdadeira?
Alfred
Hitchcock: Sim. eu tinha talvez quatro ou cinco anos. Meu pai me
mandou à delegacia de polícia com uma carta. O delegado a leu e
trancou-me numa cela por cinco ou dez minutos dizendo "veja o
que se faz com os meninos maus".
François
Truffaut: E o que o senhor tinha feito para merecer isso?
Hitchcock:
Não posso imaginar. Meu pai sempre me chamava de "minha
ovelhinha sem pecado". Realmente, não posso imaginar o que
possa ter feito.
O papel de Alma
Hitchcock
é um mundo: cada filme encerra complexidades de conteúdo e questões
técnicas que traduzem, descobrem, inventam formas de tradução de
ideias e de interpretações de raciocínios em linguagem
cinematográfica. Mas falar das obras-primas que ele realizou desde a
década de 1920 implica, necessariamente, em destacar a participação
fundamental de uma parceria que, durante mais de 50 anos, ele manteve
com a esposa, Alma Reville. Descrita pelos biógrafos do cineasta
como extremamente inteligente, dedicada ao marido, discreta,
otimista, Alma sempre atuou à sombra do marido, desconhecida para o
público e vivendo intensamente os papeis de roteirista, montadora
(edição dos filmes) e produtora dos grandes sucessos do mestre do
suspense.
Nas
entrevistas com Truffaut, a senhora Alma Reville mal aparece na
conversa. Mas, logo no início, Hitchcock admite que, sem ela, ele
jamais teria conseguido financiamento para seu primeiro filme. O
mestre, em poucas palavras, também explica como sua mulher o ajudou
a superar muitas dúvidas e inseguranças. "Depois de cada
trecho de filmagens”, confidencia Hichcock a Truffaut, “o tempo
todo, desde o início de tudo, eu costumo olhar para minha esposa e
pergunto: E então? Está indo bem? Funciona?"....
Aparições do mestre
Também
conhecido entre seus pares de Hollywood por ser um mestre do
marketing, Hitchcock usou em vários de seus filmes um recurso, que
ele mesmo inventou, que faria história e teria muitos imitadores: o
“cameo” (em português, “camafeu”), uma "participação
especial". Hitchcock é visto em aparições breves, geralmente
no início de seus filmes, segundo ele próprio para não distrair o
público do enredo principal. Há "cameos" de Hitchcock em
todos os seus 54 longas, mas algumas das aparições do mestre são
quase enigmas, difíceis de identificar. Confira a lista com algumas
delas:
Rear
Window (Janela Indiscreta, 1954) –
Hitchcock aparece
dentro
do apartamento do pianista e por um instante olha em
direção à câmera.
direção à câmera.
Psycho (Psicose,
1960) – passa com chapéu de cowboy
em
frente ao carro em que Marion está.
Frenzy (Frenesi,
1972) – aparece no meio da multidão que está às margens
do rio quando
um corpo da vítima aparece boiando.
Suspicion (Suspeita,
1941) – aparece enviando uma carta
no
posto dos correios da cidade.
Shadow
of a Doubt (A Sombra de uma Dúvida, 1943) –
aparece num trem jogando cartas com um homem e uma mulher.
Spellbound (Quando
Fala o Coração, 1945) – sai do elevador do Empire Hotel
carregando uma maleta e fumando um cigarro.
Blackmail (Chantagem
e Confissão, 1929) – aparece em cena como um passageiro
no metrô que é importunado por um garoto.
Family
Plot (Trama Macabra, 1976) – aparece de
perfil por trás do vidro de uma porta como se estivesse a falar e a
gesticular.
Dial
M for Murder (Disque M Para Matar, 1954) –
aparece no canto inferior esquerdo de uma foto pendurada na parede da
sala.
The
Birds (Os Pássaros, 1963) – aparece
passeando pela calçada
do
lado de fora da loja de animais.
Lifeboat (Um
Barco e Nove Destinos, 1944) – inicialmente, o diretor
teve a ideia de aparecer como um corpo boiando próximo ao barco.
Porém, entusiasmado com
seu sucesso na tentativa de perder peso, decidiu aparecer posando
para fotos "Antes & Depois" a respeito de um remédio
para emagrecimento mostrado num jornal.
Rope (Festim
Diabólico, 1948) – aparece duas vezes. Logo no início,
aparece
atravessando a rua. Mais tarde, uma caricatura de Hitchcock
aparece num neon que reflete na janela do apartamento.
aparece num neon que reflete na janela do apartamento.
Notorius (Interlúdio,
1946) – aparece em uma festa realizada
na
mansão de Alexander Sebastian.
Vertigo (Um
Corpo Que Cai, 1958) – aparece aos exatos 11 minutos
de
filme, caminhando em frente ao estaleiro de Gavin Elster.
Strangers
in a Train (Pacto Sinistro, 1951) –
aparece aos 5 minutos
de
filme, embarcando no trem com um contrabaixo.
Foreign
Correspondent (Correspondente Estrangeiro, 1940) –
aparece aos 12 minutos de filme, lendo um jornal e usando um chapéu.
Rebecca (Rebecca,
A Mulher Inesquecível, 1940) – aparece bem no final
do filme, na rua, perto de uma cabine telefônica.
do filme, na rua, perto de uma cabine telefônica.
-
The Lady Vanishes (A Dama Oculta, 1938) – aparece quaseao final da Victoria Station, fumando um cigarro.North by northwest (Intriga Internacional, 1959) – aparece logo no começo do filme, em cena de 15 segundos em que corre para pegar o ônibus.Topazio (Topázio, 1969) – aparece na estação de trem, numa cadeira de rodas,depois se levanta para cumprimentar um homem.To Catch a Thief (Ladrão de Casaca, 1955) - aparece em torno dos dez minutos, sentado ao lado de Cary Grant em um ônibus.
Marnie (1964) – aparece no começo do filme, no corredor do hotel.
por José Antônio Orlando.
Como citar:
ORLANDO,
José Antônio. Cahiers du Cinéma. In: Blog
Semióticas,
19 de novembro de 2011. Disponível no link
http://semioticas1.blogspot.com/2011/11/cahiers-du-cinema.html
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