O
público tem direito à arte. O público tem sido ignorado pela maioria dos artistas contemporâneos, mas o público precisa da arte. Arte
é
pra todos.
-- Keith
Haring (1958-1990). |
Os
ícones de bonequinhos das obras de Keith Haring se
transformaram em sua marca registrada: tanto faz se em pinturas,
desenhos, gravuras, videoclipes, silk-screens, camisetas, bótons ou publicidade
de tudo. As imagens do artista norte-americano tomaram de assalto a
cultura pop assim que surgiu na mídia, nos anos 1980, o interesse
por aquele sujeito que desenhava com giz e tinta nas ruas e metrôs
de Nova York. Keith Haring ficou popular em pouco tempo e permanece: sua obra
influencia artistas até hoje no mundo inteiro. Para ele, a arte
deveria ser acessível para todos – e deveria ser feita a
partir da linguagem visual só na aparência simples, colorida,
infantil.
Grafites
personalíssimos e desenhos em murais e nas ruas de Nova York com
seus bonequinhos dançando, em traços sintéticos, provocantes, de
cores gritantes, viraram marca registrada de seu estilo, também
imortalizado em célebres pinturas, esculturas, colagens nos acervos
dos grandes museus e em milhares de ilustrações para livros,
discos, fachadas, filmes, revistas, jornais. Alguns dos trabalhos
mais expressivos da arte genial de Keith Haring foram reunidos em duas
publicações que chegaram às livrarias brasileiras pela primeira
vez, mais de duas décadas depois da morte do artista: "O Livro
de Nina para Guardar Pequenas Coisas" e "Ah, Se a Gente não
Precisasse Dormir", os dois lançados pela Cosac Naify.
A
história do antológico "O Livro da Nina para Guardar Pequenas
Coisas" (Cosac Naify, 72 páginas ilustradas) começou em 1988,
no Brasil, no aniversário de sete anos da pequena Nina, filha do
pintor italiano Francesco Clemente, grande amigo de Haring. É um
livro dos mais surpreendentes que já foram imaginados, na fronteira
da palavra livro, incomum, que mistura catálogo de arte e
diário infantojuvenil, todo feito a mão livre. Trata-se, na
verdade, de um objeto pessoal para desenhar, pintar, colar adesivos,
folhas, fotos dos amigos, lembranças de um dia no circo e até
pensamentos – desde que sejam pequenas coisas, já que as grandes,
ele recomenda, devem ser guardadas em caixas.
“O
Livro de Nina...” de Keith Haring recebeu um tratamento caprichado
na edição brasileira, que manteve o formato alongado em capa dura
dos antigos cadernos de fotos e lembranças. Para preservar o aspecto
artesanal do objeto-livro inventado pelo artista, a letra de Haring
foi mimetizada no projeto gráfico – com tradução assinada por
Alípio Correia de Franca Neto.
Um
purismo curioso: o nome do autor não aparece na capa e nem na folha
de rosto, que já se apresenta como dedicatória. Um sol amarelo e
sorridente, típico das imagens festivas celebrizadas por Keith
Haring, saúda: "Para Nina, em seu sétimo aniversário – 15
de julho de 1988. Com amor, Keith". A edição nacional do livro
- que foi publicado pela primeira vez nos Estados Unidos e em países
da Europa em 1994 e tornou-se um clássico instantâneo – traz
ainda um depoimento inédito da própria protagonista, Nina Clemente.
O livro e a cozinha de Nina
A
pequena Nina cresceu e hoje, aos 30 anos, ela trabalha como chefe de
cozinha e estilista na Califórnia, EUA, onde também apresenta o
programa de culinária "Cucina de Nina", exibido pela Plum
TV (para assistir na Internet, clique
aqui). "Ele tinha uma capacidade inata de transcender a vida
adulta e foi meu melhor companheiro de infância, para além de nossa
diferença de idade. "Ele
tinha uma capacidade inata de transcender a vida adulta e foi meu
melhor companheiro de infância, para além de nossa diferença de
idade. Nunca o enxerguei como gente grande – todas as memórias que
tenho dele são repletas de desenhos, de muitas risadas e muita alegria",
explica Nina, em uma
breve entrevista
concedida por telefone.
"Ah,
Se a Gente não Precisasse Dormir" (Editora Cosac Naify, 40
páginas ilustradas) não é menos precioso que “O Livro de Nina
para Guardar Pequenas Coisas”. Produzido e publicado originalmente em 1997 como um projeto da Keith
Haring Foundation (criada em 1989 pelo artista para gerenciar seu acervo e apoiar projetos relacionados a crianças, a educação e a pesquisas e cuidados para pacientes com AIDS), o livro ganha na edição
brasileira uma reportagem exclusiva do jornalista Mario Cesar
Carvalho sobre Haring e sua relação com o Brasil, chegando a uma
abordagem inédita sobre a arte do grafite.
Traduzida
em livro, a arte de Keith Haring traz uma surpresa a cada página,
independente da idade do leitor, ainda que tenha endereço certo para
pesquisadores, arte-educadores e para toda a nova geração de
grafiteiros. Entre os incontáveis fãs estão os irmãos grafiteiros
Otávio e Gustavo Pandolfo, mais conhecidos como OsGêmeos, que
declaram na contracapa da edição brasileira:
“Keith
Haring foi sem dúvida um dos artistas da arte pop mais consagrados
internacionalmente”, destacam
os irmãos, no texto escrito em conjunto.
“Com seu trabalho, atravessou barreiras, superou várias
dificuldades e conquistou o mundo. Uma arte alegre, questionadora e
divertida, com traços fortes e linguagem direta, que somou muito
para a cena do grafite".
No
ensaio-reportagem incluído na edição nacional de "Ah, Se
a Gente não Precisasse Dormir", Mario Cesar Carvalho destaca
que a dupla paulistana OsGemeos foi convidada a homenagear Keith
Haring no Lower East Side, em Nova York. "Keith fez o famoso
mural na esquina da rua Houston com a Bowery, e após alguns meses o
mural foi apagado. Anos depois, nós fomos convidados a pintar o
mesmo espaço pela Deitch Project e Tony Goldman", contam os
irmãos, confessando que foi uma honra participar da homenagem.
Keith Haring e os brasileiros
Em
busca de Keith Haring e sua relação com o Brasil, país que ele
visitou diversas vezes, Mario Cesar Carvalho produziu uma autêntica
reportagem investigativa. Pesquisou arquivos, foi aos álbuns de
família dos amigos e colheu depoimentos importantes, e até então
inéditos, de pioneiros do grafite, entre eles Ivo Mesquita, Rui
Amaral e Fabiana de Barros.
No
breve relato de sua pesquisa à procura da influência de Keith
Haring sobre os brasileiros e sobre o destino das obras que ele
pintou por aqui, Carvalho, na verdade, reconstitui a história do
grafite no Brasil. Entre as preciosidades, enumera o muro pintado por
Haring próximo à avenida Sumaré, em São Paulo, que hoje não
existe mais. Carvalho também resgata outras imagens raras de Haring
em solo brasileiro, incluindo a confecção do painel que figurou na
Bienal de 1983 e outros inspirados na capoeira ou em nossas
florestas.
.
"Quase
todos os primeiros grafiteiros dos anos 1980 trabalhavam com moldes
em papel para desenhar, e a passagem de Haring pela cidade ajudou a
disseminar o grafite a mão livre, estilo pouco praticado na época,
segundo Rui Amaral, um dos lendários pioneiros que continua na
ativa", aponta Mario Cesar Carvalho, contextualizando através
da presença de Keith Haring os caminhos da arte do grafite no
Brasil, com destaque para a cidade de São Paulo.
Repleto
de leveza e ironia, com inventividade que estimula a percepção
visual e lida com a arte moderna de uma maneira contemporânea, “Ah,
Se a Gente não Precisasse Dormir” tira proveito dos ícones
dançantes multicoloridos de Keith Haring, criador intuitivo que
começou a desenhar ainda criança, quando inventava histórias em
quadrinhos com o pai. Depois fez sucesso meteórico com seus
trabalhos, que passaram das ruas e estações de metrô para as
maiores galerias e museus do mundo.
É
um daqueles livros que começam com uma pergunta e vão direto ao
assunto. "Está vendo esse cara de óculos aí do lado?" -
questiona o autor, logo na primeira linha da primeira página. "Ele
é o Keith Haring. Daqui a pouco vamos olhar com atenção as obras
de arte dele e várias coisas relacionadas a elas. Também vamos
saber o que outras crianças pensam quando veem esses trabalhos. Mas,
antes, uma perguntinha rápida: qual é, na sua opinião, a coisa
mais importante para Keith Haring nessa foto? Claro! É o tênis que
está calçando, um tênis do qual ele gostava ainda mais à medida
que ia ficando velho e gasto! Keith sempre aparecia com esse tênis,
seja quando usava camiseta e jeans, seja ao vestir um terno azul".
Com
pequenos textos tão breves quanto saborosos, mais transcrição de
depoimentos e análises feitas por crianças de escolas públicas de
Nova York sobre o trabalho de Haring, desenhos, pinturas, uma
reportagem sobre as temporadas do artista no Brasil, fotos do artista
trabalhando e grafites, muitos grafites: assim é "Ah, Se a
Gente não Precisasse Dormir". Cada desenho grafitado inspira
milhares de interpretações e, no livro, as frases das crianças
intercalam a sequência de imagens, mistura de curiosidade e senso de
humor inteligente, para além da aparência de ingênuo, exatamente
como a arte de Keith Haring.
De
maneira despretensiosa, meninos e meninas de 5 a 15 anos dão a sua
interpretação para alguns dos trabalhos mais representativos do
artista. Diante do “Grafite 84”, com mãos que perfuram
cérebro e peito, em fundo azul, os pequenos leitores de Nova York
interpretam e buscam significados:
“Parece
uma cobra”, diz o primeiro. “Ele está enfiando a mão por dentro
do corpo, talvez para agarrar o cérebro”, completa o segundo. “Ele
não quer ser inteligente”, diz o terceiro
menino.
“Ele não gosta mais de si mesmo e está jogando fora o cérebro e
o coração”, propõe um
outro pequeno intérprete, ao que o
terceiro
menino responde:
“Acho
que é uma pessoa que está muito confusa, com as emoções
atrapalhadas. Alguém machucou o cara emocionalmente, bateram na
cabeça dele e ele não é muito bom em matemática”. O primeiro
garoto conclui:
“Talvez ele esteja tentando encontrar um pouco de amor”. Diante
dos comentários, tão ingênuos como reveladores de sentidos e
percepções da realidade, o narrador do livro interroga: “Você
também já se sentiu desse jeito?”
Além
de didático, sedutor em seus traços multicoloridos e poético ao
extremo, "Ah, Se a Gente não Precisasse Dormir" também é,
acima de tudo, uma homenagem à grande arte de um jovem sonhador que
rompeu barreiras e levou para galerias, museus e as mais importantes
bienais do planeta Terra a efervescência pop da cultura de rua.
"Nos
jantares e festas chiques, Keith era o único adulto com lugar
garantido na mesas das crianças", recorda Nina Clemente ao
comentar a importância e o afeto que tem pelo artista, pelo livro
que ganhou de presente aos sete anos e pela edição brasileira de "O
Livro da Nina para Guardar Pequenas Coisas". Na época em que
recebeu o incrível presente feito a mão por Keith Haring, Nina
morava no Brasil com a família. Logo depois, mudaram-se para Nova
York, onde Nina cresceu e, muito tempo depois, entendeu que o amigo
que sempre visitava sua família era um artista importante.
Sintonia com a grande arte
"Morei
algum tempo no Rio de Janeiro e sei que Keith ficaria contente também
com a edição brasileira): a energia, as cores intensas, o ritmo e a
vibração deste país estão em sintonia com sua arte e seu modo de
vida. Espero que todas as crianças brasileiras, especialmente as
Ninas, divirtam-se com este livro tanto quanto eu", confessa
pelo telefone a protagonista do livro.
Nos
Estados Unidos e na Europa, biografias, documentários, exposições,
livros inéditos, reedições e antologias sobre Keith Haring também
trazem o artista de volta à mídia, mais de 20 anos depois de sua
morte precoce. Entre os lançamentos, um dos títulos mais aguardados
é “Keith Haring Journals" (editora Penguin), que trazem em
edições temáticas ilustradas os fac-símiles dos diários inéditos do artista grafiteiro
que era amigo e confidente da então estreante Madonna, do também grafiteiro e companheiro de geração Jean-Michel Basquiat e do Midas todo-poderoso da Pop Art, Andy Warhol, entre outras celebridades e estrelas de grandezas
variadas.
Também
para relembrar a arte de Keith Haring, está em cartaz desde dezembro
de 2010 a mais completa retrospectiva de sua carreira, na Galeria
Tony Shafrazi, em Nova York. A mostra reúne suas obras mais célebres
e séries completas de ilustrações e desenhos –– entre elas as que produziu para ilustrar "Apocalypse", ensaio do poeta
beatnik William Burroughs (1914-1997), além de seus desenhos contra
o "apartheid" e dos principais trabalhos engajados em prol
dos direitos civis e dos direitos humanos em vários países.
A
meta número um para Keith Haring pode ser traduzida por seu empenho
para que suas obras, nos mais variados suportes, alcançassem o
grande público. "Pintar para quê, se não é para ser
transformado por seu próprio trabalho?", questiona Haring, em
breve depoimento transcrito no perfil biográfico publicado na última
página de "O Livro de Nina…".
Nesse
empenho para que sua obra chegasse de graça ao maior número
possível de pessoas ele também foi pioneiro: preferia expor nas
ruas, em galerias do metrô, em lojas e casas noturnas
"alternativas". Depois de sua morte prematura em 1990,
vítima de Aids, sua obra libertária foi alçada à categoria de
grande arte e levada para os grandes museus e galerias sofisticadas.
Brasil e brincadeiras visuais
Keith
Haring viajou com frequência ao Brasil, durante os anos 1980, para
visitar amigos no Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia. Durante as
viagens, e nos intervalos entre elas, em seu estúdio em Nova York,
produziu murais, telas e esculturas com referências à diversidade
da cultura do Brasil. Na primeira vez que esteve em terras
brasileiras, em 1983, foi homenageado pela Bienal de São Paulo.
Pintou murais e grafites em praças e avenidas, entre eles um painel
imenso no pavilhão da Bienal. Todos foram fotografados, mas ficaram
no passado: nenhum dos trabalhos existe atualmente.
A aproximação do artista com o Brasil, as relações de amizade e os trabalhos que ele produziu aqui são o tema de um documentário que está sendo produzido pela Keith Haring Foundation, com roteiro e direção de Guto Barra e Gisela Matta e com a colaboração de Kenny Scharf. O filme, com o título "Restless: Keith Haring in Brasil", ainda não tem data de estreia anunciada. Em 2009, Guto Barra, em parceria com Béco Dranoff, dirigiu "Beyond Ipanema: Ondas brasileiras na música global", um documentário sobre a influência da música brasileira no exterior que foi premiado como melhor filmes nos festivais de cinema de Chicago, Miami e Vancouver.
A aproximação do artista com o Brasil, as relações de amizade e os trabalhos que ele produziu aqui são o tema de um documentário que está sendo produzido pela Keith Haring Foundation, com roteiro e direção de Guto Barra e Gisela Matta e com a colaboração de Kenny Scharf. O filme, com o título "Restless: Keith Haring in Brasil", ainda não tem data de estreia anunciada. Em 2009, Guto Barra, em parceria com Béco Dranoff, dirigiu "Beyond Ipanema: Ondas brasileiras na música global", um documentário sobre a influência da música brasileira no exterior que foi premiado como melhor filmes nos festivais de cinema de Chicago, Miami e Vancouver.
Arte do grafite: o artista plástico Kenny Scharf trabalha na restauração de um painel pintado por Keith Haring nos anos 1980 na varanda de sua casa em Serra Grande, na região de Ilhéus, no litoral da Bahia. As restaurações de obras que Keith Haring produziu no Brasil estão sendo realizadas com apoio da Keith Haring Foundation e estão registradas no documentário Restless: Keith Haring in Brasil, com direção e roteiro de Guto Barra e Gisela Matta |
O
humor característico das imagens criadas por Haring está intacto em
“Ah, Se a Gente não Precisasse Dormir” e em "O Livro de
Nina para Guardar Pequenas Coisas", entre trocadilhos e
brincadeiras visuais típicos do universo infantil. Depois de uma
página em branco, ele avisa: "Não use está página!!!".
Mas avisa, na margem inferior: "Brincadeirinha! Rá rá!".
Na página seguinte, com traços coloridos e sugestivos, ele propõe:
"Página da pequena bagunça. Eu comecei uma bagunça. Você
termina. Tente transformar minha bagunça numa pequena história".
Nascido
no estado da Pensilvânia, Estados Unidos, Keith Haring interrompeu o
curso de design gráfico numa escola de arte em Pittsburgh para ir
morar em Nova York, onde iria descobrir a arte do grafite, que
começava a tomar as ruas. Começou a ganhar notoriedade em 1980, ao
desenhar a giz nas estações de metrô. Logo depois, foi convidado
para expor seus trabalhos e fazer performances ao vivo de grafite nos
famosos Studio 54 e Club 57, redutos vanguardistas da cidade, onde
ficaria amigo e consultor para capas e encartes de álbuns, cenários,
figurinos e videoclipes de vários artistas, entre eles Madonna,
Grace Jones, Laurie Anderson, Lou Reed, Iggy Pop, David Bowie e David
Byrne, líder dos Talking Heads.
Arte do grafite: acima, Keith Haring em ação em Nova York, em 1986, em fotografias de Vladimir Sichov. Abaixo, uma seleção de suas criações em personalíssimos ícones multicoloridos |
Em
uma década de trabalho ininterrupto, participou de bienais no mundo
inteiro e pintou diversos murais na Austrália e no Japão, além da
Europa e Estados Unidos. Sua última obra pública – um mural de
grandes proporções intitulado "Tuttomondo" – foi
instalada na Itália e dedicada à paz universal. Ele queria um tipo
de arte que fosse pública. Para Keith Haring, era inconcebível
pensar a arte em separado da vida real. Seus desenhos, que têm na
primazia da linha sua maior força, sobrevivem até hoje e são
imitados por muitos, com objetivos os mais diversos.
Nas
últimas viagens que fez ao Brasil, no final da década de 1980,
Keith Haring costumava se hospedar em Ilhéus (BA), na casa do amigo
e também artista Kenny Scharf, na região de Serra Grande, onde pintou murais e produziu telas e
esculturas inspiradas na arte brasileira. Sempre rodeado pelas
crianças, o artista deixou um registro em seus diários, em outubro
de 1987, sobre sua relação com a pequena Nina Clemente:
"Alguns
dias antes de deixar o Brasil e voltar a Nova York, visitei Nina e
Chiara Clemente, e ficamos desenhando juntos nas paredes de sua casa.
Acho que esse foi um dos momentos mais marcantes da minha vida. Tenho
certeza de que fui um bom companheiro para muitas crianças e talvez
tenha marcado suas vidas de forma duradoura, e lhes ensinado um pouco
sobre o que é compartilhar e cuidar". Nina certamente concorda
com todas as palavras de Keith Haring.
por José
Antônio Orlando.
Como
citar:
ORLANDO,
José Antônio. A arte do grafite. In: Blog
Semióticas,
15 de julho de 2011. Disponível no link
http://semioticas1.blogspot.com/2011/07/a-arte-do-grafite.html
(acessado em .../.../…).