A arte é a única forma de atividade por
meio da qual o homem se manifesta como verdadeiro indivíduo. Mas pode alguém fazer obras que não sejam de arte?
–– Marcel Duchamp
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Há
exatamente 100 anos, o sempre surpreendente Marcel
Duchamp (1887-1968) apresentava, em um salão anual de
artistas independentes de Nova York, uma peça que foi
recusada pelos membros do júri, mas que a partir daquela data
conquistaria um lugar invejável como uma das mais desconcertantes e
mais marcantes de todos os tempos, símbolo do poder
questionador da Grande Arte e referência pioneira do que
ficaria conhecido desde aquela época como “ready-made”, “arte
conceitual” e “instalação”. No começo, a
peça de Duchamp tinha contornos de um caso apenas divertido, contado entre amigos, como
se fosse uma anedota, mas foi ganhando peso e uma importância
singular na História da Arte.
Nascido
na França e radicado nos Estados Unidos, Duchamp foi um exímio pintor, escultor, fotógrafo, cineasta, poeta, mestre
do jogo de xadrez e ator performático, especialmente
quando surgia travestido com a identidade secreta em seu
alter-ego Rrose Sélavy, que alcançou o status de celebridade
na cena artística de Nova York e chegou a assinar a autoria de
vários “ready-made” – numa época em que a
palavra “performance” sequer era usada no sentido teatral e
espetacular do termo. Duchamp ficaria consagrado como um
dos artistas mais influentes do século 20, mas é importante
lembrar que o acontecimento de 1917 não foi um caso isolado em
sua trajetória.
Duchamp vinha
de experiências anteriores que investiam no limite das
fronteiras da arte – entre elas sua célebre pintura de 1912 “Le
nu descendant l'escalier n° 2” (Nu descendo escadas número
2), que sugere abstrações sobre uma figura humana em
movimentos de linha descendente da esquerda para a direita; e a
escultura “La jeune mariée mise à nue par ses célibataires, même”
(A noiva despida por seus celibatários, mesmo), uma sobreposição de objetos, cabides e tecidos aparentemente
aleatórios, de formas geométricas, iniciada em 1915 e
concluída somente em 1923. Muitas outras de suas experiências radicais de criação e ruptura vieram
antes e viriam depois, nos anos e décadas seguintes,
mas o que se passou em 1917 foi, por certo, um divisor de águas para
o próprio Duchamp e para a História da Arte.
Inspiração performática
Segundo
relata o próprio Duchamp, naquela manhã ele foi à
loja JL Mott Iron Works, que comercializava louças sanitárias e
artigos para encanadores, na 118 Fifth Avenue, em Nova
York, e comprou um mictório da marca Bedforshire, modelo padrão masculino, de porcelana cor
branca. Chegando em sua oficina, ele decidiu escrever na
lateral da peça, usando um pincel e tinta preta, “R.
Mutt 1917”, que seriam seu pseudônimo e a data
da criação da obra. Depois fez um embrulho com papel e corda
e despachou, sob o título “Fountain” (Fonte), para
o endereço indicado pelo salão.
O
júri, do qual Duchamp e Arensberg também faziam
parte (uma vez que eram do grupo de fundadores
e membros do Conselho de Administração da Sociedade), recebeu
a peça e, depois do espanto inicial e de muito confabular, decidiu rejeitar a obra, sob o argumento da dúvida: não conseguiram chegar a um acordo para definir se era ou não uma obra de
arte. Vencidos em sua argumentação a favor da aceitação da
obra, Duchamp e Arensberg decidiram renunciar de imediato à
presença no júri e ao Conselho de Administração, para surpresa
dos demais integrantes, que na época não sabiam que o próprio
Duchamp era o artista que assinava por pseudônimo.
Presente
naquela sessão do júri e nos dias seguintes, no período de montagem da exposição, que seria aberta ao
público no dia 10 de abril de 1917, o fotógrafo Alfred
Stieglitz, a pedido de Duchamp, que era seu amigo, tentou e conseguiu fazer um registro da peça recusada. A
fotografia de Stieglitz acabou sendo fundamental quando, semanas
depois, Marcel Duchamp decidiu retomar a história inaugural de sua
obra performática. A retomada aconteceu em grande estilo e
ganhou repercussão ainda maior que o primeiro gesto iconoclasta que
culminou na recusa da peça pelo júri.
Ao conseguir
a fotografia de Stieglitz, o próprio Duchamp partiu para a mistificação: publicou a foto e um artigo anônimo, escrito
por ele, com retórica entusiasmada, em defesa da obra
ousada e verdadeiramente moderna do senhor Richard Mutt, no
segundo número de “The Blind Man” (O homem cego), jornal
produzido por Duchamp e seus amigos do círculo Dadaísta de Nova
York, entre eles Henri-Pierre Roche, Beatrice Wood, Francis Picabia e
Mina Loy. O artigo anônimo de
Duchamp, metamorfoseado em ardoroso defensor do trabalho
inovador de Richard Mutt, imortalizou a “Fonte” e conseguiu sacudir os alicerces da criação artística com
um questionamento: o valor de uma obra estava
realmente na criação original ou estava no
contexto em que aquela determinada obra fosse inserida? Em
outras palavras: Duchamp instituiu que, rigorosamente, tudo
pode vir a ser arte.
Arte
segundo Duchamp: a fotografia de
Alfred
Stieglitz, única imagem conhecida
da
obra original de Duchamp de 1917, em
fac-símile
do artigo “anônimo” publicado
por
Duchamp na revista The Blind Man
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Iconoclastia inaugural
Hoje,
um século depois, a iconoclastia inaugural de Marcel Duchamp ainda rende
inúmeras controvérsias e polêmicas que vão de algumas dúvidas
sobre a real paternidade da ideia original da “Fonte”, que teria
sido apropriada por ele de outras iniciativas menos célebres de seus
contemporâneos, às discussões historiográficas sobre a origem
daquele objeto, que era raro na época e que, desde então, adquiriu
uma aura mítica e mística. Há, inclusive, argumentações de
pesquisadores que negam a veracidade da informação de que aquela
peça industrial era comercializada em Nova York pela citada loja da
118 Fifth Avenue em 1917.
As
polêmicas, variadas, vêm, enfim, perpetuar o esforço de
mistificação para o qual o próprio Duchamp investiu, com apoio e
cumplicidade de seu círculo de amigos na época e nas décadas
seguintes, nos movimentos de vanguarda que estavam por vir. Por
ironia do destino, com o passar do tempo a obra mais radical e mais
provocativa de Duchamp seria totalmente e definitivamente assimilada
como totem sagrado dos mais disputados pelos grandes museus. Entre
outras informações intrigantes que ainda permanecem pairando sobre a obra
iconoclasta de Duchamp, há também um mistério insolúvel: o
destino que teve a peça original –– que nunca mais foi
localizada depois da recusa pelo júri do salão de 1917 da Sociedade
de Artistas Independentes de Nova York.
No ano
de 1964, depois de recusar muitas propostas, Duchamp concordou em
assinar uma autorização para que o historiador de arte Arturo
Schwarz produzisse, com uma equipe de designers de Milão, algumas
réplicas para serem apresentadas em Nova York quando houvesse a
efeméride dos 50 anos do caso “Fountain”. As réplicas trouxeram
à tona novamente a polêmica e, passada a efeméride, foram
adquiridas por valores milionários, mantidos em sigilo, por grandes
museus –– o MoMA de San Francisco, o Tate Modern de Londres e o
Centro Pompidou de Paris. Uma das obras mais iconoclastas da história
da arte, acusada durante anos de ter insultado instituições da
arte, foi absolvida e absorvida com suas réplicas pelo sistema e com
o consentimento do próprio Duchamp.
Castelo da Pureza
Nas
entrevistas que concedeu mais tarde, Duchamp apresentou suas versões
para as estratégias de 1917 e sobre outras experiências de antes e
depois da “Fonte”, sobre as relações com a família, com
os amigos e com os parceiros de criação, sobre os
casamentos e os casos de amor que teve – um
deles, talvez o mais intenso, mais controverso e duradouro, com a brasileira Maria Martins, uma personalidade à frente de seu tempo, com talentos diversos bem ao estilo múltiplo e radical de Duchamp, com quem colaborou em diversas ocasiões e dividiu a autoria de trabalhos importantes que em sua época provocaram escândalo. Ainda hoje pouco conhecida no Brasil, Maria Martins desenvolveu grande parte de sua carreira no exterior, acompanhando o marido (o embaixador Carlos Martins) e angariando prestígio entre artistas, críticos e pesquisadores da história da arte como escultora, gravurista, pintora, desenhista, escritora, musicista e única mulher presente e atuante no
círculo fechado dos Dadaístas e dos Surrealistas na França e nos Estados Unidos.
A aproximação intelectual e as relações amorosas entre os dois é tema do livro “Maria com Marcel: Duchamp nos Trópicos”, de Raul Antelo, publicado pela Editora UFMG. O autor parte da permanência de Duchamp em Buenos Aires, entre 1918 e 1919, para traçar o percurso da aproximação de Maria com Marcel naquele ano e nos anos e décadas seguintes, além de questionar a presença e a importância dos avatares latino-americanos na trajetória de Duchamp e em suas aproximações, oposições e diferenças com as noções de arte e política em relação a seus contemporâneos surrealistas André Breton e Georges Bataille. Algumas das célebres entrevistas com Duchamp são dados preciosos na argumentação de Raul Antelo, da mesma forma que elas também deram origem a outros livros que se tornaram obras de referência, como no caso das entrevistas que concedeu em 1955 para o diretor do Guggenhein Museum de Nova York, James Johnson Sweeney, publicadas em 1958 no emblemático livro “Wisdom: Conversation with the elder wise men of our day” (W.W. Norton Editors), organizado por James Nelson.
A aproximação intelectual e as relações amorosas entre os dois é tema do livro “Maria com Marcel: Duchamp nos Trópicos”, de Raul Antelo, publicado pela Editora UFMG. O autor parte da permanência de Duchamp em Buenos Aires, entre 1918 e 1919, para traçar o percurso da aproximação de Maria com Marcel naquele ano e nos anos e décadas seguintes, além de questionar a presença e a importância dos avatares latino-americanos na trajetória de Duchamp e em suas aproximações, oposições e diferenças com as noções de arte e política em relação a seus contemporâneos surrealistas André Breton e Georges Bataille. Algumas das célebres entrevistas com Duchamp são dados preciosos na argumentação de Raul Antelo, da mesma forma que elas também deram origem a outros livros que se tornaram obras de referência, como no caso das entrevistas que concedeu em 1955 para o diretor do Guggenhein Museum de Nova York, James Johnson Sweeney, publicadas em 1958 no emblemático livro “Wisdom: Conversation with the elder wise men of our day” (W.W. Norton Editors), organizado por James Nelson.
Outra
série memorável de entrevistas de Duchamp foi concedida para
Richard Hamilton, a convite da BBC de Londres, em
1961, somente publicadas em livro em 2009, com o título “Le
Grand Dechiffreur: Richard Hamilton on Marcel Duchamp” (editora JRP
Ringier). Hamilton, também artista plástico, autor da célebre colagem de 1956 “Just what is it that makes today’s
homes so different, so appealing?” (O que é mesmo que faz as casas de hoje em dia serem tão diferentes, tão atraentes?), que rendeu a ele
o codinome “pai da Pop Art”, também reconstruiu em parceria
com Duchamp, nos anos 1960, obras-primas como “La
Boîte verte” (de
1934) e “La jeune mariée...”, que estavam com
paradeiro desconhecido, depois de décadas, assim como a “Fonte”,
e apenas permaneciam registradas em fotografias.
Entre
outros capítulos fundamentais para a compreensão da obra
e do pensamento de Duchamp também estão a primeira publicação
em livro de seus textos teóricos, “Marchand du Sel: Écrits de
Marcel Duchamp”, em edição organizada em 1959 por Michel
Snouillet; e “Marcel Duchamp ou O Castelo da Pureza”, livro de
1968 de Octavio Paz, publicado no Brasil pela Editora
Perspectiva. Poeta, ensaísta, tradutor e diplomata do México,
Prêmio Nobel de 1990, Octavio Paz conviveu nos anos 1940 em Paris com os principais artistas e mentores dos
movimentos de vanguarda, como o surrealista André Breton, além
de Pablo Picasso e do próprio Duchamp.
Arte segundo Duchamp: a escultura/instalação
Étant
Donnés (Sendo dada), de 1946, que teve
Maria
Martins como modelo, atualmente no acervo
do Philadelphia Museum of Art. Abaixo, performance
entre amigos: a partir da esquerda, uma manequim,
André Breton, Marcel Duchamp, Max Ernst e
Leonora Carrington com "Nude at the window",
pintura de 1941 de Morris Hirshfield, fotografados
em 1942 em Nova York por Hermann Landshoff.
Também abaixo, a obra criada entre 1915-1923,
La
jeune mariée mise à nue par ses
célibataires, même, reconstruída
por Duchamp
em
parceria com Richard Hamilton em 1965
Na
década de 1960, Octavio Paz retomou os contatos e a
amizade com Duchamp, realizando uma série de entrevistas que se
tornariam antológicas e que, depois de
transformadas em belos ensaios sobre forma e linguagem, deram origem ao livro de 1968. Identificando a
cronologia e o contexto da sucessão de rupturas que Duchamp
provocou desde o começo do século 20, Paz apresenta nos
ensaios índices para comparações entre as criações de
Duchamp e obras de Picasso e outros mestres da Arte
Moderna.
Segundo
a análise comparativa de Paz, os quadros de Picasso são imagens, enquanto os de Duchamp são uma reflexão sobre a imagem. A intenção de Duchamp, na interpretação
conceitual e poética de Paz, procura substituir a
pintura-pintura pela pintura-ideia, por isso aplica “elementos
estranhos” em suas obras. Duchamp, em cada peça, alerta Paz, pretende construir tão
somente auto-questionamentos. “Na arte o único valor que conta é a forma. Ou mais exatamente: as formas são as emissoras de
significados. A forma projeta sentido, é um aparelho de
significar”, completa. Diante da constatação sobre a supremacia
da forma, Duchamp assume, desde a primeira década do
século 20, o papel de pioneiro que vem instalar o
“ready-made”, a neutralidade, a significação que surge exatamente da não-significação.
Engenheiro do Tempo Perdido
Outras
entrevistas célebres de Marcel Duchamp, concedidas
a Pierre Cabanne, foram publicadas na imprensa e em
revistas acadêmicas da França e de outros países, na década
de 1960, e depois editadas em livro, também lançado no Brasil pela Editora Perspectiva com o título “Marcel Duchamp: Engenheiro do Tempo Perdido”. Décadas
depois do acontecimento que foi a “Fonte”, Duchamp revela alguns
motivos que o levaram às criações de vanguarda e
a manter em segredo, por muitos anos, sua
autoria sobre a obra surpreendente e polêmica de
1917.
Assinando seu
trabalho radical com o anonimato do pseudônimo “R. Mutt”, explicou Duchamp, ele poderia testar a
abertura dos seus pares da Sociedade dos Artistas
Independentes de Nova York, poderia confirmar ou não o senso de
liberdade e de modernidade que os orientava e poderia observar a recepção a uma obra realmente
inovadora, porque não se ajustava a padrões
estéticos e morais convencionados na época. Para não comprometer o resultado, por conta de suas
relações pessoais com os membros do conselho, precisava
omitir que era um trabalho de sua autoria.
E por qual motivo escolheu assinar como “R. Mutt”? Foi um
trocadilho sobre a palavra alemã “armut”, que tem
o significado irônico de “pobreza”, conforme foi
cogitado por alguns historiadores e críticos de arte?
Não, não foi intencional esse
trocadilho, segundo Duchamp. “Mutt” vem de Mott Works, marca
registrada daquela loja de um grande fabricante de
equipamentos sanitários no começo do século 20. Para
não ficar muito evidente a relação com o nome da
loja, Duchamp alterou a grafia de Mott para Mutt, também porque lembrou, naquela manhã
de abril de 1917, dos personagens da história em quadrinhos de
humor que fazia sucesso na época, nos jornais e revistas,
“Mutt and Jeff”, criação de Bud Fisher, acrescentando o prenome “Richard”, que
soava como uma gíria francesa para quem tinha o
hábito de guardar “sacos de dinheiro”. E assim
surgiu o estranho e lendário caso da arte de “R. Mutt”.
por José Antônio Orlando.
Como citar:
ORLANDO,
José Antônio. Arte segundo Duchamp. In: Blog
Semióticas,
8 de abril de 2017. Disponível no link
http://semioticas1.blogspot.com/2017/04/arte-segundo-ducamp.html
(acessado em .../.../...).
Alguns livros sobre Marcel Duchamp:
Para comprar Duchamp: Engenheiro do Tempo Perdido, clique aqui.
Para comprar Marcel Duchamp ou O Castelo da Pureza, clique aqui.
Para comprar Maria com Marcel: Duchamp nos Trópicos, clique aqui.
Para comprar Duchamp: Uma biografia, clique aqui.
Para acessar a entrevista de Duchamp publicada no livro Wisdom: Conversation with the elder wise men of our day, clique aqui.
Para acessar o catálogo da exposição da National Gallery sobre as parcerias entre Duchamp e Richard Hamilton, clique aqui.
Arte
segundo Duchamp: acima, o artista
em
1967 fotografado por Richard Hamilton.
Abaixo, Duchamp
e Man Ray em 1968,
no
apartamento de Duchamp, em Paris,
em
fotografia de Henri Cartier-Bresson
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Preciso confessar que estou, a cada visita que faço a esse blog Semióticas, mais encantada. Esse ensaio sobre o genial e iconoclasta Duchamp é apenas outra matéria sensacional, sem comparação com nada que encontro em outros blogs e sites. É uma delícia de aula sobre História da Arte. Só agradeço de coração porque saio daqui com mais beleza e sabedoria.
ResponderExcluirGabriela Torres
Já registrei aqui várias outras mensagens em que elogio suas matérias de texto perfeito e impecável e suas imagens fascinantes. Mas não resisti quando encontrei este estudo maravilhoso para Marcel Duchamp que eu amo. Por isso escrevo de novo. Você apresenta questões filosóficas difíceis de um jeito que a gente fica feliz em entender. Invejo você por isso. Parabéns outra vez. Eu também só agradeço. Fabrício Carlo Galiza
ResponderExcluirMaravilhoso Duchamp em maravilhoso ensaio do blog Semióticas. Apenas isso.
ResponderExcluirJoão Paulo Maia de Assis
Sensacional esse artigo sobre Duchamp. Uma aula deliciosa. Mais um show desse seu blog Semióticas que é um espetáculo. Aprendi muito sobre Duchamp e aprendo muito aqui a cada visita que faço a esse blog. Lindo e inteligente. Coisa rara. Parabéns de novo. Amei.
ResponderExcluirGrace Lopez
José Orlando, impressionante o leque de opções que vc nos dá para apreciar & avaliar a obra de Duchamp. Que contribuição extraordinária vc nos proporciona! Obrigado, mais uma vez! Valeria tb sublinhar aqui a influência decisiva que esse gênio exerceu na eclosão da pop art (& em especial sobre Andy Warhol, o qual chegou a parodiá-lo em suas 'Two Golden Mona Lisas', inclusive utilizando suas idéias nos célebres 'desplaçamentos' das caixas de Brillo Box & latas da Campbell Soup). Warhol inclusive era possuidor de uma cópia da 'Fountain' de Duchamp, que adquiriu junto ao grande mestre francês em troca de três de seus 'retratos'.
ResponderExcluirAriel Paulo Marques
Melhor artigo que já encontrei sobre o GRANDE Marcel Duchamp. Parabéns por mais essa beleza de publicação e parabéns por tudo nesse blog Semióticas que é incrível. Agradeço de coração por você compartilhar sabedoria em coisas tão lindas. Sou fã. Diana Martinez
ResponderExcluirMais um artigo desse incrível blog Semióticas vai para minha lista de favoritos. Sensacional. Lindo, impecável em tudo, texto e imagens, e faz pensar. Só agradeço.
ResponderExcluirMaria Clara Drubeck de Souza
Parabéns pelo alto nível e pela clareza. Meus professores nunca conseguiram explicar e interpretar a Fonte do Duchamp, e a trajetória importante que ele e a obra tiveram, com tanta simplicidade e com argumentos de sabedoria como você faz aqui. Agradeço de novo por esse ensaio brilhante sobre o Mestre Duchamp e por tudo nesse blog Semióticas que eu amo de paixão.
ResponderExcluirEncontro mais um artigo fantástico, uma aula simplesmente deliciosa, agora sobre o maravilhoso Duchamp. Só agradeço. Sou fã de Semióticas. Parabéns de novo pelo trabalho excelente, mestre José Antônio Orlando. Lindo!
ResponderExcluirMaria Alice Patalano
Poucas vezes escrevo comentários nos sites que visito, mas aqui vou ter que fazer uma exceção porque fiquei muito impressionada e até emocionada com a qualidade do texto e com a beleza das imagens selecionadas. Maravilha completa, com informação e poesia na medida certa. Parabéns por este texto sofisticado sobre Duchamp, texto de quem sabe muito bem o que diz, e por tudo que encontrei nas páginas lindas de todo o blog Semióticas. Ganhou mais uma fã.
ResponderExcluirEliane Fonseca.
Vim nesta reportagem para aprender sobre esta figura mítica (Duchamp). Aprecio a combinação de explicação com documentação (imagens, documentos) - qualidades do jornalista crítico, José Antônio Orlando.
ResponderExcluirContinou sem entender as razões precisas da lenda Duchamp, dado que ele não produziu muito depois de 1920. Será que é a teoria e não a obra que importa? J.A.O. fornece o comentário importante de Octavio Paz neste sentido (Picasso - imagens; Duchamp - ideia). Mas ainda não se explica quais ideias são, qual a teoria. Se alguém sabe, por favor, explique! O surrealismo (Breton) tem uma teoria clara. Duchamp devia ter ideias mais profundas do que Breton.
A obra final, segreda, projeto de 20 anos (Étant donnés - https://en.wikipedia.org/wiki/%C3%89tant_donn%C3%A9s)
merece uma investigação brasileira, pois a modelo era brasileira.
Muito obrigado JAO pela visita proporcionada à camara oscura Duchamp!
Acabei de registrar minha discordância junto ao FB sobre o bloqueio do blog por causa de duas imagens no artigo. Tentei explicar a eles a diferença entre arte e conhecimento e o que eles chamam de pornografia.
ResponderExcluirO Semióticas é meu refúgio em tempos tão sombrios. Aqui tem História, Arte, Música, e conteúdos que acrescentam para a nossa Ilha do conhecimento. Obrigada, Professor Orlando.
ResponderExcluirPostagem bacana demais!
ResponderExcluirImagens lindas e essa história, muito bem escrita por você, atiça na gente o pensamento crítico. Parabéns pelo alto nível deste blog Semióticas.
Victor Marinni Rodrigues