O
cérebro é o meu segundo órgão favorito.
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Brevidade, poesia e humor – indicadores por excelência das qualidades gráficas – são características que servem como uma luva para definir o trabalho do ilustrador Saul Steinberg (1914-1999), conhecido no mundo inteiro por conta de seus trabalhos publicados durante décadas na revista norte-americana "The New Yorker". Tidas como difíceis para o senso comum, burguesas, surreais e muitas vezes impenetráveis, as ilustrações e charges da revista tiveram no trabalho do artista nascido na Romênia um de seus principais baluartes. Hoje, é difícil separar a arte de Steinberg da identidade visual que a “The New Yorker” representa.
Uma amostra sofisticada da arte de Steinberg chegou ao Brasil através de um livro que reúne seus desenhos e textos memorialistas. Também recentemente uma exposição prestou tributo ao artista romeno, no Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro em parceria com a Pinacoteca do Estado de São Paulo. O livro de Steinberg recebeu no Brasil o título "Reflexos e Sombras" (IMS), enquanto a exposição "Saul Steinberg: As aventuras da linha" vai reuniu os originais de 111 desenhos feitos entre os anos 1940 e 1960, época em que o artista, atuando como designer gráfico e cartunista, passou a colaborador da "The New Yorker" (a revista começou a publicar seus desenhos em 1941) e começou a despontar como artista internacional.
A mostra no IMS, com curadoria a cargo da historiadora Roberta Saraiva, apresenta uma seleção da arte produzida por Saul Steinberg que vem do acervo da fundação que gerencia seu legado (a Saul Steinberg Foundation, com sede em Nova York), incluindo obras que foram restauradas recentemente e também trabalhos em formatos incomuns, entre eles quatro desenhos em rolos de papel feitos por Steinberg para a Trienal de Milão, Itália, de 1954. São desenhos murais de formato ousado e proporções arquitetônicas. O maior, "The Line", tem 10 metros de comprimento. Os murais nunca haviam sido expostos em conjunto.
Também integram a exposição dois desenhos com inspiração brasileira: "Pernambuco", uma mistura de personagens, bichos e motivos locais, e "Grande Hotel de Belém", ambos realizados a partir de desenhos de anotação e de cartões-postais colecionados por Steinberg durante uma viagem que fez pelo Brasil em 1952. Na época, o artista veio acompanhar uma exposição em retrospectiva sobre sua obra, apresentada naquele ano no Museu de Arte de São Paulo (MASP). A exposição aconteceu por conta da amizade de Steinberg com Pietro Maria Bardi, diretor e mentor do MASP. Assim como Steinberg, Bardi também havia colaborado com a revista Il Settebello, quando ambos ainda moravam na Itália, na década de 1930.
O livro “Reflexões e Sombras” nasceu das muitas conversas entre Saul Steinberg e seu amigo italiano Aldo Buzzi, que depois transcreveu e editou as gravações. Steinberg demonstra na brevidade do texto o que suas ilustrações traduzem em poucos traços. Ele conta sua história em poucas palavras e procura fazer passar diante do leitor todo o século XX, mostrando desde sua infância na Romênia ao sucesso em Nova York.
O real e o imaginado
O real e o imaginado
“Sou o contrário de um expressionista”, confessa Steinberg nos breves textos incluídos na edição brasileira do livro “Reflexões e Sombras”. “E, de resto, também de um impressionista”. No livro, o real e o imaginado se duplicam, como se a alegoria do desenho da capa da edição brasileira fosse uma exata tradução do conteúdo. No breve relato de Steinberg, não faltam muito bom humor e pausas de uma memória singular, num jogo metalinguístico tão saboroso como os desenhos selecionados que intercalam o texto breve.
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Saul Steinberg ficou conhecido por, usando às vezes uma única linha, questionar em seus desenhos o papel das rotinas, a vida que levamos. Uma amostra resumida do melhor de Steinberg está representada nas 63 imagens da edição brasileira de “Reflexos e Sombras”. Observações mínimas, ao mesmo tempo leves e filosóficas, figuras de cartum junto a reproduções realistas de recortes de fotografias e objetos.
O livro é preciso ao intercalar ideias e imagens na aparência simples, mas que encerram uma complexidade que se multiplica quando o leitor olha devagar para elas e se deixa envolver nos significados. O texto é brevíssimo: comentários sobre o passado, pessoas, a luz, a cor, a paisagem, o ângulo de visão – e reflexões saborosas, tanto quanto minimalistas, como o breve comentário sobre o hábito romeno de usar a expressão “sentir o gosto da lua numa colherada de água de poço”.
Na Romênia, conta Steinberg, nas noites de lua, as camponesas olhavam para o fundo dos poços até ver a lua. Então jogavam um balde no poço, lentamente puxavam a água com a lua dentro e bebiam o reflexo com uma colher. Histórias de Steinberg: o gosto, o silêncio, o gostar, o imaginar, um escritor que desenha em vez de escrever.
Como se vê na lenda romena, os traços e a palavra de Steinberg traduzem à perfeição sensações, para logo em seguida tudo desaparecer, quando se vira a página e lá está outra imagem surpreendente. Algumas imagens de jornais e revistas o leitor esquece com facilidade, outras resistem na memória e convidam a novas associações. As imagens produzidas por Steinberg pertencem a este segundo grupo.
Reflexões com recheio de imagens
"Reflexos e Sombras", como aponta Marcelo Coelho na apresentação, traz à tona o pendor literário de um mestre do desenho que gostava de dizer que, na verdade, era um escritor que desenhava em vez de escrever. Recheado de surpreendentes desenhos e charges, o livro é dividido em quatro capítulos, nos quais Saul Steinberg descreve suas lembranças: a infância difícil na Romênia, a viagem a Milão em 1933 (onde estudou arquitetura e viveu sob o fascismo), a emigração para os Estados Unidos em 1942, suas impressões sobre a América e suas reflexões sobre a arte e o mundo artístico em geral.
Com um sofisticado senso de humor que o leitor mais desavisado pode considerar lacônico, a experiência de vida do autor acompanha os rumos da história no século passado, com uma galeria extensa de personagens descritos a mão livre e com um mínimo de palavras: tios pintores, camponesas italianas, judeus deportados, cozinheiros chineses, artistas e políticos de todo o credo em Nova York e em Washington ou solitários no exílio em qualquer recanto do planeta, incluindo os cenários brasileiros.
O Brasil é um país com o qual Steinberg manteve aproximação de longa data durante as décadas de 1940, 1950 e 1960, com relações afetivas e de trabalho, tendo produzido a primeira capa da revista brasileira "Sombra", de 1940 (reprodução abaixo), e apresentado uma exposição individual no MASP, Museu de Arte de São Paulo, na década de 1950. Steinberg, no Brasil, é sempre lembrado também pela influência decisiva que representa para o traço de muitos grandes artistas, de modo destacado para os desenhistas da geração "O Pasquim", entre eles Millôr Fernandes, Ziraldo, Jaguar e outros.
Do pai impressor, encadernador e fabricante de caixas de papelão em Bucareste, o futuro mestre do desenho herdaria o fascínio por papel, rabiscos, marcas e carimbos. Encaminhado para a engenharia, diplomou-se numa universidade em Milão, mas não chegou a exercer a profissão. Em Milão, onde viveu oito anos, descobriu sua real vocação, bolando cartuns humorísticos sob encomenda e sentindo na pele a repressão.
Defensor contumaz da liberdade e dos direitos humanos, durante a Segunda Guerra, decidiu engajar-se e foi servir à inteligência dos Aliados na China, no Norte da África e na Itália. Depois de 1945, retornou ao engajamento com o humor e o nanquim. Tudo é relembrado com minúcias e ironias cifradas no livro "Reflexos e Sombras".
Como se vê na lenda romena, os traços e a palavra de Steinberg traduzem à perfeição sensações, para logo em seguida tudo desaparecer, quando se vira a página e lá está outra imagem surpreendente. Algumas imagens de jornais e revistas o leitor esquece com facilidade, outras resistem na memória e convidam a novas associações. As imagens produzidas por Steinberg pertencem a este segundo grupo.
Reflexões com recheio de imagens
"Reflexos e Sombras", como aponta Marcelo Coelho na apresentação, traz à tona o pendor literário de um mestre do desenho que gostava de dizer que, na verdade, era um escritor que desenhava em vez de escrever. Recheado de surpreendentes desenhos e charges, o livro é dividido em quatro capítulos, nos quais Saul Steinberg descreve suas lembranças: a infância difícil na Romênia, a viagem a Milão em 1933 (onde estudou arquitetura e viveu sob o fascismo), a emigração para os Estados Unidos em 1942, suas impressões sobre a América e suas reflexões sobre a arte e o mundo artístico em geral.
Com um sofisticado senso de humor que o leitor mais desavisado pode considerar lacônico, a experiência de vida do autor acompanha os rumos da história no século passado, com uma galeria extensa de personagens descritos a mão livre e com um mínimo de palavras: tios pintores, camponesas italianas, judeus deportados, cozinheiros chineses, artistas e políticos de todo o credo em Nova York e em Washington ou solitários no exílio em qualquer recanto do planeta, incluindo os cenários brasileiros.
O Brasil é um país com o qual Steinberg manteve aproximação de longa data durante as décadas de 1940, 1950 e 1960, com relações afetivas e de trabalho, tendo produzido a primeira capa da revista brasileira "Sombra", de 1940 (reprodução abaixo), e apresentado uma exposição individual no MASP, Museu de Arte de São Paulo, na década de 1950. Steinberg, no Brasil, é sempre lembrado também pela influência decisiva que representa para o traço de muitos grandes artistas, de modo destacado para os desenhistas da geração "O Pasquim", entre eles Millôr Fernandes, Ziraldo, Jaguar e outros.
"A ideia dos reflexos me veio à mente quando li uma observação de Pascal, citada num livro de W. H. Auden, que escreveu uma espécie de autobiografia insólita, recolhendo todas as citações que anotara ao longo da vida, o que é uma bela maneira de se mostrar como reflexo dessas mesmas citações", revela Steinberg, sempre bem-humorado, irônico e poético.
Do pai impressor, encadernador e fabricante de caixas de papelão em Bucareste, o futuro mestre do desenho herdaria o fascínio por papel, rabiscos, marcas e carimbos. Encaminhado para a engenharia, diplomou-se numa universidade em Milão, mas não chegou a exercer a profissão. Em Milão, onde viveu oito anos, descobriu sua real vocação, bolando cartuns humorísticos sob encomenda e sentindo na pele a repressão.
Defensor contumaz da liberdade e dos direitos humanos, durante a Segunda Guerra, decidiu engajar-se e foi servir à inteligência dos Aliados na China, no Norte da África e na Itália. Depois de 1945, retornou ao engajamento com o humor e o nanquim. Tudo é relembrado com minúcias e ironias cifradas no livro "Reflexos e Sombras".
Traduzido por Samuel Titan Jr., “Reflexos e Sombras” serviu de catálogo para a exposição no Instituto Moreira Salles e tem o mérito de apresentar a arte sofisticada de Saul Steinberg às novas gerações. "Sente-se o silêncio, crescendo entre um parágrafo e outro, à medida que a noite se aproxima. Tudo se torna, por vezes, preciso e concreto, para logo em seguida desaparecer em fantasmagoria", destaca Marcelo Coelho.
O próprio Steinberg, refletindo sobre o passado e sobre a linha e a luz confessa em uma passagem do livro – sempre com a emoção contida pela pausa, pela intensidade vertiginosa da síntese – com alguma melancolia que começou de baixo: "Aprendi trabalhando e consegui escapar de alguns becos sem saída, vulgaridades do desenho humorístico e banalidades da arte comercial". Surpresa, graça e inteligência são o que de melhor a grande arte de Saul Steinberg pode despertar.
por José Antônio Orlando.
Como citar:
Para comprar o livro "Reflexos e Sombras", de Saul Steinberg, clique aqui.
Como citar:
ORLANDO,
José Antônio. Humor romeno. In: Blog
Semióticas,
5 de outubro de 2011. Disponível no link
https://semioticas1.blogspot.com/2011/10/humor-romeno.html
(acessado
em .../.../...).
Para comprar o livro "Reflexos e Sombras", de Saul Steinberg, clique aqui.
Ze, muito interessantes as ilustrações do Steinberg. Algumas, difíceis de entender! Adorei quando ele conta a história do poço e o reflexo: "as camponesas olhavam para o fundo dos poços até ver a lua. Então jogavam um balde no poço, lentamente puxavam a água com a lua dentro e bebiam o reflexo com uma colher."
ResponderExcluirDaniela Alves
Adorei, José Orlando. Garanto que esta página vale pelo livro e pela visita à exposição do Steinberg. Vale por uma aula. Só elogios para você e seu blog sofisticado. Uma sugestão, se me permite: Tarsila do Amaral. Vi que ela está citada em três páginas do blog, mas merece uma postagem só sobre ela e suas imagens de sonho. Parabéns outra vez. Este Semióticas é um show!
ResponderExcluirRenato Amorim
José Orlando, veja o filme "Contos da Era Dourada”, do diretor Hanno Höfer. É uma comédia incrível cheia de citações aos cartuns do Steinberg, junto com piadas impossíveis sobre os tempos do regime de Nicolae Ceausescu na Romênia, terra de Steinberg e dos vampiros...
ResponderExcluirQuando vi, lembrei de você e desta página que acho muito bacana, como todas as outras do seu blog. O filme é fácil de encontrar, dos mesmos produtores de “4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias”, também uma comédia que recomendo, muito inteligente e sofisticada.
Repito: seu blog Semióticas é um show. Parabéns!
Renato Amorim
José Orlando, minha monografia de conclusão de curso é sobre a evolução das artes gráficas na primeira metade do século 20, com destaque para a presença de artistas radicais que provocaram revoluções que caíram no gosto popular, como Steinberg na New Yorker, como este seu blog brilhante chamado Semióticas retrata tão bem. Mandei um capítulo da monografia para o semioticas@hotmail.com
ResponderExcluirconto com seu retorno, se possível antes do final do mês, para ter tempo de incluir sua possível sugestão. Grande abraço para você. Saudades demais. E parabéns de novo pelo blog!
Fiz uma pesquisa rápida no google para um trabalho na escola sobre criatividade e artes gráficas e ganhei dois presentes: a arte do Saul Steinberg na The New Yorker e seu blog brilhante, José Antônio Orlando. Parabéns pelos textos e ideias iluminadas. Trocadilho infame que serve como uma luva: seu blog é um achado! Vida longa!
ResponderExcluirEmmanuel Pessini
Maravilha de página sobre o gênio de Saul Steinberg, José. Adorei o blog e fica difícil escolher qual é a melhor publicação entre tantos personagens e textos e fotos de primeira. Parabéns pelo blog e muito obrigado pela generosidade de compartilhar tanta coisa legal e que leva a gente a querer ler, ouvir, ver... Grande abraço para você e boa sorte para o futuro. Está valendo!
ResponderExcluirMeu querido professor. Não resisti e coloquei esta página do seu blog sobre Steinberg no meu TCC, na bibliografia e como anexo. Sem exagero: seu trabalho aqui no blog é tão sensacional como as páginas da The New Yorker. Parabéns e vá em frente. Eu e milhares de leitores vamos agradecer eternamente. Mil beijos. Saudades de você, Zé!
ResponderExcluirJosé, seu blog é um dos melhores que já encontrei. Passei agora por todos os seus posts e acho difícil escolher o melhor, porque todos têm aquele ponto das coisas excelentes. Parabéns para você e vida longa ao Semióticas!
ResponderExcluirSensacional!!! Como é bom ler estes ensaios e se deparar com uma escrita tão fina e tão cheia de informação. Abraços, José!!!!
ResponderExcluirBenilde
Fico confusa com a afirmação de não conseguir separar a imagem do romeno de um grande folhetim. Sei lá achei exagerada a observação, q nem pode ser ilustrada. Soh cisma.
ResponderExcluirGenial. Linda reportagem, como são todas as outras deste blog. Semióticas é o melhor blog que já encontrei. Cada página melhor e mais inteligente que a outra. Faz a gente pensar. Só posso agradecer de coração.
ResponderExcluirMarisa de Alencar
Muito boa esta matéria sobre o Steinberg, este conteúdo, esta fina escrita, só poderia ser encontrado no Semiótica mesmo !!! Adorei.
ResponderExcluirSou grande fã de Steinberg e destaco que é sempre bom ver divulgação de seus trabalhos.
ResponderExcluirLi todo o seu texto e gostei bastante da clareza.
Abraços,
Kleiton
kleitongoncalves.blogspot.com.br
Que bacana. Amo este Semióticas por causa de matérias mágicas e maravilhosas tipo esta do Steinberg. Agradeço de coração!
ResponderExcluirBeleza de texto e de imagens. Parabéns, Semióticas!
ResponderExcluirIsmael Soares
Sensacional !!!
ResponderExcluirSurpreendente e lindo. Cada página que visito neste blog Semióticas é um espetáculo, cada uma melhor que a outra. Sou fã. Parabéns demais.
ResponderExcluirMaria Sílvia Horta
Gostei muito... Uma descoberta esse blogs... Trabalho com a semiótica dos Museus e dos objetos culturais!
ResponderExcluirMaterial precioso. Mais um show de reportagem em que aprendi muito mesmo. O seu texto é impecável e as imagens que você escolhe são muito lindas e inspiradoras e traduzem o sentido do texto. Coisa rara. Agradeço por você compartilhar e deixo de novo os meus parabéns com alegria e louvor.
Maralisa Cardoso
Maravilhoso artigo. Li e reli e o encantamento só aumentou. Fiquei sufocada com a beleza da arte de Steinberg, mas sufocada de felicidade. Muito obrigada por este artigo dos sonhos, "Humor romeno", e pelo blog Semióticas em tudo que é um espetáculo. Ganhou outra fã na primeira visita.
ResponderExcluirIsabella Maria Gastigliono
Acho que a melhor matéria que já encontrei sobre a arte de Saul Steinberg.
ResponderExcluirEste blog Semióticas é o melhor de todos os que já visitei. Todos os artigos muito bem escritos, bem documentados e muito bonita sempre a edição de imagens. Parabéns de novo! Paulo Osvaldo de Oliveira Fortes
Sensacional! Amei conhecer a arte de Steinberg. Texto maravilhoso, imagens maravilhosas! Muito obrigado por compartilhar. Estou fazendo visitas diárias a este blog Semióticas que é um espetáculo em tudo. Cada postagem consegue ser melhor que a outra. Vou virar sócia de carteirinha...
ResponderExcluirAprendi muito com a história de Saul Steinberg e estas imagens lindas, todas identificadas, me levaram a uma viagem no tempo. Parabéns pelo alto nível. Suas postagens valem por uma aula completa.
ResponderExcluirConrado Alencar