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16 de setembro de 2011

Apocalipse(s)






As utopias consolam: é que, se elas não têm lugar real,
desabrocham, contudo, num espaço maravilhoso e liso;
abrem cidades com vastas avenidas, jardins bem plantados,
regiões fáceis, ainda que o acesso a elas seja quimérico.

–– Michel Foucault, “As Palavras e as Coisas” (1966).

O italiano Umberto Eco classifica alguns modos de pensar os mundos possíveis, e também os impossíveis, em suas representações contidas no conceito abrangente de “heterotopias”, aquelas possibilidades de ficções ou imaginações que o gênio humano sempre acalenta, para além do real imediato, para além do real factual. Eco aborda as “heterotopias” em ensaios escritos na década de 1980, retomando o conceito que, ao que se sabe, foi usado anteriormente, pela primeira vez, pelo francês Michel Foucault em um livro seminal publicado em meados dos anos 1960, “As Palavras e as Coisas”. No prefácio de seu livro, que ele afirma ter nascido a partir de um texto de Jorge Luis Borges, Foucault afirma que a heterotopia, aquele “outro lugar” e também o “lugar do outro”, descreve lugares e espaços que têm múltiplas camadas de significação – e em cuja complexidade delineia-se o “estranho” no qual se reconhece algo que possa ser considerado como “familiar”.

Seguindo os passos na trilha delineada por Foucault, Umberto Eco destaca sobre as heterotopias que, nos modos mais diversos de usar tal conceito, o que distingue a narrativa fantástica da narrativa realista é o fato de que os mundos possíveis da ficção (ou seja, os mundos impossíveis) são, estruturalmente, diferentes do mundo real. Heterotopias, em seu apelo permanente ao fantástico e a um “outro lugar”, um “outro mundo”, conforme Eco exemplifica nos ensaios sobre o tema, são usadas por muitos em situações das mais diversas, seja nos domínios da arte e da literatura, seja no discurso político premeditado e ameaçador da direita fascista e dos mais conservadores, na defesa dos dogmas da religião e da filosofia, nos telejornais que distorcem os fatos para mostrar um mundo alienado em “cor-de-rosa” ou nos anúncios de publicidade que prometem felicidade instantânea a partir do encantamento daquele determinado produto.

Em “As Palavras e as Coisas” e em outros ensaios e conferências, Foucault apresenta as utopias em contraponto às heterotopias e alerta: enquanto as utopias consolam, as heterotopias inquietam. Eco, por sua vez, com vasta ironia e aguda percepção sobre o detalhe revelador, especialmente em “Viagem na Irrealidade Cotidiana” e em “Sobre os Espelhos e Outros Ensaios”, coletâneas de ensaios publicadas no Brasil na década de 1980 pela editora Nova Fronteira, considera que tanto as utopias como as heterotopias fazem parte do mesmo grupo de categorias que englobam os “mundos possíveis” e também os “mundos impossíveis” – juntamente com alotopias, distopias, ucronias, metatopias, metacronias e outras variantes. Para os pesquisadores e leitores que têm interesse no assunto, há uma notícia promissora: em entrevista recente ao jornal inglês The Guardian, Umberto Eco revelou que a questão dos mundos possíveis e dos mundos impossíveis será o tema central de um livro ilustrado que ele deverá lançar em breve e que tem como título provisório Storia delle terre e dei luoghi leggendari (História das terras e dos lugares lendários).







Sagrado & Profano: o Apocalipse narrado
na Bíblia Sagrada há séculos impressiona o
mundo cristão: no alto e acima, os vitrais e
o afresco da época renascentista que é
atribuído a Michelangelo (1475-1564),
na Capela Sistina do Palácio Apostólico,
no Vaticano. Abaixo, o cenário exótico
do restaurante do hotel Grota Palazzese,
construído dentro de uma caverna conhecida
desde a Roma Antiga, na cidade de
Polignano a Mare, Sul na Itália,
às margens do Mar Mediterrâneo









A questão semiótica que Umberto Eco estabelece sobre os mundos possíveis e os mundos impossíveis da arte e da literatura responde a um raciocínio criativo que todos nós alcançamos na vida cotidiana: o que aconteceria se o mundo real não fosse semelhante a si mesmo, isto é, se a sua própria estrutura fosse diferente? Penso nas categorias dos mundos possíveis e suas variantes a propósito do sucesso do livro "A Batalha do Apocalipse" (Editora Record), do jornalista Eduardo Spohr, que permaneceu durante meses e meses no topo das listas de mais vendidos – um feito incomum para uma obra de literatura de fantasia escrita por um autor brasileiro. 

"Fico extremamente feliz por ter sido o meu livro um dos primeiros a alcançar este destaque de sucesso comercial tão raro entre a produção literária do Brasil", destaca Eduardo Spohr em entrevista que fiz com ele por telefone, do Rio de Janeiro, para o jornal "Hoje em Dia" de Belo Horizonte. Ele diz que até acha graça do sucesso atual, porque o arquivo original de seu livro esteve algumas vezes prestes a ser destruído, porque foi rejeitado por várias editoras antes de ser finalmente publicado e virar um campeão de vendas.



Metáforas filosóficas



Carioca nascido em 1976 e com atuação profissional como professor universitário, formado em jornalismo com especialização em mídias digitais, Eduardo Spohr (foto ao lado) pode ser orgulhar pela conquista de um lugar pouco frequentado por autores brasileiros, pois geralmente as listas dos livros mais vendidos é dominada por best-sellers estrangeiros. Com “A Batalha do Apocalipse”, seu livro de estreia, Eduardo Spohr virou sucesso primeiro na internet, onde chegou a vender 4 mil exemplares de forma independente. Logo depois veio o contrato com a Record, uma das maiores editoras em atividade no Brasil, e agora ele comemora mais de 180 mil cópias vendidas.

O livro de Eduardo Spohr narra o confronto entre o céu e o inferno no Dia do Juízo Final. Ablon, o personagem central, representa a própria dualidade do ser humano – trata-se de um anjo renegado que vive o dilema de não poder se juntar às tropas do Bem, mas também não quer ceder às tentações do Mal. "Como sempre me interessei por metáforas filosóficas em filmes como 'Matrix' e 'Guerra nas Estrelas', utilizo o mesmo recurso nos livros", conta o autor. 

 




Luke Skywalker observa o pôr de dois sóis
imaginados por George Lucas para o primeiro
filme da série Guerra nas Estrelas, de 1977.

Abaixo, imagens realistas que parecem cenas
de ficção científica: 1)
Uma das primeiras
fotografias em cores da Esfinge de Gizé,
no Vale das Pirâmides do Egito, feita em
processo de Autochrome em 1925 pelo alemão
Hans Hildenbrand, quando o monumento começou
a ser desenterrado das areias do deserto; 2) tanques
em terraços com água mineralizada que produzem
sal por evaporação em Maras, no Peru, processo
usado há séculos, desde o auge da Civilização Inca,
muito antes da chegada dos invasores espanhóis
em 1500, na fotografia de 2011 de Robert Clark;
e 3) fotografia de Kazuyoshi Nomachi registra o
Salar De Uyuni, em Potosí, sudoeste da Bolívia,
considerado o maior
deserto de sal do mundo,
fotografado
durante a temporada de chuvas




           



           









"Sempre procuro tomar todo o cuidado. As referências não podem nunca ser mais importantes que os personagens. Também utilizo um linguajar dos nerds, um 'skin', ou seja, uma pele que você muda de acordo com o ambiente. A pele é a pesquisa enquanto o coração são os personagens, a trama", explica Spohr. Mesmo descrevendo na entrevista sutilezas e detalhes de sua técnica e de suas estratégias, com toda modéstia ele diz que não se considera um bom escritor. 

Sou apenas um nerd que gosta de contar histórias”, alerta. “E estou sempre pesquisando, tentando entender o mundo ao meu redor. Não diz aquela frase famosa do Leon Tólstoi, um dos maiores da literatura, que é preciso falar de sua aldeia para falar ao mundo?” Ainda colhendo os louros pelo sucesso do romance de estreia, que nos próximos meses estará disponível no exterior com uma edição em inglês, Spohr está lançando seu segundo livro, “Filhos do Éden – Herdeiros da Atlântida”, primeira parte de uma saga que tem previsão de seis livros.













Histórias deste mundo e dos outros em
portais místicos da percepção: acima,
Shaman on the Monument Valley,
foto de 2005 de Steve Zigler Navajo;
e Puha (the path), imagem da série
fotográfica de Cara Romero sobre
os povos indígenas da Califórnia.

Abaixo, El Khasne (O tesouro), pintura
figurativa de 1874 de Frederic Edwin Church
que reproduz a fachada de um dos templos
da antiga cidade de Petra, território da Jordânia
na atualidade – na verdade, uma tumba gigantesca
escavada em um penhasco, na Antiguidade,
três ou quatro séculos antes de Cristo, 
com fachadas de pilares esculpidos que
lembram os monumentos sagrados
da Grécia. Também abaixo, uma fotografia
do mesmo templo em Petra, considerada
uma das sete maravilhas do mundo
e Keanu Reaves com o elenco de
Matrix, saga de filmes sobre um
futuro apocalíptico, escrita e dirigida
por Andy & Larry Wachowski 

 










Síndrome de Matrix



No primeiro momento me pediram para fazer uma continuação do primeiro livro. Mas hesitei, na verdade porque tive medo da síndrome de Matrix”, brinca Spohr, que elogia o argumento do longa-metragem que foi sucesso no mundo inteiro e cujas sequências não foram bem recebidas pelo público. Assim como em “A Batalha do Apocalipse”, muitos filmes e best-sellers internacionais, entre eles a trilogia escrita e dirigida pelos irmãos Andy e Larry Wachowski – “Matrix”, 1999, “Matrix Reloaded”, 2003, e “Matrix Revolutions”, 2003 – arriscam bricolagens de elementos de referências.

Em comum na literatura de Spohr e em “Matrix” estão, entre outras, presenças ilustres do imaginário de Lewis Carroll (em “Matrix”, o coelho branco que serve de sinal para Neo descobrir o outro mundo foi extraído de “Alice no País das Maravilhas”) e muitos filmes de ficção científica (“Metrópolis”, “2001 – Uma Odisseia no Espaço”, “Guerra nas Estrelas”, “O Exterminador do Futuro”...), animes (“Akira”, “Ghost in the Shell”), histórias em quadrinhos, informática e alguma filosofia – de Platão e Descartes a Jean Baudrillard.

Ao invés de tentar a continuação do primeiro livro, resolvi criar um novo universo, totalmente diferente, mas também inspirado nestes clássicos da cultura nerd”, explica Spohr. “Eu misturo mitologia e filosofia com aventura, e acho que é isso que deve atrair os leitores. As pessoas gostam de ler para se divertir, mas também gostam de sentir que estão aprendendo alguma coisa.”















Apocalipse(s): no alto, River House, Serbia,
imagem de uma série premiada, produzida
pela fotógrafa canadense Irene Becker
para a National Geographic apresentando
paisagens que permaneceram 
intocadas
em áreas atingidas por guerra civil 
e
conflitos armados
. Acima, a casa entre
pedras, conhecido cenário da Bretanha,
às margens do oceano Atlântico, região
oeste da França, em fotografia de 2010
do alemão Thorsten Nunnemann; e uma
igreja cristã no vilarejo de Seydisfjordur,
na região leste da Islândia, norte da Europa.
 
Abaixo, os lendários dragoeiros, árvores
da família das dracenas, sob a luz da lua na
ilha desértica de 
Socrota, no Iêmen, cenário
que lembra 
os filmes de ficção científica, em
fotografia do inglês Michael Melford;
e a estranha beleza da Aurora Boreal,
no território ao norte da Finlândia,
em fotografia de Danny Green







 




O crescimento da cultura nerd na mídia, segundo Eduardo Spohr, é um dos principais fatores no sucesso de suas histórias. “Hoje, o nerd virou popular. Os heróis que eram admirados só por meia dúzia de fanáticos, passaram a fazer parte da vida de todo mundo. É esse mundo que pretendi oferecer na minha trama, que é ambientada em diversas épocas, Roma Antiga, Idade Média, Babilônia", diz o escritor, citando outros heróis em livros e filmes, de “Homem-Aranha” a “Senhor dos Anéis”.

A Batalha do Apocalipse”, um calhamaço de 586 páginas, narra a guerra entre exércitos celestes e anjos caídos que ameaça toda a humanidade. “Desde criança eu tentava entender a conexão entre religião e ciência. Anjos são criaturas que sempre me fascinaram”, diz Spohr, confessando que se sente “surpreso e feliz” com o sucesso, mas que também não esquece como tudo começou.

Em 2003, Spohr perdeu seu emprego de jornalista em uma empresa de internet e começou a escrever as histórias que tomavam seu imaginário desde a infância, quando jogava RPG e viajava muito: seu pai era piloto da Varig e sua mãe aeromoça. “"Tive a sorte de conhecer muitos lugares, muitas culturas e religiões. Na adolescência, eu era um caso raro na minha escola porque adorava as aulas de ciências e também as de religião e de história. Depois, mais tarde, aprendi a jogar RPG e a inventar histórias de apocalipse e de anjos. Há personagens que estão no livro que foram criados naquele tempo”, conta.











Apocalipse(s): no alto, a Lua Azul,
evento que marca a raridade da segunda
Lua Cheia em um mesmo mês, fotografada
no Hemisfério Sul em 31 de dezembro de
2009; e o Mestre Yoda, criado por
George Lucas, que consagrou a mística
saudação dos cavaleiros Jedi na saga
de Guerra nas Estrelas:
"Que a Força esteja com você /
May the Force be with you".

Acima e abaixo, duas imagens de
Ara Güller, artista e fotojornalista turco,
conhecido como "o olho de Istambul": acima,
Selva da Cidade (2004), pintura sobre fotografia;
abaixo, Ponte de Gálata, fotografia de 1957,
imagens com sugestões de realismo e fantasia
que fizeram a fotografia e a arte de Ara Güller
conhecidas no mundo inteiro. Também abaixo,
árvores de baobá na ilha de Madagáscar,
na costa ao Sudeste da África, em
fotografia de Marsel van Oosten















Sobre o período em que ficou desempregado, Spoh diz que foi uma época sinistra, mesmo sendo fundamental para lançá-lo no mundo da produção em literatura. “Fiquei dois anos desempregado, foi terrível. Nem gosto de lembrar. Escrevia para me ocupar, fazer alguma coisa produtiva”, recorda. Nos novos tempos, os planos são outros. Tanto que ele confessa que, com o sucesso do primeiro romance, já poderia abandonar o trabalho como professor e viver exclusivamente como escritor. 



Os mitos ancestrais 



Na expectativa para embarcar em breve para o lançamento do livro em Belo Horizonte, Eduardo Spohr explica pelo telefone que está aprendendo muito em cada encontro com o público, nos lançamentos que tem feito pelas capitais. "A coisa mais importante na cultura é o público", destaca. "Nada se compara à experiência de aproximação com os leitores. Adoro este contato e estou aprendendo com eles sobre os leitores em geral e também sobre o significado do livro que escrevi. Brincar que eles são meus patrões, que pagam meu salário", conta Spohr, que ambienta a história do primeiro livro no Rio de Janeiro.












A jornada do herói diante dos horrores da
guerra e da destruição: Apocalypse Now,
filme de 1979 de Francis Ford Coppola,
transferiu para o Vietnã nos anos 1960
o romance O Coração das Trevas,
 publicado em 1902 por Joseph Conrad.
No alto, Dust Storm, duas fotografias de 1983
de Steve McCurry, um dos mais
premiados fotógrafos da Agência
Magnum, que considera a imagem das mulheres
abraçadas, registrada no deserto do Rajasthan,
Índia, sua obra-prima. Abaixo, baobá
com mais de 2 mil anos em uma tribo
no Quênia, África, possivelmente
uma das árvores mais antigas
existentes no planeta Terra









"Por que não o Rio de Janeiro? Dou a desculpa de que o Brasil é um dos países neutros", ironiza Eduardo Spohr, entrando na lógica que rege o mundo imaginado em seu argumento. Ele também revela que é um grande devorador de cultura pop. Na chamada “alta cultura”, busca referências no norte-americano Joseph Campbell (1904-1987), cujo livro “A Jornada do Herói” inspirou diversos escritores e personalidades do cinema e outras mídias ao longo do último século. Walt Disney, entre outros, usou a obra de Campbell como parâmetro para a criação da imensa maioria dos heróis da Disneylândia. 

Como se não bastasse a brilhante companhia de Disney, Spohr cita George Lucas – outro que confessou ter buscado sustentação criativa no livro de Campbell quando realizou o primeiro “Guerra nas Estrelas” e todas os filmes que vieram depois. Não por acaso, os irmãos Wachowski também assumiram que beberam na mesma fonte para dar vida aos personagens de “Matrix”.

O autor de “A Jornada do Herói” foi um estudioso dos mitos ancestrais, ou seja, daqueles primeiros homens, há milhares de anos, que um dia abandonaram a vida mundana para adotar uma região sobrenatural, enfrentando diversos perigos, sofrendo inúmeras tentações até retornar à casa nos tempos futuros, agora consagrados pelo triunfo.



  


Acima, procissão do Melasti, cerimônia de
purificação dos seguidores da religião hindu,
considerada a mais antiga de todas as
religiões, fotografada em março de 2010 na
Ilha de Bali, Indonésia, por Syaifudin Vifick.

Abaixo, crianças brincam em um povoado
às margens do rio Pamba, no estado de Kerala,
região sul da Índia, em fotos de Sunil Ammadam;
e a cena do bombardeio de Napalm ao som de
Cavalgada das Valquírias, ária da ópera do
compositor alemão Richard Wagner (1813-1883),
em Apocalypse Now (1979). Nas imagens
seguintes, Marlon Brando em outra cena de
Apocalypse Now, no papel do coronel
Walter Kurtzprotagonista de flagrantes
pitorescos durante as filmagens tumultuadas
da equipe de Coppola no Camboja,
fotografado por Mary Ellen Mark















"Por conta do raciocínio maravilhoso que o livro de Campbell estabelece, tentei criar uma história que não tratasse de religiosidade, mas de espiritualidade. Minha intuição dizia que religião poderia virar um terreno muito perigoso", explica Eduardo Spohr, buscando como justificativa de seu argumento um de seus avatares, o mentor da saga interplanetária "Guerra nas Estrelas". 

"George Lucas seguiu caminho semelhante ao que adotei ao identificar como Força e não como Deus o estímulo espiritual dos seu heróis. Com isso, não ofendeu nenhuma crença", completa. O raciocínio que Eduardo Spohr adotou como fio condutor e como estratégia em sua batalha pelo visto funcionou com bons resultados, porque tem gerado uma legião de leitores.


por José Antônio Orlando. 


Como citar:

ORLANDO, José Antônio. Apocalipse(s). In: Blog Semióticas, 16 de setembro de 2011. Disponível no link http://semioticas1.blogspot.com/2011/09/apocalipses.html (acessado em .../.../…).



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