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21 de maio de 2012

Trevisan vence Camões






Não me acho pessoa difícil, tanto assim que esbarro
diariamente comigo em todas as esquinas de Curitiba.

–– Dalton Trevisan em entrevista à   
revista Manchete, agosto de 1968.   

Há quem já aposte que nem dessa vez ele vai aparecer em público, para manter a mística da reclusão que vem sendo cultivada há mais de meio século. O mais misterioso dos escritores brasileiros, Dalton Trevisan, de 86 anos, foi anunciado hoje, em Lisboa, como vencedor da maior honraria da língua portuguesa, o Prêmio Camões. O júri, formado por dois nomes do Brasil, dois de Portugal e dois do continente africano (de Moçambique e de Angola), foi unânime na escolha do escritor brasileiro para esta 24ª edição do prêmio.

Contrariando aquele aforismo atribuído a Nelson Rodrigues, de que toda unanimidade é burra, a qualidade da literatura de Dalton Trevisan há um bom tempo tornou-se um valor unânime entre crítica e público no Brasil e em outros países em que seus livros tiveram tradução. Um dos jurados brasileiros, o escritor Silviano Santiago destacou na justificativa para o Prêmio Camões que a obra de Trevisan apresenta “uma contribuição extraordinária para a arte do conto, em particular para o enriquecimento de uma tradição que vem de Machado de Assis, no Brasil, de Edgar Allan Poe, nos EUA, e de Borges, na Argentina”.

Nascido em Curitiba, em 14 de junho de 1925, Dalton Trevisan estreou na carreira literária aos 20 anos, com “Sonata ao Luar” (1945), coletânea de contos ousada e de qualidade incomum, atestada há décadas pelos críticos mais exigentes, e que já revelava seu estilo ácido, conciso, que muitos definem como esquisito e também misterioso. Trevisan, o escritor recluso, avesso à imprensa, às fotografias e às frivolidades da indústria cultural que fazem a alegria de celebridades e de sub-celebridades, também é o que se pode chamar de escritor prolífico: publicou mais de 40 livros, a grande maioria de contos, e continua em plena atividade. Seu último livro de inéditos saiu em 2011, com o título “O Anão e a Ninfeta”.










Dalton Trevisan fotografado nas ruas
de Curitiba: reclusão do escritor vem
sendo cultivada há mais de meio século














Além de conquistar a distinção máxima do Prêmio Camões, Dalton Trevisan é daqueles escritores que colecionam premiações importantes, entre elas prêmios Jabuti (com "Novelas nada Exemplares", de 1959, "Cemitério de Elefantes", de 1964, e “Desgracida”, de 2010), o Prêmio Ministério da Cultura de 1996, pelo conjunto da obra, e o 1° Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira, em 2003, com o livro “Pico na Veia”. As premiações, contrariando uma prática cada vez mais comum, não provêm de lobby nem de estratégias massivas de marketing. Muito pelo contrário: trata-se de um escritor avesso a entrevistas e a qualquer forma de autopromoção.

A mística da reclusão é o que tem prevalecido. Tanto que, no comunicado oficial do Prêmio Camões, enviado hoje à imprensa, a organização divulgou que não havia conseguido contato com Dalton Trevisan nem para avisá-lo da homenagem e dos 100 mil euros (cerca de R$ 268 mil) a que ele tem direito pela distinção. Não é uma novidade, já que o escritor tem por regra nunca comparecer às cerimônias: para receber os prêmios, sempre enviou representantes. Alguns argumentam que a mística da reclusão teve início em 1959, quando ele foi premiado no Jabuti com "Novelas nada Exemplares" e não compareceu para receber o prêmio. Desde então ele não se deixa fotografar, não sai de Curitiba, não atende o telefone e comunica-se com o mundo apenas através de bilhetes que ele assina como "D. Trevis".














Geração de 45


Traduzido em diversas línguas, Dalton Trevisan conta com várias de suas obras adaptadas para teatro, cinema e TV. Entre as adaptações, pelo menos duas se destacam: uma inusitada série produzida recentemente pela TV da Hungria e o filme premiado no Brasil e em outros países “Guerra Conjugal” (1975), versão do cineasta Joaquim Pedro de Andrade para os contos reunidos no livro homônimo, publicado em 1969.

Uma constante na literatura de Dalton Trevisan é a cidade de Curitiba e seus habitantes, pessoas comuns que ele parece observar secretamente, nas caminhadas que faz pelas ruas e praças, sempre anônimo, avesso a entrevistas e a contatos ou conversas mesmo com seus leitores. Se alguém quer um livro autografado, que passe por um ritual repetido há décadas: o interessando deixa o livro na tradicional Livraria do Chain, no centro da cidade, com o nome anotado em um papel, que o autor concede o autógrafo sem problemas. Ao que se sabe, os amigos e interlocutores são poucos e também anônimos. Os amigos famosos, escritores, não estão mais vivos, entre eles Otto Lara Rezende, Rubem Braga, Vinicius de Moraes.

Dalton Trevisan começou a publicar em 1945, apesar de mais tarde ter renegado os seus dois livros de juventude: "Sonata ao Luar" e "Sete Anos de Pastor" (1948). No período entre a publicação dos primeiros livros, de 1946 a 1948, liderou o grupo que editou a revista de literatura "Joaquim", anunciada como "uma homenagem a todos os Joaquins do Brasil", com traduções da lavra de Trevisan para clássicos da literatura universal, entre eles contos e trechos de romances de Franz Kafka, James Joyce, Marcel Proust e Jean-Paul Sartre. 















Acima, a psicopatologia amorosa em
cenas de Guerra Conjugal. Abaixo, o cartaz
original do lançamento nos cinemas e um
cartaz promocional do filme censurado
pela ditadura militar: adaptação do livro
de Dalton Trevisan foi filmada por
Joaquim Pedro de Andrade em 1975,
com roteiro do próprio escritor e
participação de Lima Duarte,
Analu Prestes, Wilza Carla,
Carlos Gregório, Cristina Aché
e Jofre Soares no elenco











A revista "Joaquim" também marcou época porque trazia, a cada número, a colaboração de nomes importantes da cultura brasileira, incluindo ensaios inéditos, escritos sob encomenda para a revista, por nomes de peso como Antonio Candido, Tristão de Athayde e Otto Maria Carpeaux, entre outros, com ilustrações assinadas por artistas como Di Cavalcanti e Heitor dos Prazeres, além de contos e poemas até então inéditos – como o depois célebre "O Caso do Vestido", escrito por Carlos Drummond de Andrade.

A lista de livros de Dalton Trevisan é extensa e inclui títulos que vão de “Guia Histórico de Curitiba”, “Os Domingos” e “Crônicas da Província de Curitiba”, publicados em 1954 e escritos à moda dos panfletos populares e dos manuais que circulavam nas feiras, a exercícios de metalinguagem (“Capitu Sou Eu”, 2003) e crônicas policiais mais violentas, caso de “Morte na Praça” (1964), “Crimes da Paixão” (1978) e “Lincha Tarado” (1980), sempre no seu estilo inconfundível, breve, direto e extremamente realista.











Seu livro mais conhecido, “O Vampiro de Curitiba” (1965), muitas vezes tomado como codinome do autor, reúne as características mais marcantes do estilo Dalton Trevisan, minimalista e personalíssimo, pontuado de brevidade e crueldade, recheado de ironia e erotismo explícito que os conservadores consideram grosseiro e pornográfico. São textos que transformam tramas psicológicas em crônicas de costumes, todas construídas em linguagem das mais concisas que valoriza incidentes do cotidiano, incluindo crimes, perversões, paixões extremadas e afetos não correspondidos.

Misterioso até para seus poucos conhecidos e vizinhos em Curitiba, Dalton Trevisan trabalhou em uma fábrica de vidros, foi jornalista dedicado à cobertura de casos de polícia e crítico de cinema, além de ter exercido por vários anos a advocacia. Na historiografia da literatura brasileira, ele é apontado como um dos principais contistas do século 20 e expoente da chamada Geração de 45, que alguns também classificam como “pós-modernista”, na qual também se destacam Clarice Lispector e João Cabral de Melo Neto, entre outros. Trevisan publicou apenas um romance: “A Polaquinha”, em 1985.










Relações culturais


Além de Silviano Santiago, o júri desta edição do Prêmio Camões que premiou Dalton Trevisan foi formado pelos professores universitários e escritores Alcir Pécora (Unicamp – Brasil), Rosa Martelo (Faculdade de Letras do Porto) e Abel Barros Baptista (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas de Lisboa), pela poeta e historiadora angolana Ana Paula Tavares e pelo também historiador moçambicano João Paulo Borges Coelho.

Criado em 1988 para destacar a importância da literatura e para intensificar e complementar as relações culturais entre o Brasil e Portugal, o Prêmio Camões também conta atualmente com a adesão da Comunidade de Países da Língua Portuguesa (CPLP). O português Miguel Torga foi o primeiro vencedor, em 1989. A maior polêmica veio em 2006, quando o angolano José Luandino Vieira, em protesto político, se recusou a receber o prêmio. José Saramago, o único Nobel de Literatura da língua portuguesa, também foi laureado pelo Prêmio Camões em 1995.








Dos 24 nomes já premiados com o Camões, incluindo Dalton Trevisan, dez são portugueses, dez são brasileiros, dois são angolanos e há um moçambicano e um cabo-verdiano. Os brasileiros premiados são João Cabral de Melo Neto (1990), Rachel de Queiroz (1993), Jorge Amado (1994), Antonio Cândido (1998), Autran Dourado (2000), Rubem Fonseca (2003), Lygia Fagundes Telles (2005), João Ubaldo Ribeiro (2008) e Ferreira Gullar (2010).


por José Antônio Orlando.


Como citar:

ORLANDO, José Antônio. Trevisan vence Camões. In: Blog Semióticas, 21 de maio de 2012. Disponível no link http://semioticas1.blogspot.com/2012/05/trevisan-vence-camoes.html (acessado em .../.../…).



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Todos os vencedores do Prêmio Camões:



1) 1989: Miguel Torga (poeta e romancista português)

2) 1990: João Cabral de Melo Neto (poeta brasileiro)

3) 1991: José Craveirinha (poeta moçambicano)

4) 1992: Vergílio Ferreira (romancista português)

5) 1993: Rachel de Queiroz (romancista brasileira)

6) 1994: Jorge Amado (romancista brasileiro)

7) 1995: José Saramago (romancista português)

8) 1996: Eduardo Lourenço (crítico literário e ensaísta português)

9) 1997: Pepetela (romancista angolano)

10) 1998: Antonio Cândido (crítico literário e ensaísta brasileiro)

11) 1999: Sophia de Mello Breyner Andresen (poeta portuguesa)

12) 2000: Autran Dourado (romancista brasileiro)

13) 2001: Eugénio de Andrade (poeta português)

14) 2002: Maria Velho da Costa (romancista portuguesa)

15) 2003: Rubem Fonseca (romancista brasileiro)

16) 2004: Agustina Bessa Luís (romancista portuguesa)

17) 2005: Lygia Fagundes Telles (romancista brasileira)

18) 2006: José Luandino Vieira (escritor angolano; recusou o Prêmio Camões)

19) 2007: António Lobo Antunes (romancista português)

20) 2008: João Ubaldo Ribeiro (romancista brasileiro)

21) 2009: Armênio Vieira (escritor de Cabo Verde)

22) 2010: Ferreira Gullar (poeta brasileiro)

23) 2011: Manuel António Pina (poeta, cronista, dramaturgo e romancista português).

24) 2012: Dalton Trevisan (contista e cronista brasileiro).




Dalton Trevisan retratado no traço de Loredano      




18 de outubro de 2011

O Jabuti do Castello






Muitos homens iniciaram uma nova era em
suas vidas a partir da leitura de um livro.
––  Henry David Thoreau, 1882.   


Carioca de 1951, o jornalista e escritor José Castello reconhece que há muitos elementos biográficos em "Ribamar", seu livro mais pessoal, anunciado como vencedor de 2011 da categoria romance do prêmio Jabuti. É um belo livro, com Castello na perícia do toque de mestre transformando referências musicais para marcar a jornada de um filho e uma homenagem ao pai do escritor, o também jornalista José Ribamar Martins de Castello Branco (1906-1982). Outros destaques na premiação deste ano do Jabuti: Laurentino Gomes, com o prêmio por “1822”, na categoria reportagem, Dalton Trevisan na categoria contos e crônicas, com “Desgracida”, e Ferreira Gullar, vencedor em poesia com “Em alguma parte alguma”.

"Trabalhei com muitas recordações de infância e de juventude. Usei o passado como matéria de ficção", revela Castello, sempre econômico nas palavras e nos adjetivos. O escritor e crítico literário esteve recentemente em Belo Horizonte para uma sessão de autógrafos no lançamento de “Ribamar” e para uma conversa com o público no projeto Sempre um Papo. Nesta entrevista que fiz com ele para o jornal “Hoje em Dia” de Belo Horizonte, na véspera do lançamento do livro, Castello descarta as classificações de memórias, biografia ou ensaio autobiográfico para seu livro, que como ele mesmo explica transita entre vários estilos, inclusive na categoria de partitura musical e também, de certo modo, como um ensaio ficcional sobre o escritor Franz Kafka. Confira alguns trechos da entrevista.







"É, sem dúvida, um romance", define Castello, com propriedade. "Romance limítrofe, que dialoga com outros gêneros literários, mas é um romance. Algumas pessoas, porque parto da figura de meu pai, Ribamar, acham que é um texto biográfico, ou autobiográfico. Muitos leitores e críticos ainda se confundem, achando que é um relato sobre a vida de meu pai, minha biografia paterna, ou um livro de memórias. Esse engano, acredito, se deve a uma ideia deturpada que muitos ainda mantêm a respeito do que seja uma ficção".



O real e a ficção



José Castello faz uma breve pausa durante a entrevista e depois lembra, com um meio sorriso, que a maioria das pessoas desconfia que a ficção é sempre algo que se eleva acima do real. "Muitos acreditam que a ficção não tem compromisso algum com o real, que é puro arbítrio. Mas não, não é assim, ou nem sempre é assim. A ficção não nega o real, não o apaga, ela o expande e o reinventa. A ficção não é qualquer coisa: ela é um olhar singular sobre a realidade da existência", defende.











Em "Ribamar", Castello alterna histórias reais com outras inventadas, ou recriadas, como ele prefere dizer. Em parte, o novo romance, editado pela Bertrand Brasil, traz referências ao pai de Castello"Meu pai era jornalista político, repórter do jornal O Globo, o mesmo de qual hoje sou colunista. Até 1960, enquanto a capital esteve no Rio, meu pai fazia a cobertura do Senado Federal. Não tinha o hábito de ler ficções, só comprava livro técnico. Em sua pequena biblioteca não havia um só livro de ficção", recorda, rindo de uma ou outra mania dos excessos paternos.

As lembranças do pai estão presentes na ficção como na vida real. "No início de minha adolescência, meu pai me repreendia porque eu gastava minha pequena mesada comprando romances e livros de poemas. Achava aquilo estranho e, pai amoroso, temia que eu me fechasse nos livros e me isolasse do mundo, o que, de certa forma, realmente aconteceu", confessa, sempre bem-humorado.










O Jabuti do Castello: no alto, 
o escritor José Castello. Acima,
duas imagens da cidade de Praga,
na Tchecoslováquia, atualmente
República Checa, terra natal
de Franz Kafka, em fotografias
anônimas datadas de 1900. Abaixo,
imagens da cidade de Parnaíba, Piauí


















"Ribamar" é, em parte, um relato da viagem feita anos atrás à pequena Parnaíba, Piauí, cidade onde o pai de José Castello passou a infância e a juventude. No outono de 2008, o próprio Castello fez uma viagem àquela cidade do Nordeste, experiência que lhe rendeu, ele recorda, uma infinidade de notas e sugestões preciosas para escritos em literatura.

O romance também é, ainda em parte, um ensaio emblemático e alegórico sobre um cânone da literatura universal, o escritor Franz Kafka (1883-1924), em particular sobre "Carta ao Pai" – longo e emocionado relato confessional que o autor de “O Processo” e “A Metamorfose” escreveu endereçado a seu pai, Hermann Kafka, com a intenção de fazer um balanço da difícil relação de vida entre os dois.







Literatura com estrutura musical

Mesmo com todas as citações à célebre "Carta ao Pai", José Castello garante que o propósito do novo livro não foi, de forma alguma, refletir a respeito da obra de Kafka, e sim tê-la como referência para pensar sua relação com seu próprio pai, chamado José Ribamar. Ele também reconhece que as referências a diversos outros livros que tratam da relação de escritores com seus pais são intencionais no novo romance.

"Mesmo quando o ignora, o escritor está dialogando com outros escritores. As leituras que fazemos ao longo da vida deixam marcar definitivas em nossa sensibilidade. Deixam feridas, que o escritor tenta cicatrizar encobrindo-as com seus próprios escritos", ele diz. Sobre Kafka, Castello completa explicando que é um escritor que, para ele, desde sempre, e desde muito cedo, tornou-se uma referência decisiva e uma identificação permanente.






"Preciso confessar que ler 'A Metamorfose' me deixou em estado de grande perturbação, logo me identifiquei com aquele filho massacrado pela família como um inseto. Não tenho dúvidas de que aquela leitura aos 11 anos foi uma peça decisiva de minha formação pessoal. Essas leituras ficam, fazem parte de nós, e estamos sempre a dialogar com elas", completa Castello.

"Ribamar" tem uma estrutura musical. A começar pela capa do livro, belo trabalho de design gráfico que reproduz em relevo uma partitura envelhecida. A base é uma canção de ninar, não sem propósito a música com que o pai embalava Castello quando ele era bebê. No livro, seguindo um relato híbrido, afetivo, cerebral, cada capítulo corresponde a uma das notas musicais da melodia. A cada nota, ainda, corresponde um tema específico. Ao fundo, uma melodia inaudível se desenrola, porque o romance é, na estrutura, uma combinação de oito temas, expressos em seus correlatos nas sete notas musicais elementares, mais a pausa. 








Você tem a alma fechada a cadeado”, diz uma certa Dora Dyamant no desfecho de “Ribamar”, ao que o narrador completa: “Franz sabia que a literatura é uma chave. Instrumento inútil que não corresponde a nenhuma fechadura. Uma chave que atesta o fracasso de todas as chaves. Sua carta ao pai é prova disso. Também 'Ribamar', o livro que me preparo para escrever, não passa de um ferrolho. Vale a pena escrevê-lo?” Os elogios unânimes de críticos e leitores e premiações importantes, por certo, valem como uma resposta decisiva ao que pergunta o narrador de Castello.


por José Antônio Orlando.


Como citar:

ORLANDO, José Antônio. O Jabuti do Castello. In: Blog Semióticas, 18 de outubro de 2011. Disponível no link http://semioticas1.blogspot.com/2011/10/o-jabuti-de-castello.html (acessado em … /… /...).








Jabuti 2011, livros e autores premiados:



Artes
:
“Os Satyros”, de Germano Pereira

Arquitetura e Urbanismo: “Dois séculos de projetos no Estado de SP”, Nestor G. Reis e Monica S. Brito

Biografia: “De menino a homem”, de Gilberto Freyre

Capa: “Invisível”, de João Baptista da Costa Aguiar

Comunicação: "Impresso no Brasil", de Anibal Bragança e Marcia Abreu (orgs)

Ciências da Saúde: “Atlas de endoscopia digestiva da SOBED”, de Marcelo Averbach

Ciências Exatas: “Teoria Quântica - estudos históricos e implicações culturais”, de Olival Freire, Osvaldo Pessoa, Joan L. Bromberg (org)

Ciências Humanas: “Manejo do mundo: conhecimentos e práticas dos povos indígenas do Rio Negro”, de Aloisio Cabalzar

Ciências Naturais: “Bioetanol de cana-de-açucar – P&D para produtividade e sustentabilidade”, de Luís Augusto B. Cortez (coord.)

Contos e Crônicas: "Desgracida”, de Dalton Trevisan

Didático e Paradidático: Coleção “Pessoinhas”, de Ruth Rocha e Anna Flora

Direito: “Fundamentos constitucionais do direito ambiental brasileiro”, de Norma Sueli Padilha

Economia, Administração e Negócios: “Multinacionais brasileiras: internacionalização, inovação e estratégia global”, de Moacir M. Oliveira Jr.

Educação: “Impactos da violência na escola: um diálogo com professores.”, de Simone G. de Assis, Patrícia Constantino e Joviana Q. Avanci

Fotografia: “Fotografia de Natureza”, Luiz Claudio Marigo

Gastronomia: “Machado de Assis: Relíquias Culinárias”, de Rosa Belluzzo

Ilustração: “O Corvo”, de Manu Maltez

Ilustração de Livro Infantil ou Juvenil: “Gildo”, de Sivana Rando

Infantil: “Obax”, de André Neves

Juvenil: “Antes de virar gigante e outras histórias”, de Marina Colasanti

Poesia : “Em alguma parte alguma”, de Ferreira Gullar

Projeto Gráfico: "Theodoro Sampaio – Nos sertões e nas cidades", de Karyn Mathuiy

Psicologia e Psicanálise: “Coração... É emoção: a influência das emoções sobre o coração”, de Elias Knobel, Ana L. M. da Silva, Paola Andreoli

Reportagem: “1822”, de Laurentino Gomes

Romance: “Ribamar”, de José Castello

Tecnologia e Informática: “Aprendizagem a distância”, de Fredric M. Litto

Teoria / Crítica: "Câmara Cascudo e Mário de Andrade – Cartas, 1924-1944", de
Marcos Antonio de Moraes (org)

Tradução: "O livro de Dede Korkut", de Marcos Syrayama de Pinto

Turismo e Hotelaria: "Hospitalidade – A inovação na gestão das organizações prestadoras de serviços", de Geraldo Castelli


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