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19 de fevereiro de 2012

Antigos carnavais







Quando eu vejo o sabiá
nas galhas de um pau cantando
eu começo a recordar
o tempo que eu tive amando
aquela ingrata Maria
que roubou minha alegria
eu que vivia cantando
hoje choro, noite e dia

Oi, Sabiá”, baião de Jadir Ambrósio e Caxangá, 
primeira gravação pela Columbia em 1954. 



O músico, maestro, cantor e compositor Jadir Ambrósio diz que é do Carnaval de outros tempos que ele mais sente falta. "Sinto falta dos tempos de boemia nos botequins do Centro de Belo Horizonte, como o 'Mocó de Iaiá', do Carnaval animado dos anos 1950, das escolas de samba maravilhosas que invadiam a Avenida Afonso Pena com seus adereços e aquela energia que fazia todo mundo cair no samba", recorda, com muita lucidez e com memória surpreendente para seus 90 anos de idade, que vai completar em 8 de dezembro de 2012, dia que também é consagrado, ele destaca, a Nossa Senhora da Imaculada Conceição.

"Pude matar as saudades da animação do Carnaval há uns cinco anos, quando subi ao palco pela última vez, na Biblioteca Pública, na Praça da Liberdade, ao lado de Mestre Conga, meu amigo de longa data, e foi uma alegria", ele recorda, nessa longa entrevista que fiz com ele para o jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte, uma entrevista concedida no jardim da casa onde mora há décadas, na esquina da rua Clara Nunes, no bairro Renascença, e que durou uma tarde inteira. Jadir Ambrósio e outro sambista da velha guarda, Mestre Conga, foram convidados para o evento, na época, pelo projeto Stereoteca. Quem assistiu a homenagem diz que foi um show comovente, bem no espírito da época de ouro do samba de raiz que já foi uma tradição popular em Belo Horizonte.

"Há muito tempo que o Carnaval não é mais o mesmo. Eu vejo muita falta de solidariedade, muita falta de companheirismo nos dias de hoje. As pessoas estão muito individualistas, parece que não estão nem aí umas para as outras. Isso dói num homem vivido como eu", ele explica, mostrando os truques que aprendeu para tocar violão, por ser canhoto, dedilhando nas cordas uma ou outra melodia dos sambas e canções da velha guarda, enquanto confessa que para matar as saudades dos velhos tempos costuma ouvir os antigos discos de vinil com as canções de Orlando Silva, Sílvio Caldas, Francisco Alves, Ataulfo Alves, Carmen Miranda e outras estrelas de outras épocas.













Jadir Ambrósio e as lembranças
dos antigos carnavais em
Belo Horizonte: acima, a partir do
alto, desfile de escola de samba 
(década de 1960) e o Corso na
avenida Afonso Pena, em fotografias
de álbum de família, das décadas de
1930 e 1940. No alto da página,
Jadir Ambrósio fotografado em
2012 pela neta, Natália Ambrósio.

Abaixo, duas cenas dos antigos
carnavais cariocas em fotografias
de Augusto Malta: a Avenida Central,
atual avenida Rio Branco, no centro do
Rio de Janeiro, em 1906 e em 1924.
Também abaixo, uma imagem do
desfile da Escola de Samba Salgueiro,
no Carnaval do Rio de Janeiro em 1963,
com samba enredo que homenageou
Xica da Silva: foi o primeiro desfile na
Avenida Presidente Vargas (antes os desfiles
aconteciam na Avenida Rio Branco) e uma
ala inteira da escola dançou o minueto e
provocou uma revolução na tradição dos
desfiles das escolas de samba.
 
Exceto quando indicado, as imagens
abaixo são reproduções de álbum de
família ou têm autoria desconhecida















"Mas o que eu gosto mesmo é dos sambistas. Quando me entrevistam eu sempre digo que Paulinho da Viola é meu preferido, mas agora eu preciso confessar que também gosto muito do Martinho da Vila e de outros, muitos outros. A lista é grande. Entre as cantoras, ouço sempre os discos da Beth Carvalho e da Alcione, de todas elas, mas não tenho como deixar de falar da grande Clara Nunes. Oh, que mulher importante, talentosa, uma guerreira do samba, e para a nossa sorte era daqui mesmo, era mineira", completa. 



Descoberta de Clara Nunes



Mineiro nascido na cidade de Vespasiano, em 8 de dezembro de 1922, ele veio para Belo Horizonte, a cidade onde passaria a vida inteira, ainda menino, quando a família decidiu pela mudança definitiva para a capital, em março de 1926. O endereço de Jadir Ambrósio, na esquina da Rua Clara Nunes, não é puro acaso. Na verdade, o batismo da rua foi sugestão dele, que insistiu muito com a Prefeitura e com os vereadores que conhecia. Até que, há poucos anos, Clara Nunes passou a ser o nome da rua no Bairro Renascença. 







Performances de Clara Nunes: na avenida,
no Carnaval de 1975, em desfile da Portela
com o samba-enredo "Macunaíma, Herói
de Nossa Gente". Abaixo, no Programa do
Chacrinha na TV Tupi, em 1974, e ao vivo,
no palco, em 1976, no Rio de Janeiro,
no show Clara Mestiça, que teve direção
de Bibi Ferreira, com Clara fotografada
por Wilton Montenegro.

Também abaixo: os blocos caricatos
em desfiles em Belo Horizonte, na avenida
Afonso Pena, na década de 1940;
foliões tomam os bondes no Carnaval
de BH, nas décadas de 1940 e 1950;
e os desfiles do Corso na avenida
Afonso Pena, anos 1950





.












"Eu conheci a Clara Nunes quando ela chegou numa festa que eu fazia no adro da igreja de Santo Afonso, aqui mesmo no bairro. Ela era ainda quase uma criança, tinha uns 16 anos, era órfã de pai e mãe e tinha vindo de Caetanópolis morar com tios e primas na capital e para trabalhar como operária na Fábrica de Tecidos Renascença, que não existe mais. Aí eu soube que era vizinho dela. Quando ela cantou foi um acontecimento. Todo mundo ficou em silêncio, ouvindo, todo mundo admirado com o canto, com aquela voz. Depois a gente acabou ficando muito amigo daquela moça tão talentosa que se chamava Clara Francisca, Clara Francisca Gonçalves. Fui eu quem a levou para as primeiras participações nos programas de auditório. Foi assim que apareceu a Clara Nunes. Esse nome artístico ela escolheu depois, porque Nunes era o sobrenome da mãe dela, que morreu quando ela tinha seis anos", conta o compositor, emocionado com as lembranças.

Clara retribuiu a força que impulsionou sua carreira como cantora gravando músicas de Jadir Ambrósio nos primeiros discos e depois, quando estava no auge da fama, nas décadas de 1970 e 1980. "Clara gravou várias de minhas composições. A que fez mais sucesso na voz dela foi 'Noites de Farra'", recorda, cantarolando um trecho e mostrando com os acordes do violão como foi o arranjo para abertura da canção, segundo ele escolhido pela própria Clara. Com Jadir Ambrósio, a música está sempre presente para ver a vida com mais otimismo. 










Entre trechos cantarolados de marchinhas de Carnaval e sambas da velha guarda, ele volta e meia retorna a sua composição mais celebrada, o Hino ao Cruzeiro, seu time do coração. "O locutor Aldair Pinto aproveitou o sucesso imediato do hino do Cruzeiro e virei freguês no programa de auditório da Inconfidência, que era a maior audiência da rádio naquele tempo", conta, com entusiasmo.

Na mesma época em que surgiram em Minas Gerais os hinos do Cruzeiro e do Atlético, outros compositores do primeiro time da música popular também criaram obras em outros estados que celebravam o casamento entre música e futebol. Entre outros nomes consagrados, o gaúcho Lupicínio Rodrigues (1914-1974) criou o hino do Grêmio e o carioca Lamartine Babo (1904-1963) criou o hino do Flamengo.

"Lamartine era outro fenômeno", destaca Jadir Ambrósio. "Era humorista, músico, cantor e um dos mais importantes compositores que o Brasil já teve. Ele é autor do hino do Flamengo, do Fluminense, do Botafogo, do América, do Vasco da Gama... Tem mais, mas não me lembro agora. Também fez marchinhas de carnaval das melhores de todas, 'O teu cabelo não nega', 'Linda morena', 'Cantoras do rádio', 'Joujoux e balangandãs', 'O hino do carnaval' e muitas outras. E ainda são dele muitos outros clássicos que estão aí até hoje no cancioneiro brasileiro, 'No rancho fundo', 'Serra da Boa Esperança'... Êh, Lamartine, grande Lamartine..."















Bandolim, pandeiro e tamborim



"Uma das grandes alegrias que tive na vida foi quando colocaram meu hino para o Cruzeiro num disco que reunia os hinos mais bonitos do futebol brasileiro. Aquele disco, que saiu pela Continental, fez história e até hoje as pessoas que eu conheço comentam e elogiam", conta, com orgulho, enquanto procura o disco de vinil no móvel da sala.

"Deviam relançar esse disco que o sucesso ia se repetir. Todo torcedor tem um amor verdadeiro pelo hino de seu time de coração. E eu acho que futebol sempre teve ligação com a boa música", defende, lembrando que até a década de 1970 toda vila de Belo Horizonte tinha um clube de futebol com sua respectiva sede social.

"Nesta sede social dos clubes sempre tinha muito samba, muito choro de improviso, violão, cavaquinho, bandolim, pandeiro e tamborim. Havia nossas horas dançantes, tudo era motivo para comemoração, até aniversário de padre da paróquia", brinca. Outro ponto de encontro dos sambistas da antiga em Belo Horizonte, ele recorda, era a Associação dos Datilógrafos de Minas Gerais, na Rua Tupinambás. "Eles davam muita força para todos os sambistas, chegavam até a datilografar as letras da músicas", recorda, fazendo uma ou outra pausa muito breve na tentativa de trazer à memória um ou outro nome.














Depois do seu primeiro sucesso, "Oi, sabiá", gravado pela dupla Caxangá e Sanica pelo selo Columbia, em 1954, vieram outros sucessos antes do divisor de águas que foi o hino do Cruzeiro, incluindo samba, marchinhas, baião, xote e outros ritmos dançantes. Jadir Ambrósio faz uma pausa e enumera seus principais sucessos: "Chô Passarinho" (em parceria com Caxangá), "Buraco de Tatu" (com Jair Silva), "Domenique" (com Henrique Almeida), "História do Tico-tico" (com Xavier e Eli Murilo), "Índia Guarani" (com Eli Murilo), "Professor Maluco" (com Manoel Moes), "Protegido de Nossa Senhora" (com Jair Silva), "Quando o Repórter Descobriu" (com Raguinho). “Esses são os que estou lembrando agora, são os que foram gravados por gente graúda, Luiz Gonzaga, Curió e Canarinho, Isnard Simone, mas tem muitos outros”, ele diz.



Batuque na porta de casa



"Desde menino eu sou compositor. Engraçado é que naquelas primeiras reuniões que a gente fazia, em frente lá de casa, na Cachoeirinha, eu ainda estava aprendendo a tocar cavaquinho e violão e já improvisava acordes e versos, inventava, juntava trovas e trechos de sambas que eu tinha ouvido no rádio. São as minhas melhores lembranças", confessa. "A vizinhança assistindo e a gente ali, aprendendo a tocar o cavaquinho, depois o violão, o pandeiro e lata, casca de coco, pedaço de pau e tudo de percussão que aparecesse".

"Só lembro que era a maior diversão para os vizinhos todos e para nós também, aqueles batuques e ensaios na porta de casa. Os vizinhos não reclamavam, não. Muito pelo contrário. Eles gostavam tanto que a brincadeira progrediu. Até que formamos o conjunto Os Filhos da Lua. Não sou saudosista, mas que tempo bom era aquele. Ah, que tempo bom..."







Apesar de tantos sucessos que fizeram história na música de Minas Gerais nas décadas passadas, Jadir Ambrósio conta que nunca conseguiu viver somente do ofício em que é mestre aclamado por seus pares e pelo público que acompanhou sua trajetória desde os tempos de Getúlio Vargas, na década de 1930, época dos primeiros acordes com os irmãos e com os amigos mais próximos em frente à casa em que sua família morava, no Bairro Cachoeirinha.

"Sempre fui um faz-tudo. Sou daquele tipo de gente que fez de tudo para sobreviver. Só não roubei e nem enganei ninguém", conta, com orgulho. "Uma vez teve até uma história engraçada, se não fosse uma coisa muito séria. Lembro que eu voltava de um baile de Carnaval no Centro da cidade em que tinha estreado um saxofone novinho em folha. Aquilo brilhava e eu voltava para casa andando a pé, suado, vestindo uma fantasia de bloco de sujos”, recorda, rindo muito do acontecido antes de contar como foi o desfecho da aventura.







E lá ia eu, fazendo mesura com o saxofone tinindo de tão novinho. De repente dou de cara com uma patrulha montada a cavalo, que me parou porque achou aquilo suspeito. Imagine um negro de roupas de molambo andando apressado, de madrugada, carregando um instrumento valioso como aquele e ficando assustado porque encontrou a polícia. Foi então que um dos policiais virou para mim e falou – se este instrumento é seu, moço, então toca para provar que é verdade”.

Ele diz que o medo e o susto o deixaram paralisado, mas daí a pouco o coração voltou a bater compassado e a coragem o fez criar forças. “Aí a coisa mudou. Com aquele desafio do guarda, toquei e toquei com força. Mas com tanta força que os cavalos se espantaram e fugiram em disparada pela ladeira abaixo. Foi uma confusão e uma lição para quem julgou apressado por puro preconceito", conta, entre risos, divertindo-se com a lembrança do susto dos policiais e com o desfecho inesperado que o caso tomou. 











Antigos carnavais: acima, uma vista da
Praça Sete, no centro de BH, em fotografia
da década de 1960; e um registro do desfile
da escola de samba Cidade Jardim na Praça
da Liberdade, Belo Horizonte, década de 1960.

Abaixo, um palhaço sobre patins no Carnaval
do Recife, em fotografia de 1965; duas fotografias
de 1953 no Carnaval de Salvador de Alice Brill,
alemã naturalizada brasileira; a pequena foliã e
o menino água, sem tempo para brincar, na favela
do Buraco Quente, Morro da Mangueira, Rio de
Janeiro, em fotografia de 1965 de Erno Schneider,
fotógrafo do Jornal do Brasil, Correio da Manhã
e O Globo; a plateia que assiste ao desfile
de blocos caricatos na Avenida Afonso Pena,
em Belo Horizonte, em 1946; um cartão postal
de 1978 da coleção de Jadir Ambrósio que mostra
a decoração de Carnaval na Avenida Rio Branco,
no centro do Rio de Janeiro; e o Carnaval em
1942 também no Rio de Janeiro, fotografado
para a revista Life por Hall Preston,
fotojornalista que acompanhou as aventuras
de Orson Welles no Brasil durante as
filmagens do documentário It's All True




















Samba e aposentadoria



Ao recordar passagens dos antigos carnavais, Jadir Ambrósio também se lembra que em épocas diferentes, por necessidade, teve que trabalhar muito em situações e condições nem sempre boas: já capinou ruas, foi mecânico, ajudante de obras, escriturário, vendedor. "Depois de muitos anos, consegui me aposentar como auditor técnico de tributos da Prefeitura de Belo Horizonte", recorda, lembrando de suas andanças pela capital que inspiraram uma de suas marchinhas preferidas, que fala sobre o antigo Bairro da Concórdia. 


Minha Concórdia
onde estão seus tamborins
cadê suas mulatas
minha escola tão querida...


Entre uma e outra melodia dedilhada ao violão, ele também conta que nunca gostou de se apresentar em shows. "Gostava só no tempo do rádio ao vivo. Meu negócio sempre foi roda de samba, baile de Carnaval e desfile de blocos", revela. Entre seus planos para o futuro próximo está o lançamento de um novo disco, que será seu terceiro CD. "Estava tudo pronto quando adoeci e as coisas ficaram paradas. Agora preciso retomar o projeto e marcar o lançamento do disco, que até já está gravado, com canções inéditas e um ou outro sucesso do passado", explica. 











Segundo lhe disseram, o lançamento do novo disco depende apenas de alguns detalhes na conclusão dos trâmites burocráticos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. "Para mim, música é coisa da alma. Não vejo a música como um meio de vida. Aliás, nessa vida não posso me queixar de nada. Foi através de minha música que conheci muita gente do bem, gente de bom coração", registra. Entre os compositores de Minas Gerais, sua preferência é pelos conterrâneos da velha guarda, como ele diz, destacando Rômulo Paes, Gervásio Horta, Valdir Silva e os irmãos Saraiva.

"Também tem o seu valor o trabalho de músicos de primeira que não são tão conhecidos do grande público, como o Serginho BH, o Fabinho do Terreiro e muitos outros. Muitos. Das gerações mais novas, respeito muito o Paulinho Pedra Azul, que tem uma personalidade musical como poucos que conheci em tantos anos de carreira", completa. Entre os compositores de outros lugares do Brasil, Jadir Ambrósio destaca um sempre chamou sua atenção e ganhou sua admiração desde a primeira vez que o ouviu cantar um samba, ao vivo, em um show em Belo Horizonte na década de 1960.

"É o Paulinho da Viola. Que classe, que talento, que qualidade e elegância que ele tem que impressiona a gente! Lupicínio Rodrigues também é um dos grandes que guardo na lembrança, mas se a gente for falar da velha guarda a lista é interminável, porque tem muita gente boa que fez muito sucesso e agora anda esquecida pelas novas gerações", recorda e lamenta. "Comparar com os compositores de hoje em dia é impossível, porque cada música sempre traduz a sua época. Hoje os tempos são outros. A diferença é que a boa música permanece na vida das pessoas mesmo quando passa o tempo. Não dizem por aí que recordar é viver? Pois então. Essa é a verdade mais pura e mais verdadeira de todas". Jadir Ambrósio conclui, sorrindo, com a segurança e a alegria de quem batalhou muito para confirmar todas as certezas que aprendeu com a música e com as experiências da vida que segue.


por José Antônio Orlando.


Como citar:

ORLANDO, José Antônio. Antigos carnavais. In: ______. Blog Semióticas, 19 de fevereiro de 2012. Disponível no link http://semioticas1.blogspot.com/2012/02/antigos-carnavais.html (acessado em .../.../...). 







Encontro de estrelas da música brasileira
para discutir as ações de revitalização para as
marchinhas de Carnaval, organizado pelo produtor
musical João Araújo (pai de Cazuza) e registrado
em fotografia de Paulo Scheuenstuhl para uma
reportagem da revista Manchete, em 19 de junho de
1967, no Rio de Janeiro, na casa de Vinicius de Moraes
(ao centro, à frente de Paulinho da Viola). Na foto,
a partir da esquerda, Lenita Plocynska, Edu Lobo,
Tom Jobim, Torquato Neto, Caetano Veloso, Capinam,
Paulinho da Viola, Sidney Miller, Zé Ketti, uma mulher
não identificada (com cachorrinho no colo) e
Eumir Deodato. Na fila do meio, Olivia Hime,
Helena Gastal, Francis Hime, Luis Eça, João Araújo,
Vinicius, Dori Caymmi, a veterana rainha do rádio
Dircinha Baptista, Chico Buarque, Luis Bonfá, Tuca,
Maria Helena Toledo e outra mulher não identificada. 
À frente do grupo, Nelson Motta, Jandira Negrão de Lima
e Braguinha (à direita). Abaixo, Clara Nunes dançando
Jongo com a ialorixá Vovó Maria Joana e o mestre
Darcy do Jongo no Morro da Serrinha, no Rio de Janeiro,
em fotografia de julho de 1980 de Wilton Montenegro
para a capa do LP de Clara "Brasil Mestiço"







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