4 de julho de 2012

Alice volta ao futuro






Preciso dizer que, quando acordei hoje de 
manhã, eu sabia quem eu era, mas acho 
que já mudei muitas vezes desde então. 

(Alice no País das Maravilhas)   



Os inúmeros trocadilhos e enigmas de matemática, de lógica, de gramática e de ocultismo cifrados nas viagens de “Alice no País das Maravilhas” (1865) e “Alice Através do Espelho” (1872) encantaram a pequena Alice Pleasance Liddell (1852–1934) desde que ela ouviu pela primeira vez os relatos da imaginação de seu professor, o matemático, poeta e pioneiro da fotografia Charles Lutwidge Dodgson (1832–1898). As aventuras da garotinha que cai no buraco do coelho e descobre um estranho mundo de simetrias e disparates também passaram a encantar uma legião infinita de leitores quando foram publicadas por Dodgson sob o pseudônimo “Lewis Carroll” – na verdade, um anagrama em analogia para “Alice Liddell”.

O pseudônimo adotado pelo professor Dodgson ganhou lugar cativo entre os grandes mestres da literatura universal e as aventuras cifradas de Alice, que causaram espanto e admiração entre seus conterrâneos e contemporâneos, resistem incólumes. Transformada em clássico dos clássicos da fantasia e das heterotopias, “Alice” atravessou as décadas e os séculos ganhando novas edições e incontáveis versões, incluindo variações e paródias em livros, histórias em quadrinhos, peças de teatro, músicas, balés, filmes, séries de TV e até videogames (como "Alice: Madness Returns", game criado para várias plataformas pelo designer American James McGee, que transformou a história em uma saga de horror). As aventuras de Alice, seja no original de Lewis Carroll ou em suas variantes em outros formatos e mídias, há tempos vêm influenciando e seduzindo listas intermináveis de artistas, entre eles nomes díspares e mestres consagrados como Walt Disney (1901–1966) e Salvador Dalí (1904–1989).









Alice Pleasance Liddell fotografada
por Lewis Carroll aos 8 anos de idade e aos
18. No alto, Alice fotografada aos 20 anos,
em 1872, por Julia Margaret Cameron.

Abaixo, as irmãs Edith, Lorina e Alice
fotografadas em 1860 por Lewis Carroll;
Também abaixo, Alice, Dodgson e uma
das ilustrações criadas por John Tenniell
para a primeira edição de
Alice no País das Maravilhas






.


O mestre dos desenhos animados, que sempre reconheceu a literatura de Lewis Carroll como influência marcante, elegeu “Alice” para seu primeiro projeto de longa-metragem nos cinemas desde que foi para Hollywood, em 1923, mas sua produção seria atropelada diversas vezes por lançamentos dos concorrentes. “Alice”, na versão dos Estúdios Disney, só seria concluído em 1951, contando com a luxuosa supervisão de Salvador Dalí. O lançamento do filme, contudo, seria precedido por desentendimentos que interromperam a promissora parceria entre o mestre dos desenhos animados e o mestre surrealista.

Disney e Dalí romperam relações antes de “Alice” chegar aos cinemas: o nome de Dalí seria eliminado dos créditos e um outro projeto ambicioso da parceria, batizado de “Destino”, que começou a ser produzido em 1945 e que tentaria recriar a obra original do professor Dodgson, ficaria inacabado. Na autobiografia “Diário de um Gênio” (Tusquets Editores), Dalí lamenta o rompimento e afirma que sua parceria com Disney poderia ter dado origem a um filme diferente de tudo o que tinha sido visto no cinema. Anos depois, no final da década de 1950, Dalí e Disney voltaram a se entender e conviveram como amigos, mas os antigos projetos não foram retomados.












Dodgson, Disney, Dalí: D'Alice



A ideia de Dalí, a princípio endossada por Disney, era apresentar sequências que lembrariam sonhos, desenvolvendo uma técnica de projeção em que a imagem seria reconhecida como algo familiar e, lentamente, forçaria a visualização de formas cada vez mais estranhas, que poderiam revelar algo novo. O projeto foi conduzido por Dalí e por John Hench, veterano roteirista e artista de confiança de Disney para a criação em storyboard, durante meses, de 1945 até o final de 1946, mas dificuldades financeiras interromperam definitivamente a produção. Depois da morte de Disney e de Dalí, o projeto “Destino” foi retomado para fazer parte de “Fantasia 2000”, mas as controvérsias não demoraram a surgir.

Quando as equipes começaram, depois de meio século, a trabalhar nos arquivos e storyboards de “Destino”, descobriram que Disney planejava com o filme retomar a literatura de Lewis Carroll com uma Alice levada à vida adulta e envolvida em sonhos sobre as emoções do primeiro amor – enquanto Dalí tinha em mente um argumento em que o deus Chronos, personificação do tempo na mitologia grega, se apaixonava radicalmente por uma mortal.



 



A parceria interrompida de dois artistas geniais:
Salvador Dalí e Walt Disney fotografados na
Espanha, na década de 1950, e trabalhando
na criação e na montagem de protótipos nos
Estúdios Disneyem Hollywood, 1948 (abaixo)








.


Ou seja: eram dois filmes diferentes. Um, descrito por Dalí como "a exibição mágica do problema da vida no labirinto do tempo"; outro, descrito por Disney como "a história simples sobre uma jovem em busca do verdadeiro amor". “Destino” seria finalmente simplificado e concluído em 2003 por Baker Bloodworth e por Roy Edward Disney, sobrinho de Walt Disney, mobilizando uma grande equipe, com o francês Dominique Monféry assinando a direção e tendo na trilha sonora a composições do mexicano Armando Dominguez criadas sob encomenda para o projeto original, em performance da cantora Dora Luz. John Hech, já aposentado e com mais de 90 anos, foi convidado a acompanhar a produção e é creditado como co-autor do roteiro, junto com Dalí e com o editor e animador Donald W. Ernst. 

A versão final de "Destino", entretanto, dividiu opiniões. Para alguns, trata-se de uma preciosidade que deixa transparecer nuances adultos presentes tanto em “Alice” quantos nas obras-primas atribuídas a Salvador Dalí e a Walt Disney; para outros, uma versão convencional e melancólica sobre um projeto que poderia ter atingido outras dimensões. Na forma de uma animação de seis minutos e apresentando apenas 18 segundos do projeto original (a sequência das tartarugas), o enredo onírico apresenta a protagonista entre imagens abstratas e estranhas figuras suspensas pelo ar. “Destino” foi exibido em festivais e chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Curta de Animação em 2003, mas não foi lançado nos cinemas nem em DVD.



      




Dois gênios: acima, "Five O'Clock Shadows in
Disney-Dalí Land" (Sombras de cinco horas da
tarde na terra de Disney e Dalí
), pintura em óleo
sobre tela de 1996 de Todd Schorr, um retrato
irônico sobre os desentendimentos durante
a polêmica parceria entre Disney e Dalí.

Abaixo, uma imagem 
em que o encontro de
Disney e Dalí, metamorfoseados 
em tartarugas,
forma ao centro uma figura feminina, n
a
sequência final de Destino
Também abaixo,
a íntegra do filme que foi 
concluído e
lançado em DVD em 2003




      






Apaixonados pela literatura de Lewis Carroll desde a infância, Disney e Dalí se aproximaram depois de um jantar em 1945 na casa de Jack Warner, o todo-poderoso chefão da Warner Brothers. Dalí, que naquela época estava contratado para criar a sequência do pesadelo do personagem de Gregory Peck em “Spellbound” (1945), de Alfred Hitchcock, chegou a Hollywood precedido pelo sucesso como artista plástico e como criador de duas obras-primas do cinema e do Surrealismo: “Um Cão Andaluz” (1928) e “A Idade do Ouro” (1930), realizados em parceria com Luis Buñuel.



Política da Boa Vizinhança



A parceria com Salvador Dalí aconteceu em um período especialmente difícil para Walt Disney. O projeto de “Fantasia” (1940), que consumiu anos de produção e teve altos custos, não alcançou sucesso comercial. A situação piorou mais ainda com a drástica redução do mercado de exibição na Europa, em decorrência da Segunda Guerra. Disney perdeu as linhas de crédito do Bank of America e, para não perder os estúdios, passou a fazer todo tipo de concessão comercial e a colaborar com o FBI e as forças armadas.

É nesta época – no intervalo entre as produções de “Bambi” (1942) e “Cinderela” (1950), considerado o período mais fraco de sua trajetória na arte da animação – que Disney é forçado por seus credores a se envolver com a produção de filmes para treinamento militar e propaganda, incluindo “Alô, Amigos” (“Saludos Amigos, 1943) e “Você Já Foi à Bahia?” (“The Three Caballeros”, 1945), projetos sob encomenda para a “política da boa vizinhança” do governo dos EUA com o objetivo de aproximação com o Brasil e demais países da América Latina.







Terminada a Segunda Guerra, Disney participa da Aliança do Cinema para a Preservação dos Ideais Estadunidenses, com a meta de combater o comunismo no meio artístico, e presta voluntariamente diversos depoimentos na Comissão de Atividades Antiamericanas, um "comitê de caça aos comunistas" comandado pelo senador republicano Joseph McCarthy. Do primeiro encontro, em 1945, até o rompimento da parceria, em 1950, Disney e Dalí mantiveram sigilo sobre os projetos de “Alice” e “Destino”, que envolveram um grande número de contratados nas equipes técnicas, substituídas continuamente.

Para ensinar a Dalí as técnicas de animação do estúdio foi convocado John Hench, artista que tinha trabalhado com Disney em “Fantasia” (1940), “Dumbo” (1941) e “Bambi” (1942). Para protagonista de “Alice”, Disney queria Ginger Rogers, estrela dos musicais, contracenando com os desenhos animados, que por sua vez seriam baseados nas ilustrações de John Tenniel publicadas na primeira edição do livro de Lewis Carroll. A meta de Disney era aprimorar com “Alice” a tecnologia inaugurada por seus estúdios em “Você Já Foi à Bahia”, que trouxe Aurora Miranda, irmã de Carmen Miranda, cantando e dançando em cena com os desenhos do Pato Donald e do Zé Carioca.








   



Como não conseguiu contratar Ginger Rogers, que estava envolvida em outros projetos simultâneos, Disney passou dois anos fazendo testes e audições com mais de 200 atrizes. Por fim, escolheu Kathryn Beaumont como modelo de referência para o trabalho das equipes de desenhistas e dos técnicos de animação. Kathryn estava com 10 anos na época dos testes de seleção, no final de 1948. Ela havia participado de filmes da série “Lassie” e teve pequenos papeis em musicais. Após atuar na produção de “Alice”, também participou como modelo e dubladora de Wendy Darling, a garotinha de Peter Pan, filme de 1953 dos estúdios de Walt Disney.



Alice em heliogravura



Acontece que mesmo depois de todo o investimento, Disney não ficou satisfeito com as sequências misturando atores aos cenários em desenho animado para “Alice” e alterou os rumos do projeto, retornando ao roteiro com 100% de desenhos em animação. Quando o filme chegou aos cinemas, não foi um fracasso, mas também não alcançou o sucesso de público e crítica que era esperado. Entretanto, mesmo não estando entre seus maiores sucessos comerciais, a versão de “Alice” por Disney marcou o imaginário coletivo com qualidades que sobreviveram ao tempo e continua encantando crianças e adultos. Tal e qual o estranho livro escrito com exatas 36 mil palavras pelo professor Charles Lutwidge Dodgson.













Salvador Dalí com Alfred Hitchcock
em Hollywood, em 1944, na época em
que a parceria com Dalí rendeu ao Mestre
do Suspense ideias e sequências muito
especiais, entre elas as cenas do pesadelo em
"Spellbound" (Quando Fala o Coração),
filme de 1945. Abaixo, Dalí brincando com
crianças em 1952, em Paris, em foto de
Francesc Català-Roca; e no célebre estudo
"Dalí Atômico", que foi arquitetado e
produzido por Dalí em parceria com
Philippe Halsman em 1948










Depois da experiência interrompida com Disney, Dalí retornaria ao universo de “Alice” em vários outros projetos, incluindo o documentário “Impressões de Alta Mongólia” (1975), no qual apresenta a história sobre uma expedição em busca de cogumelos alucinógenos gigantes. Alusões a “Alice” também surgem em produções do mestre surrealista para estilistas de moda como Elsa Schiaparelli e Christian Dior, além de seus trabalhos em parceria com os fotógrafos Man Ray, Brassaï, Beaton e Philippe Halsman. Mas a tradução mais completa de Dalí para a obra de Lewis Carroll só seria conhecida em 2009, uma década após a morte do mestre surrealista.

Trata-se de uma série de ilustrações que Dalí produziu em policromia no processo conhecido como heliogravura, em que a impressão das imagens é feita através de placas gravadas em baixo-relevo. Identificada com a data de 1969, a série, que teria sido idealizada para uma edição especial de “Alice no País das Maravilhas”, foi descoberta nos arquivos que Dalí deixou na Catalunha, Espanha, e apresenta 13 ilustrações: uma capa e uma imagem para cada um dos capítulos do livro de Lewis Carroll.













"Alice" na versão de Dalí: acima,
imagem da capa e ilustrações
dos capítulos "Para baixo na toca
do coelho" e "A lagoa de lágrimas"




A série de ilustrações sobre “Alice” e outros trabalhos de Dalí, depois de uma negociação com os herdeiros, foram liberados para uma exposição permanente instalada na William Bennett Gallery, em Manhattan, Nova York, intitulada “O Universo Surreal de Salvador Dalí”. Os títulos de cada capítulo e as ilustrações do mestre surrealista resumem o itinerário da viagem de Alice:

"Para baixo na toca do coelho", "A lagoa de lágrimas", "Uma corrida de comitê e uma longa história", "O coelho manda Bill O Lagarto", "Conselho de uma lagarta", "Porco e pimenta", "Um chá maluco", "O jogo de críquete no campo da rainha", "A história da falsa tartaruga", "A dança da lagosta", "Quem roubou as tortas?" e "O depoimento de Alice", por certo, continuarão sua viagem rumo ao futuro, como tem sido nos últimos 150 anos da história – conforme previsto naquelas situações enigmáticas e nos diálogos fantásticos imaginados por um certo Lewis Carroll:

Alice: Quanto tempo dura o eterno?
Coelho: Às vezes apenas um segundo...



por José Antônio Orlando.


Como citar:

ORLANDO, José Antônio. Alice volta ao futuro. In: Blog Semióticas, 14 de julho de 2012. Disponível no link http://semioticas1.blogspot.com/2012/07/alice-volta-ao-futuro.html (acessado em .../.../...).


 





















"Alice no País das Maravilhas" na versão
de Salvador Dalí: a partir do alto, ilustrações
para os capítulos "Uma corrida de comitê e uma
longa história", "O coelho manda Bill O Lagarto",
"Conselho de uma lagarta", "Porco e pimenta",
"Um chá maluco". Abaixo, "O jogo de críquete
no campo da rainha", "A história da falsa
tartaruga", "A dança da lagosta", "Quem roubou
as tortas?" e "O depoimento de Alice"















27 comentários:

  1. Maria Alice Fonseca4 de julho de 2012 às 19:22

    Ai, meu Deus... Estou emocionada. Aprendi horrores, no bom sentido, claro, e viajei junto com você e com Alice. Que história, que página, que blog... Estou sem palavras, mas preciso registrar aqui do fundo do coração: parabéns e muito, muito, muito obrigada por esta emoçao. Os anjos vão retribuir...

    Maria Alice Fonseca

    ResponderExcluir
  2. Caro José Orlando, não é só "simplesmente" adorável, é um primor de reportagem deste blog. Considero uma produção impecável. Fico contente e agradecida por apreciar mais um trabalho seu.

    Sonia Cruz

    ResponderExcluir
  3. Eu tive o privilegio de ser seu aluno e agora tenho a sorte de encontrar em seu blog estes dois posts maravilhosos sobre o livro de minha vida. Se Alice até hoje é esta coisa mágica, estranha para os sentidos e para o pensamento, fico imaginando como foi a muitos anos atrás. Acho que as altas literaturas e a grande arte, como você dizia meu querido professor, tem que tirar a gente do sério e fazer a gente se sentir diferente e alterado para melhor. Cheguei agora ao seu blog e ele virou meu favorito em um segundo. Apenas o céu na terra. Abraço cheio de saudade.

    Carlos Alexandre da Costa

    ResponderExcluir
  4. Uma beleza sem tamanho. Engraçado como seu texto faz a gente entender melhor uma coisa tão profunda e difícil e ainda apresenta uma aula saborosa sobre cada uma destas três personalidades no jeito que fez o arranjo sobre Dodgson, Disney, Dalí. Imagens de tirar o fôlego. A cada visita que faço ao seu blog fico mais encantada.

    ResponderExcluir
  5. parabéns por tantas coisas lindas me encontrei por aqui!!!

    ResponderExcluir
  6. Sua habilidade com os textos e as imagens é soberbo. Amei esta história sobre Dodgson & Disney & Dalí e já li várias vezes e acho perfeita. Esta página e a outra, “Alice Vai ao Futuro”, merecem estar nas edições de Lewis Carroll, porque acrescentam muito no entendimento mesmo para quem, como eu, sou fanático de longa data por “Alice”. É sempre divertido encontrar um clássico como este retrabalhado por alguém que tem um toque de mestre. Obrigado novamente, de novo e de novo.

    Douglas Jacek

    ResponderExcluir
  7. Adoro este seu artigo Zé Orlando e se me permitir vou acrescentar uma informação. A atriz que fez Alice no primeiro filme (1958/59) chamava-se Jane Asher; era uma garotinha ruiva, de origem britânica despontando no cenário artístico e que anos mais tarde viria a ser noiva de Paul McCartney. Terminado o noivado em 1968, ela se casaria mais tarde com Gerald Scarfe, o mago ilustrador de The Wall - O Filme. De certa forma ela viveu e vive maravilhas entre maravilhas!
    Abraços,

    Celina Beatriz Villanova

    ResponderExcluir
  8. Thaís Alves dos Santos9 de julho de 2012 às 13:38

    Amo seu blog porque ele é poesia pura. E tem sempre uma surpresa reservada para cada visita que a gente faz. Tudo do mais alto nível. Parabéns! Sou fã de carteirinha.

    ResponderExcluir
  9. Excelentes o blog e o texto!

    ResponderExcluir
  10. Ana Letícia de Oliveira15 de julho de 2012 às 10:42

    O livro do professor Dodgson foi o mais marcante de todos os que encontrei desde que descobri a leitura. Por isso vou recorrer a ele e a um dos ensinamentos que Alice aprendeu naquela viagem para comentar este seu blog Semióticas, meu querido José Antônio Orlando:
    A importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros. A importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós.
    No meu caso, o encantamento deste Semióticas foi imensurável. Parabéns e boa sorte, sempre!

    Ana Letícia de Oliveira

    ResponderExcluir
  11. Magníficos: o blog e as curiosidades envolvendo Alice!
    Parabéns pelo excelente trabalho realizado!

    ResponderExcluir
  12. Sou fascinado pela literatura de Lewis Carroll desde que li "Alice no País das Maravilhas" há mais de 30 anos e preciso confessar que estes dois ensaios brilhantes em seu blog - Alice vai ao futuro e Alice volta ao futuro - são os melhores que já encontrei sobre o assunto. Conheço livros que analisam "Alice", teses de mestrado e doutorado, sites, muitos dos filmes que tentaram adaptações e posso dizer com segurança que estes dois ensaios são as abordagens mais brilhantes e fieis ao espírito dos originais. Só por eles seu blog já merecia um destaque na minha lista de favoritos e todos os prêmios. Mas não é só isso. Esta semana li a maioria dos mais de 80 ensaios que você publicou aqui e cada um é melhor que o outro. Estou mesmo impressionado. Você tem o dom do sortilégio...

    ResponderExcluir
  13. Marisa dos Santos Anjos5 de agosto de 2012 às 10:32

    Esta história ainda vai render muitas novas versões, muitas novas edições e muitos filmes. Preciso registrar que seu blog é um primor. Se não fosse pelas 80 outras páginas de maravilhas, só esta aqui, "Alice volta ao futuro", e a outra, "Alice vai ao futuro", já garantiam a medalha de ouro. Parabéns. Virei fã.

    ResponderExcluir
  14. Como sempre, texto fantástico e conhecimento impressionante. Um dos melhores blogs sobre cultura da net.

    ResponderExcluir
  15. Concordo com os elogios registrados pelo Cláudio Oliveira. Semióticas, hoje, é um dos melhores entre os sites de cultura. Digo isso por experiência própria: meu mestrado teve a literatura de Lewis Carroll como referência e preciso confessar que há, nestes dois ensaios que você apresenta, “Alice vai ao futuro” e “Alice volta ao futuro”, informações preciosas que, para mim, são novidades absolutas. Sem contar os outros 80 ensaios aqui publicados em páginas sofisticadas e belíssimas.
    Admiro muito seu trabalho, José. Parabéns.

    Marilena Bianchi

    ResponderExcluir
  16. cara, adoro estes artigos. É uma das melhores coisas que encontro na internet. Obrigada

    ResponderExcluir
  17. Parabéns, José! Mas vou registrar aqui que, quando cheguei hoje ao seu site, levei um susto. Compartilhei uma foto de Salvador Dalí que adoro, no Facebook, e quando cliquei no link, achando que fosse encontrar uma páginas destas que há hoje aos milhares, com a foto e algum comentário tolinho e ralinho... O que encontrei foi uma revista eletrônica surpreendente e da melhor qualidade, com ensaios dos mais elaborados, dos mais inteligentes e belos que já encontrei, dentro ou fora da internet.
    Estes seus ensaios que estão no blog já foram publicados em livro? Aguardo sua resposta e insisto: seu site é fantástico. Um show!
    Obrigado por compartilhar tanto conhecimento e bom gosto!
    (Também enviei uma proposta e meus contatos para seu e-mail semioticas@hotmail.com)

    Maria Alice Nathanael

    ResponderExcluir
  18. Kelly Cristina Nascimento9 de dezembro de 2013 às 20:05

    Sem palavras. Esta página do seu blog, e todas as outras, me deixaram emocionada. Agradeço. Parabéns!

    ResponderExcluir
  19. Seu blog é maravilhoso, professor. Acho que é o melhor de todos os que já visitei.

    Bruna Castelari

    ResponderExcluir
  20. Visitei agora suas duas páginas de Alices e fiquei com lágrimas nos olhos. Amei. Também acho que este Semióticas é o melhor de todos os blogs que já visitei. Parabéns pelo alto nível e por tanta beleza que deixa a gente comovida.

    ResponderExcluir
  21. Sensacional! Que matéria, que site! Compartilho e agradeço aos céus porque te encontrei, meu querido autor deste Semióticas. Parabéns demais!!!

    ResponderExcluir
  22. Destino é uma obra separada, ou é uma extensão de "Alice no país das maravilhas"?

    ResponderExcluir
    Respostas

    1. Olá, Deni. Sua presença é muito bem-vinda. O filme "Destino" só foi concluído em 2003 pelos estúdios Disney, conforme comentei no texto, mas só chegou a ser exibido em festivais, não sendo lançado nos cinemas nem em DVD porque não houve acordo entre os herdeiros de Disney e os herdeiros de Dalí. É um belíssimo filme, como você pode conferir pelo link que compartilhei. Oficialmente, é uma obra separada, independente do filme de 1950 dirigido por Disney com a luxuosa (e não-creditada) colaboração de Dalí. Mas como tem muitos elementos relacionados a "Alice", também pode sim ser considerado uma extensão ou complemento para o filme lançado em 1950. Forte abraço.

      Excluir
  23. Marco Antonio Nogueira27 de janeiro de 2016 às 13:49

    Parabéns pelos trabalhos espetaculares que você está publicando neste seu blog Semióticas, José Antônio Orlando. Parabéns pela clareza, pela inteligência e pela beleza das imagens selecionadas. Agradeço sinceramente por sua generosidade em compartilhar tanta sabedoria. Ganhou mais um fã de carteirinha.

    Marco Antonio Nogueira

    ResponderExcluir
  24. Achei impressionante este blog Semióticas e escrevo meu primeiro comentário nesta postagem sobre Alice e Dalí e Disney porque foi por esta postagem que cheguei aqui. Parabéns pelo alto nível, professor José Antônio Orlando. Quem recomendou seu blog e enviou o link foi minha amiga Carolina, que foi sua aluna na Fumec em BH. Ela disse que você foi o melhor professor da vida e pelo que encontrei aqui neste blog Semióticas não tenho dúvidas de que a Carol não exagerou. Parabéns demais. Ganhou mais um fã.

    Lucas Teixeira

    ResponderExcluir
  25. Espetacular coleção de imagens e texto impecável, muito esclarecedor e profundo. Esta postagem e as outras duas sobre Alice ("Alice vai ao futuro" e "Alice surrealista" que encontrei aqui valem por uma aula ou por um curso inteiro. Amei, amei. Muito obrigada por compartilhar. Tudo neste blog Semióticas é um encanto.

    Viviane Pessoa

    ResponderExcluir

( comentários anônimos não serão publicados )

Todas as páginas de Semioticas têm conteúdo protegido.

REPRODUÇÃO EXPRESSAMENTE PROIBIDA.

Contato: semioticas@hotmail.com

Outras páginas de Semióticas