19 de julho de 2011

Alice vai ao futuro

















Quando, em 1865, o matemático inglês apaixonado por jogos e enigmas e pioneiro da fotografia Charles Lutwidge Dodgson (1832-1898), hoje conhecido pelo pseudônimo de Lewis Carroll, publicou o romance "Alice no País das Maravilhas", encontrou um sucesso inesperado e também muitos problemas. A começar pela primeira edição, de 2 mil exemplares, que mal saiu da gráfica, na época, e foi recolhida pelo ilustrador John Tenniel, sob a alegação de que a qualidade da impressão estava ruim.

Tenniel, patrocinador, destruiu a maioria dos livros. A edição seguinte, bancada pelo próprio professor Dodgson, esgotou em pouco tempo e rendeu ao autor um processo por ir contra os bons costumes e escrever um livro incompreensível. Depois vieram outras edições, mas os poucos exemplares que sobreviveram daquelas primeiras tiragens hoje são guardados a sete chaves. Em 1998, um deles foi leiloado por US$ 1,5 milhão. 

"Alice no País das Maravilhas" foi escrito pelo professor Dodgson com exatas 36 mil palavras, a pedido de Alice Pleasance Liddell, uma garotinha que na época tinha 10 anos e que era filha do reitor da escola onde Dodgson lecionava. O retrato de Alice Liddell, a fotografia mais conhecida feita pelo professor Dodgson (reproduzida acima), está completando 150 anos.







Alice vai ao futuro: acima e abaixo,
ilustrações da edição britânica da
década de 1960 que fez homenagem ao
centenário da primeira edição do clássico
Alice in WonderlandNa imagem do alto
da página, Alice, em tradução, desenhos e
projeto gráfico que o designer mineiro
Rafael Resende realizou a partir do texto
original e das ilustrações incluídas na primeira
edição do livro clássico de Lewis Carroll.

A partir do alto, Lewis Carroll, na verdade
Charles Lutwidge Dodgson, (o pseudônimo
"Lewis Carroll" era um anagrama para o nome
"Alice Liddell") em três autorretratos solitários e
em um passeio com sua amiga Louise, esposa do
escritor George MacDonald, e seus quatro filhos;
também acima, os irmãos Liddell, Alice, Lorina,
Harry (o irmão mais velho) e Edith, em fotografia
de 1860; e Alice Pleasance Liddell aos 8 anos,
em fotografia de Lewis Carroll datada
de julho de 1860








Charles Lutwidge Dodgson era amigo da família e se dizia perdidamente apaixonado pela inteligência de Alice, a quem fotografava com certa frequência. Durante um passeio de barco no rio Tâmisa, com Alice e outras crianças, o professor contou uma história engraçada e de puro nonsense sobre uma garotinha que segue um coelho e começa a viver uma aventura fantástica. Anos depois de sua morte, o professor Dodgson ganharia popularidade no mundo inteiro com seu pseudônimo: Lewis Carroll, autor de “Alice no País das Maravilhas”.



Nudez, jogos, ilusionismo



Apaixonado por magia, ilusionismo e todo tipo de jogos, Dodgson gostava de teatro e era frequentador de ópera. Nunca se casou, mas manteve uma relação amorosa por toda a vida com a atriz Ellen Terry, o que também escandalizava a sociedade de sua época. Algumas das acusações que se fazia ao professor Dodgson perduram até nossos dias – a mais cruel delas é que ele tinha um comportamento obsceno e pedófilo.







A acusação vem da amizade que o professor mantinha com Alice e outras garotinhas, mas tudo não passava de suspeitas: nunca ficou provado nenhum delito contra ele. As amizades eram aprovadas pelas famílias e algumas também autorizaram Dodgson a fotografar as garotas. Mas ele temia que a divulgação das imagens pudesse causar problemas às famílias e às crianças, motivo pelo qual pediu em testamento que, após morte, todas as fotografias fossem destruídas ou devolvidas às crianças e a seus pais.

Algumas das fotos de Alice e das outras meninas, por sorte, sobreviveram e foram reunidas em 1995 no livro publicado por Carol Mavor, “Pleasures Taken - Performances of Sexuality and Loss in Victorian Photographs". Versão da tese acadêmica que a autora apresentou na Duke University, o livro apresenta um estudo sobre as fronteiras entre a arte e o obsceno a partir das primeiras fotografias produzidas na Inglaterra sob o reinado da austera e puritana Rainha Vitoria (1819-1901).

A partir da análise das fotografia de Dodgson e de outros fotógrafos pioneiros da segunda metade do século 19 (incluindo Julia Margaret Cameron, autora da foto que ilustra a capa do livro), Carol Mavor faz uma defesa veemente da arte e da personalidade do autor de “Alice no País das Maravilhas”, descrito como alguém muito à frente de seu tempo. O livro de Carol Mavor inclui uma seleção de imagens surpreendentes, como a foto da menina Evelyn Hatch, fotografada por Dodgson em 1878 totalmente nua.




















No alto, a capa da primeira edição do
livro de Carol Mavor. Acima, a pequena
Evelyn Hatch, que foi fotografada por
Lewis Carroll em 1878 totalmente nua.
Acima, ilustrações da edição britânica para
o centenário de Alice; e The Elopement,
de 1865, um dos vários estudos fotográficos
refeitos por Lewis Carroll durante décadas.

Abaixo, Alice Liddell (à direita) e suas
irmãs Edith e Lorina fotografadas por
Dodgson em 1858; e as irmãs Lorina, Edith
e Alice já adultas, em 1872, em fotografia
de Julia Margaret CameronTambém abaixo,
Alice fotografada por Dodgson em 1858 e
duas ilustrações criadas por John Tenniel
para publicação original de 1865 de
Alice no País das Maravilhas: o encontro
com Humpty Dumpty, personagem folclórico
de uma canção de ninar, descrito por Lewis Carroll
como um ovo gigante; e com Dodô, pássaro
gigante que não voava e habitava as Ilhas Maurício,
no Oceano Índico, sendo que a espécie foi dizimada
por marinheiros famintos no século 16


















As edições brasileiras já reuniram as obras completas de Lewis Carroll, à exceção de seus estudos de lógica e matemática e dos seus manuais manuscritos com instruções sobre passes de mágica e truques de ilusionismo – alguns dos quais se tornaram muito comuns no mundo inteiro, como a modelagem de um camundongo com um lenço para em seguida fazê-lo pular misteriosamente com a mão e as dobraduras para fazer chapéus e barquinhos de papel. 

Além de “Alice no País das Maravilhas” e “Alice no País do Espelho”, foram publicados no Brasil “Algumas Aventuras de Silvia e Bruno”, “Rimas no País das Maravilhas”, “A Caça ao Turpente” e “Obras Escolhidas”, coletânea de seus contos e histórias curtas. Outro livro, o mais polêmico de todos, foi publicado em 1997 pela editora 7 Letras: "Cartas às suas amiguinhas", que como indica o título reúne o conteúdo das cartas de Lewis Carroll às meninas com quem ele se relacionou. Nas cartas, o autor revela a mesma personalidade, tão ingênua quanto enigmática, que consagrou na literatura universal a presença de Alice.











Piadas e trocadilhos visuais
 

Traduzidas para mais de 50 línguas, as incríveis aventuras da garota que foi parar em um mundo inacreditável após cair na toca do coelho ganharam muitas versões e variantes pelo mundo afora. A mais recente, dirigida pelo cineasta norte-americano Tim Burton, entusiasta do fantástico e do sobrenatural, dividiu opiniões – exatamente como tem sido há décadas e décadas com o próprio livro de Lewis Carroll, que já provocou processos e acusações delirantes de pedofilia, má influência, elogio da loucura e outras blasfêmias.

O teor mais provocante das aventuras de Alice, contudo, perde-se inevitavelmente nas traduções. Muitos enigmas e situações ambíguas contidos no livro são quase que imperceptíveis para os leitores atuais, com suas tiradas filosóficas e por vezes absurdas, suas palavras-valise (“alicinações” é uma delas) e suas muitas referências cifradas, incluindo as piadas e os trocadilhos lógicos que só fazem sentido na língua inglesa. 


 




Nas livrarias e na cultura pop, quase 150 anos após a primeira edição do clássico de Lewis Carroll, viagens ao mundo dos sonhos, monstros, seres encantados, magia e poderes sobrenaturais – que por incrível que pareça provocaram a repulsa sobre Alice de muitos leitores e críticos mais puritanos no último século – nunca fizeram tanto sucesso, incluindo a saga milionária saída dos livros com as aventuras do bruxo adolescente Harry Potter, que descobre um outro mundo quando entra para uma escola de magia, e dos romances da saga "Crepúsculo", sobre a garota que cai em um mundo fantástico e delirante, povoado de criaturas surreais, quando descobre o amor por um vampiro.

A Alice imaginada por Lewis Carroll teve dezenas de versões no cinema, no decorrer do século 20, e permanece como presença marcante adaptada para mídias diversas e formatos diversos, incluindo histórias em quadrinhos, teatro, TV, videogames e também no mundo da moda, como é o caso do célebre editorial fotografado por Annie Leibovitz para a revista "Vogue" em 2003, com estilistas do primeiro time no papel de personagens do livro apresentando criações de figurinos de alta costura para a Alice interpretada pela modelo Natalia Vodianova. 

Nos últimos anos, a publicidade em torno da superprodução para o filme de Tim Burton sobre "Alice no País das Maravilhas" (fotos abaixo) impulsionou e continua impulsionando o lançamento de novas edições e novas versões do clássico da literatura fantástica assinado por Lewis Carroll. Entre os muitos lançamentos, algumas edições são dignas de nota, entre elas a versão do artista plástico Luiz Zerbini (editora Cosac Naify), com ilustrações autorais feitas com maquetes de cartas de baralho de diversos países.

Também merecem destaque, entre vários outros, o mineiro de Belo Horizonte Rafael Resende, com “Alice" (editado pela 2 Pontos Wide Business); outro mineiro de Juiz de Fora, Arlindo Daibert (1952-1993), com uma sequência espelhada nomeada como Alice no País das Maravilhas" produzida com ilustrações de grafite e lápis de cor sobre papel, atualmente no acervo do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; o espanhol Iban Barrenetxea, premiado em 2010 pela Sociedade Lewis Carroll do Reino Unido por sua coleção de aquarelas baseadas na história original e publicadas em uma edição de "Alice" pela editoria Anaya (Espanha); e a uruguaia Verónica Leite, com “Uma história para Alice” (Editora Melhoramentos), autores de trabalhos surpreendentes que dialogam com o original de Lewis Carroll e estendem as fronteiras da história que todos sabemos de cor e salteado.






























.



Alice vai ao futuro: acima, Tim Burton 
durante as filmagens de Alice (2010), que teve
a atriz australiana Mia Wasikowska no papel
principal. Abaixo, Alice, a Lebre Maluca e o
Chapeleiro Louco em uma das ilustrações
do espanhol Iban Barrenetxea, que foi
premiado em 2010 pela Sociedade
Lewis Carroll do Reino Unido; e uma das
sequências de Alice: Madness Returns,
videogame criado em 2001 pelo designer
American James McGee, que transformou
em uma saga de horror a história original.

Também abaixo, Fiona Fullerton em cena de
Alice no país das maravilhas, superprodução
britânica para o cinema de 1972 com direção
de William Sterling; a primeira versão para
cinema de Alice, no curta de 1903 com
roteiro e direção de Cecil Hepworth e
Percy Stow; e uma releitura para Alice
com a modelo Natalia Vodianova no
editorial fotografado por Annie Leibovitz
para a revista Vogue em 2003, que também
teve como modelos, entre outros, os estilistas
Stephen Jones (Chapeleiro Louco), Christian
Lacroix (Lebre Maluca), Jean-Paul Gaultier
(Gato de Cheshire) e Tom Ford (Coelho Branco)
































Escrita, ilustrada e apresentada em belo projeto gráfico – cheio de inovações inteligentes e saborosas – pela premiada autora e ilustradora de livros infantis Verónica Leite, a edição de "Uma História para Alice" tem surpresas inteligentes para leitores de todas as idades que atualizam as incontáveis ironias e alegorias com palavras e números inventadas por Lewis Carroll. 



Antes e depois da viagem



Autora de "El Mandado del Tatú" e "Un Misterio para el Topo", premiados no Uruguai, seu país de origem, Verónica Leite investe no contexto histórico da Inglaterra da era vitoriana, em que foi criado o texto mais célebre de Lewis Carroll, e aposta principalmente na inteligência do leitor, acrescentando um "antes" e um "depois" à narrativa sobre a "viagem" delirante de Alice.






Acima, Alice Pleasance Liddell aos 6 anos,
 em 1858, em fotografia de Lewis Carroll.
Abaixo, Alice no País das Maravilhas
na versão do artista plástico brasileiro
Luiz Zerbini, que em 2010 lançou em livro
sua tradução do clássico de Lewis Carroll
com ilustrações autorais feitas de maquetes
de cartas de baralho de diversos países.

Também abaixo, uma sequência de
quatro ilustrações em grafite e lápis de
cor sobre papel criadas em 1979 pelo
artista Arlindo Daibert, nomeada como
Alice no País das Maravilhas, atualmente
no acervo do Museu de Arte Moderna do
Rio de Janeiro (MAM/RJ); e a ilustração
da capa de Uma História para Alice
da escritora e ilustradora uruguaia
Verónica Leite com humor e enigmas
cifrados para crianças e adultos






















O livro-álbum de Verónica Leite, que traz enigmas visuais para o leitor adulto, por certo vai encantar os pequenos ao brincar com forma e conteúdo para contextualizar a origem da história: o passeio de barco no rio Tâmisa do professor Dodgson com a pequena Alice Liddell, sua preferida, na época com 10 anos, e suas duas irmãs, Edith e Lory. Verónica reconstitui a cena, diálogos, trajeto, até que a pequena Alice convence o professor a escrever aquela história mirabolante de números, cálculos, sonhos e seres inacreditáveis. À viagem de Dodgson e de Alice pelo mundo da lógica e da matemática, a nova versão de Verónica Leite acrescenta citações sofisticadas e bem-humoradas.

Bem no espírito da narrativa original, a autora investe em detalhes à margem das páginas: à Rainha Vitória, símbolo do moralismo extremado da época em que viveram Alice Liddell e o professor Dodgson, e a grandes escritores dos domínios do fantástico e do mundo maravilhoso dos sonhos que vieram antes e depois dele, entre eles Shakespeare, Swift, Freud, Borges, mais The Beatles (que adaptaram a história de Alice e Dodgson em “I Am the Walrus”) e os mestres surrealistas Dalí, Chagall, André Breton, Magritte e Paul Klee. Um deleite inteligente – para cativar leitores de todas as idades.








O chapeleiro é louco e a lebre é maluca


Outra edição de “Alice”, produzida em Belo Horizonte por Rafael Resende, não é menos surpreendente e inteligente. Para comemorar seu aniversário de 10 anos, a 2 Pontos Wide Business lançou o livro em belíssimo projeto gráfico, desenvolvido pelo próprio Rafael Resende, que também traduziu o texto original e elaborou uma série de sofisticadas ilustrações (imagem abaixo).

Rafael, que trabalha como ilustrador, conta que o livro teve origem como projeto de graduação em Design Gráfico na UEMG. "Foi um presente esta proposta para editar o livro", comemora. Além da dedicação profissional às ilustrações, ele também trabalha como fotógrafo de eventos, incluindo aniversários, casamentos e formaturas. Uma amostra do trabalho de Rafael Resende está disponível em seu site (clique aqui).






Traduzida para o português, a "Alice" de Rafael Resende é fiel ao extremo ao original em inglês, repleta de trocadilhos e ironias sutis. A pesquisa de Rafael também avançou pela biografia de Lewis Carroll e da garota Alice Liddell, investigando sutilezas que virariam a inspiração do escritor para inventar a incrível personagem que segue um coelho branco e descobre um mundo onírico com estranhas criaturas depois de cair num buraco.

Perfeccionista, o designer de Belo Horizonte pesquisou a linguagem figurada do livro original de Lewis Carroll para representar expressões ligadas à cultura popular da época vitoriana. Na versão de "Alice" segundo Rafael Resende, personagens como o Chapeleiro Louco e a Lebre Maluca ganham sentidos insuspeitados e muitas vezes surpreendentes. Um deles: antigamente, na Inglaterra, os chapeleiros usavam mercúrio na confecção de chapéus e muitos deles sofriam de demência pelo contato excessivo com o produto. Enlouqueciam. 











Alice vai ao futuro: no alto, uma cena de
"Alice" (Néco z Alenky), premiado filme de 1988
do diretor checo Jan Svankmajer, versão em tom
surrealista para o livro de Lewis Carroll. Acima e
abaixo, "Alice" na versão Disney, que na verdade
foi o primeiro projeto para um filme de
longa-metragem dos estúdios criados por
Walt Disney, ainda na década de 1920, mas
o projeto só seria concluído e lançado nos
cinemas em 1951, com uma colaboração
polêmica e não creditada de Salvador Dalí












Já a Lebre Maluca vem da sabedoria de um dito popular daqueles tempos, "louco como uma lebre de março": as lebres que habitam os campos e bosques do Reino Unido costumam procriar neste mês e, por conta do cio, ficam completamente descontroladas, em estado de euforia, à beira da loucura. Entre outras histórias saborosas que dialogam com o original de Lewis Carroll, Rafael Resende lembra, na entrevista, do filme que Walt Disney fez baseado nas aventuras da garotinha no país das maravilhas. Ele diz que sempre gostou muito do visual da versão Disney e que ele é uma inspiração inevitável porque faz parte do imaginário coletivo.

Lançado somente em 1951, “Alice” foi, na verdade, o primeiro projeto de Walt Disney, mas demorou décadas para ser concluído. A versão final, que teve problemas com a censura no Pós-Guerra, incluiu a colaboração não creditada e polêmica de Salvador Dalí, que terminou com o rompimento entre Disney e o artista espanhol e sobre a qual há muitas versões e rara documentação (sobre a parceria entre Disney e Dalí, veja também Semióticas: Alice volta ao futuro). Mesmo não estando entre os maiores sucessos comerciais dos estúdios Disney, “Alice” tem qualidades que sobreviveram ao tempo e continua encantando crianças e adultos de todas as idades. Tal e qual o estranho livro das aventuras de Alice Pleasance Liddell escrito por um certo professor Dodgson.


por José Antônio Orlando. 


Como citar:

ORLANDO, José Antônio. Alice vai ao futuro. In: Blog Semióticas, 19 de julho de 2011. Disponível no link http://semioticas1.blogspot.com/2011/07/alice-vai-ao-futuro.html (acessado em .../.../...).



Para comprar o livro "Alice no país das maravilhas",  clique aqui.














41 comentários:

  1. Nossa.. eu sabia que Alice tinha várias vertentes, mas não sabia que eram tantas, e cada uma mais curiosa que a outra. Fiquei interessadíssima em conhecer essa versão do Rafael Resende, mas não consigo encontrar. Vou ver se encontro em outro lugar além do site dele.
    Abraço

    ResponderExcluir
  2. Professor, como sempre: sensacional!
    Parabéns!

    ResponderExcluir
  3. Sabe o quanto me encanta o (sem)sentido que Lewis dá ao que escreve! Mas cega de amor, descontento-me com algumas versões, principalmente com as da Disney e mais ainda a de Tim Burton (dele gosto muito, mas vejo aí o filme menos "Burtoniano" possível).

    Quanto ao encantamento, digo que o senhor Dodgson conseguiu ser eterno e atemporal (apesar de enigmas da época, sarcasmos políticos, piadinhas internas entre outras alfinetadas ao seu tempo), ele é como a hora do seu chá maluco - deve ser relido como o chapeleiro senta na próxima cadeira, porque nunca é hora de terminar o chá.

    Dá espírito ao discurso, sobre o tempo (As portas são possíveis futuros (escolhas), e uma chave (você) as destranca. "O tempo é um Senhor e detesta ser desperdiçado". "E se você mantivesse boas relações com o Tempo, ele faria quase tudo o que você quisesse".), sobre paixão ("Em minha mente imaginei a Rainha de Copas como uma espécie de encarnação da paixão ingovernável, uma fúria cega e desnorteada" L.C)e sobre outras coisas...

    Encantamento maior ainda é a fuga da realidade, sonhar (favor, nunca ler ou dizer como "impossível") - é ver por outra (semi)ótica o que lhe parece comum.

    ResponderExcluir
  4. Também não consegui encontrar a versão do Rafael Resente. Fiquei curiosa!

    ResponderExcluir
  5. Domitila, que belo texto, hein? Até o professor Dodgson aprovaria... Uau!
    Sobre o livro do Rafael, ele mesmo está vendendo, através do site. É só mandar uma mensagem que ele responde. O livro dele é sensacional. Beijo para ti.

    ResponderExcluir
  6. Olá, professor.
    Sugiro a leitura de um texto muito interessante ligando religião, Alice e Matrix.

    http://bulevoador.haaan.com/2011/01/19616/

    Voltando ao seu texto, não sei se podemos afirmar que seriam delirantes as acusações de pedofilia por parte de Carroll. Seu "amor" pela verdadeira Alice, pelo que li em algumas matérias sobre o livro/filme, seria, no mínimo, intrigante.
    Abraço.

    ResponderExcluir
  7. Concordo com você, Marcelo Sander. Essa história de Dodgson e Alice é, no mínimo, intrigante.
    E fascinante, se você pensar que ela gerou um dos livros mais fantásticos da literatura, até hoje copiado e relido por gerações e gerações. O texto do bulevoador é mesmo muito bacana. Abração para ti.

    ResponderExcluir
  8. Olá José Antônio! Cheguei ao seu blog através do grupo de Cobertura do Festival de Jazz e não pude resistir a ler seu post sobre Alice. Sou uma fanática desde criança pelos labirintos da cabeça de Dogson e peço licença para deixar minha contribuição ao seu post, uma crônica que escrevi sobre o filme de Burton. Abraços!

    ResponderExcluir
  9. BURTON ATRAVÉS DO ESPELHO

    .

    Relutei até do caminho de casa até a porta do cinema se veria ou não o filme. Tá, eu queria muito muito, mas também estava morrendo de medo. Que diabos Burton teria feito com minha querida Alice? Os boatos e rumores e as opiniões dos críticos e amigos que viram na estréia tentaram perambular minha cabeça, mas eu me acomodei na fileira do Cinemark aberta, tranquila e disposta a ver o filme sem julgamentos prévios.

    Bom, preciso dar para vocês aqui um breve histórico. Alice surgiu dos passeios de barco de Carroll pelo Tâmisa com as filhas do deão da Christ Church, em Oxford, onde ele lecionava matemática, lá por meados de 1860. Alice Liddell era a caçula de três irmãs, que iam remando o barco e pedindo o reverendo que contasse histórias a elas “que tivessem muita esquisitice”. A publicação dessas histórias veio algum tempo depois, quando Carroll quis dar a Alice suas histórias reunidas e escritas.

    Portanto a história não tem começo e fim, objetivos, batalhas. Wonderland é puramente anarquista, e as criaturas que vivem por lá são frutos da cabeça de Carroll e do contexto que ele vivia, cheio de alusões satíricas dirigidas tanto aos amigos como aos inimigos, de paródias a poemas populares infantis ingleses ensinados no século XIX e também de referências linguísticas e matemáticas frequentemente através de enigmas que ele adorava, matemático que era. Mas tudo isso trabalhado em prol da máquina imaginária de uma criança, despretensiosa e ágil.

    Então eu menti aí pra cima. Quando sentei pra ver eu sabia que ele não ia dar conta de colocar Alice em uma hora e meia. Não daria conta daquele nonsense. Talvez daí minha reluta em vê-lo, sempre acreditei que o livro de Carroll te dá elementos mais que suficientes para que cada um crie sua própria fantasia e navegue por ela como bem entender.

    O caminho de Burton intencionou ser simples, deu recortes à história e montou como se pegasse o intenso quebra – cabeças e o colocasse às avessas. A Alice dele cresceu, o que eu já acho um absurdo tremendo, Carroll deve estar se revirando na cova. Resultante disso é que a Alice demora o filme todo para acreditar em Wonderland. Pior! A lagarta azul, transformada em uma espécie de guru diz à personagem que lá não é “o país das maravilhas”. Francamente!

    Como se não bastasse, Burton propõe uma guerra entre as rainhas, referência do segundo livro de Alice, Através do Espelho, que se baseia numa partida de xadrez. As rainhas não brigam. Alice, no livro, percorre o tabuleiro encontrando personagens e conhecendo o mundo do espelho até se se transformar também em rainha, na última casa.

    É claro, meus queridos, que as criaturas do livro não são nada simpáticas ou acolhedoras. Elas exigem da criança sempre astúcia e inteligência e adoram enigmas. Mas Alice também não é uma menina comum. Mas quanta violência no filme! A rainha vermelha do diretor realmente corta as cabeças de todo mundo de cabo a rabo. Se Burton é sinistro, e eu adoro sua sinistrice, em Alice infelizmente ele não soube trabalhar essa ferramenta.

    O Chapeleiro está sentimental e bastante são para quem foi inspirado nos artesãos lesados pelos efeitos do mercúrio, ossos da profissão. E cadê o Humpt Dumpty?? O ovo que fica equilibrado no muro e não sabe responder se está usando um cinto ou uma gravata? Se Burton queria briga, quem levou foi o poema do Jabberwocky, o Jubjub Bird e o Bandersnatch, Capturadam em tradução. Personagens secundários em Alice, um poema destacado muito mais, aliás, pelo jogo de palavras de Carroll:

    ‘Twas brillig, and the slithy toves
    Did gyre and gimble in the wabe:
    All mimsy were the borogoves,
    And the mome raths outgrabe.

    “Solumbrava (caía a tarde), e os lubriciosos (escorregadios) touvos (uma espécie de texugo com cauda e focinho enrolados feito abridores de vinho)
    Em vertigiros persondavam (perfuravam) as verdentes ;
    Trisciturnos (tristes) calvam-se os gaiolouvos (ave que se parece um esfregão vivo)
    E os poverdidos (porcos verdes perdidos) estriguilavam (guinchavam) fientes.”

    ...

    ResponderExcluir
  10. Essa primeira estrofe abre e também encerra o poema do Jabberwocky, dando sustentação de cena e abrindo o lúdico para que venham as criaturas horrendas, o Jabberwocky e os outros, detalhe que Burton simplesmente resolveu deixar de fora, colocando o Jabber-baby-wocky da rainha vermelha como a coluna de sustentação da sua tirania. O jogo de palavras Jabber-baby-wocky é aliás, a coisa mais legal do filme, ou o que é mais carroliano.

    Em suma, meus amigos. Leiam os livros de Alice sem ilustrações e tenham sua Wonderland como referencial. Independente do que façam por aí.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bela crônica, Sophia Figueiredo, criativa e inteligente, adequada às viagens de Alice contadas pelo professor Dodgson... E Alice tem tudo a ver com os improvisos do jazz: a maior parte dos enigmas do livro vêm da gramática e da matemática, mesmos domínios por onde se desenvolve a melhor música... grato pelo acréscimo de qualidade e seja sempre bem-vinda...

      Excluir
  11. SENSACIONAL O BLOG!
    ABS,
    CONRADO ALMADA.

    ResponderExcluir
  12. valeu, meu caro Conrado Almada. vindo de você o elogio ganha proporções de privilégio. grande honra merecer leitores assim de alto nível. abração para ti.

    ResponderExcluir
  13. Primo, fiquei fascinada! Desde criança, sempre fui louca pela história da Alice! E gostava justamente por ela ter uma série de passagens - e personagens - surreais e deliciosos. Depois de ler seu texto, meu coração até doeu de alegria! Viajei na minha visão infantil da história misturada às interpretações que acumulei ao longo do tempo e com o que você escreveu agora. Resultado: aumentou meu fascínio!
    Parabéns, meu caro! Muito bom o texto!
    Elisângela Orlando.

    ResponderExcluir
  14. Valeu prima! As altas literaturas, a grande arte, têm mesmo esse poder de causar sensações e provocar o aprendizado pela experiência do outro e de nós mesmos. Alice vai ao futuro... Um beijo para ti!

    ResponderExcluir
  15. Alice no país das maravilhas é muito mais do que todos esperam de uma narrativa de história infantil. Problemas de lógica divertidos (os relógios loucos de Carroll), jogos de palavras e adivinhação, charadas sem respostas aos jogos de linguagem que constantemente interrompem as aventuras. A aventura de Alice condensa uma vontade humana de romper com o pré-estabelecido, evidencia aspectos absurdos e incoerentes do comportamento dos adultos.
    Zé, seu blog é muito mais que um blog, nos faz viajar em um mundo abilolado. Sucesso Sempre!

    ResponderExcluir
  16. Preciso dizer que, quando acordei hoje de manhã, eu sabia quem eu era, mas acho que já mudei muitas vezes desde então...

    querida Chris, a frase acima, do "Alice", vale para o que você comentou. e ohhh, que maravilha de elogio... tomara que eu seja merecedor... concordo com você que tem alguns capítulos de arte e literatura que ultrapassam o tempo e o que se espera, à primeira vista. "alice" é um destes capítulos, com sua poesia de invenção e descobertas quase infinitas. é o que faz falta em nossa época: utopia para criar um mundo melhor. o livro e muitas frases do livro do Lewis Carroll traduzem essa utopia à perfeição, do tipo: "A única forma de chegar ao impossível, é acreditar que é possível" beijos, Chris Lanza. aguardo novas visitas e comentários...

    ResponderExcluir
  17. Penso que: todo gênio é tachado de louco e incompreendido. Ser processado por escrever algo que os outros não compreendem? ahahahaha. Então: esse não era seu público-alvo.

    Como sempre, uma excelente leitura. Obrigada.

    ResponderExcluir
  18. Professor,

    Fantástico o texto! O blog está excelente! Bom demais poder acompanhar os seus textos por aqui!
    Forte abraço,

    Edu Junqueira

    ResponderExcluir
  19. Parabéns pelo blog, amigo. Um espaço muito bem compartimentado para a sua literatura.
    A nossa literatura. A literatura universal. Era o que esperar de um talento como o seu.
    Sucesso!
    Leida Reis

    ResponderExcluir
  20. Professor, sempre apresentando ótimos textos e intrigantes imagens para nós apreciadores deste fantástico blog.
    Muitos adjetivos, mas tenha certeza que são todos indispensáveis para descrever o que vejo por aqui!

    Um grande abraço,
    Joyce

    ResponderExcluir
  21. Outra edição belíssima é da Cosac Naify, ilustrada pelo Luiz Zerbini.

    ResponderExcluir
  22. Lendo essa página maravilhosa de seu blog genial lembrei de uma das milhares de frases incríveis que Lewis Carroll registrou na viagem de Alice ao País das Maravilhas. Uma frase que com certeza você conhece, José, mas que, acredito, merece figurar nesta beleza que é "Alice vai ao futuro":

    Cuide do sentido e as imagens e os sons das palavras cuidarão de si mesmos...

    Não é genial? Um beijo e boa sorte, mestre. E que os Céus retribuam sua generosidade sem tamanho!...

    Silvana de Almeida

    ResponderExcluir
  23. Professor José Antônio Orlando, como vai?
    Faz pouco tempo que visito seu blog, o conheci pelo Facebook.
    Quando vi um link para esse post sobre Alice, imediatamente acessei para ler, sou fã de Alice!
    Gostei muito do texto, das explicações e da perspectiva histórica.
    Humildemente gostaria de compartilhar um artigo que escrevi em parceria com dois outros pesquisadores e foi apresentado no Intercom. O artigo trata sobre a Alice de Tim Burton, muito contemporânea, quase que "traduzindo" os dilemas hipermodernos. Link: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2010/resumos/R5-2301-1.pdf
    Parabéns pela qualidade dos textos e obrigada por compartilhar seu conhecimento.

    Andrea Meneghel

    ResponderExcluir
  24. José, já visitei seu site outras vezes e sempre gostei muito do que encontrei, os textos perfeitos, muito inteligentes e a edição de fotos muito linda. Mas só agora cheguei nesta página sobre Alice e fiquei fascinada. A página é tão boa, mas tão boa, que até os comentários dos leitores são encantadores e acrescentam informes deliciosos em muitas direções.
    Parabéns, de novo, desta sua leitora devotada e encantada com seu trabalho de mestre.

    Denise Andrade

    ResponderExcluir
  25. Alice é uma história fantástica, que dá margem a tão diversificadas adaptações cinematográficas e projetos gráficos incríveis de reedições comemorativas. E eu adoro observar as diferentes interpretações gráficas feitas ao longo do tempo!

    ResponderExcluir
  26. Maria Paula Vivacqua9 de maio de 2012 às 16:57

    Estou arrepiada. Acho que nem quando li pela primeira vez o livro do Lewis Carroll fiquei tão impressionada com a história e com tudo o que ela sugere. Só mesmo você, professor, para revelar estes lances mirabolantes e simbólicos por traz da grande literatura que é "Alice". Seu blog é o máximo. Beijos!
    Maria Paula Vivacqua

    ResponderExcluir
  27. Amei seu blog e estou completamente encantada com esta página sobre Alice. Nunca vi a literatura e a personalidade do autor Lewis Carroll ser tratada com tanta dignidade e sabedoria. Amei.

    Lisandra de Paiva

    ResponderExcluir
  28. Excelente o texto de José Antônio Orlando! Qual o melhor adjetivo? Fantástico!

    ResponderExcluir

  29. Parabéns por esta maravilha de blog, meu querido José Antônio Orlando. Poucas vezes encontrei textos tão refinados e imagens tão inspiradas. Só estes dois ensaios sobre Alice ("Alice vai ao futuro" e "Alice volta ao futuro") já mereciam todo destaque e elogios. Mas você vai além e apresenta outros estudos cada um melhor que o outro. Parabéns, parabéns! Virei sua fã e hóspede de visitas diárias a este Semióticas...

    ResponderExcluir
  30. Tenho um projeto maravilhoso que quero desenvolver sobre Alice e um famoso pintor. Meu objetivo é fazer um mestrado. Se o senhor se interessar, meu nome é Pedro Gagliardi, tenho 25 anos e moro em POA. Meu e-mail é pegagliardi@gmail.com.

    ResponderExcluir
  31. Bom dia, José. Amo seu blog com força! Parabéns!

    Emília Moretzon

    ResponderExcluir
  32. Encho a boca de prazer para dizer: Suprema honra te ler!

    ResponderExcluir
  33. Estou encantada. Acho que eu também enlouqueci, igual à Lebre de Março, quando descobri este seu blog Semióticas. Parabéns, José Antônio Orlando. Que espetáculo que é o seu trabalho!!! Rafaela Barrozo

    ResponderExcluir
  34. Maria de Fátima Gontijo11 de julho de 2015 às 10:07

    Que blog mais super-lindo e que aula maravilhosa sobre minha amada Alice! Virei fã nesta primeira visita e vou ter que voltar todos os dias, porque já vi que tem aqui outras matérias que parecem saídas de um sonho bom. Agradeço demais. Parabéns, José. Amei.

    Maria de Fátima Gontijo

    ResponderExcluir
  35. "Alice" será uma leitura indispensável e sempre atual. E os detalhes enriquecedores que você acrescentou, fizeram toda a diferença em seu texto porque deixou a leitura mais saborosa e surpreendente.
    A magia da literatura - assim como nas artes em geral- abre as portas para um olhar mais humano diante da vida e de outro ser humano.
    Para mim, os comentários todos são tão importantes quanto seus textos. Leio tudo. Quando releio cada texto, releio tudo novamente.
    Em seus textos há comentários muito relevantes e bacanas; mas, ouso dizer que, neste de "Alice", eles atingiram um grau de excelência extraordinário. Mas isso é fruto e reflexo de sua dedicação e pesquisa ao dar corpo a seus textos, sempre em altíssimo nível.
    Que você tenha muita inspiração para continuar escrevendo textos sublimes e impecáveis. E a nós, seus leitores(as), saboreá-los todos com muito gosto.
    Vida longa para seu blog Semióticas incrível.
    Beijo, querido José Antônio Orlando.

    Edi Lopes

    ResponderExcluir
  36. Alice é uma personagem complexa que surpreende sempre. Gostaria de ver e ler com cuidado as passagens com os trocadilhos em inglês. Abraço a todos e bons ventos em 2017.

    ResponderExcluir
  37. Que belíssimo artigo sobre a atualidade de Alice no País da Maravilhas, José!

    Que espetáculo, que beleza de imagens, que texto completo e sofisticado!

    Parabéns de novo e muito obrigado por você compartilhar beleza e sabedoria. Este blog Semiótica é SHOW!

    Thiago Oliveira

    ResponderExcluir
  38. Outra postagem que é um espetáculo porque traz um ótimo apanhado de documentos de fontes variadas, ótima visão política e humanista sobre um tema tão fascinante que é o universo que Lewis Carroll criou com sua "Alice". São tantas informações importantes e tanta beleza nas imagens que vou voltar aqui outras vezes para reler e rever. Parabéns pela postagem e por todas as outras. Este blog Semióticas é incomparável e uma lição de sabedoria em tudo.

    Eliane Nogueira

    ResponderExcluir
  39. São surpreendentes todas as postagens que encontro nesse blog Semióticas e não foi diferente com esta, com a história linda da Alice do Lewis Carroll e estas imagens emocionantes. Na sequência fui conferir as outras duas postagens sobre ela, "Alice volta ao futuro" e "Alice surrealista", cada uma mais linda e mais completa que a outra. Tudo uma maravilha, uma beleza.
    Só agradeço, de novo. Parabéns!

    Jesse Gadelha

    ResponderExcluir

( comentários anônimos não serão publicados )

Todas as páginas de Semioticas têm conteúdo protegido.

REPRODUÇÃO EXPRESSAMENTE PROIBIDA.

Contato: semioticas@hotmail.com

Outras páginas de Semióticas